Dia do Cinema Brasileiro: Qual foi o primeiro filme nacional? Vamos homenageá-lo hoje maratonando as grandes produções brasileiras!

 

O Dia do Cinema Brasileiro é comemorado em 19 de junho em homenagem ao dia em que o ítalo-brasileiro Afonso Segreto – supostamente o primeiro cinegrafista do país – registrou as primeiras imagens em movimento no território brasileiro, em 1898, enquanto estava a bordo do navio Brésil. Isto mesmo, hoje o Cinema Brasileiro faz 122 anos.

Afonso Segreto em 1898. O primeiro cinegrafista brasileiro. Clique para ampliar.

Afonso Segreto fez imagens da entrada da baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, a bordo do navio francês Brésil – a primeira filmagem em território nacional.

Algumas pessoas preferem celebrar a data em 5 de novembro para relembrar o aniversário da primeira exibição pública de cinema no país. A sala de exibição chamava “Salão Novidades de Paris” foi aberta por Paschoal Segreto (irmão de Afonso, já vamos falar dele…) e José Roberto Cunha Salles na Rua do Ouvidor no Rio de Janeiro e exibiu o primeiro filme brasileiro em 1898.

Mas existem tambem relatos que o primeiro filme onde aparece as imagens da Baía de Guanabara teria sido feito na verdade um ano antes, pelo bicheiro e “inventor” José Roberto Cunha Sales, sócio de Paschoal. Infelizmente ainda é uma polêmica para a qual ainda não há certezas.

Confira abaixo o filme que encontramos em nossas pesquisas e que pode ser o primeiro filme brasileiro:

 

 

 

 

Depois, Afonso realizou pequenos filmes sobre o cotidiano carioca e filmagens de pontos importantes da cidade, como o Largo do Machado e a Igreja da Candelária, no estilo dos documentários franceses do início do século. Afonso realizou cerca de 60 filmes, entre 1898 e 1901.

 

OS PRIMÓRDIOS DO CINEMA BRASILEIRO

A verdade é que a aventura cinematográfica brasileira começou, 15 anos antes,  com os irmãos de Afonso, Paschoal e Gaetano Segreto, quando Paschoal, então com 15 anos e Gaetano, dois anos mais velho, decidem imigrar para o Brasil em 1883. No Rio de Janeiro, trabalharam vendendo bilhetes de loterias e jornais e, dada a afinidade com os negócios, passaram a explorar as primeiras formas de divertimento na cidade, como jogos, apostas e loterias – consideradas contravenção – o que os levou a várias passagens pela Casa de Detenção. Quando estavam bem estabelecidos, trouxeram em 1896 o outro irmão, Afonso Segreto. Desfeita a sociedade com Cunha Salles, um incêndio destrói por completo o Salão e o resto da construção, inclusive os dois andares onde os Segreto moravam e guardavam equipamentos. Como o prédio tinha seguro, em janeiro de 1899 Paschoal reabre o espaço e entra de vez no ramo do entretenimento. Inaugura o Parque Fluminense, com um cinematógrafo ao ar livre e uma pista de patinação no gelo. Depois, abre o Coliseu Boliche, o Maison Moderne, o Moulin Rouge e o High Life Club; em todas as casas, o cinema era a atração central, porém não exclusiva. Em Niterói, São Paulo e Santos controlou várias casas de espetáculos e jogos.

Pachoal Segreto.

Diferente de outros empresários que já despontavam, Paschoal foi o primeiro a exibir em suas salas produções nacionais, principalmente as realizadas pelo irmão Afonso. Por conta de discussões e desacordos políticos entre eles, Afonso foi afastado da Empresa Paschoal Segreto e muda-se para São Paulo, e abre um laboratório fotográfico. Tempos depois, retorna à Itália, onde morre quase que anonimamente. Em 1902, a empresa apresenta um único filme – Vistas Nacionais – com o reaproveitamento de filmagens de Afonso. Paralisa as atividades cinematográficas em 1907.

Gaetano continuou trabalhando com a distribuição de jornais. Tornou-se editor de um jornal publicado no Rio, em italiano. Casou-se e teve dez filhos. Morreu na Itália em 1908, deixando nove filhos, que passaram a ser criados por Paschoal.

Com o surgimento da gigante Companhia Cinematográfica Brasileira, Paschoal se manteve no setor apenas como um pequeno exibidor, mas continuou empresariando entretenimentos variados. Enriqueceu, trazendo para o teatro seus conceitos de entretenimento a preços populares. Contribuiu para a formação de um teatro nacional cômico e musical, o Teatro de Revista. Procópio Ferreira, ator e diretor teatral, o chamava de Papa do teatro brasileiro.

Em comemoração ao centenário de Niterói, em 1919, trouxe uma novidade do exterior, o Carrossel.

Faleceu em fevereiro de 1920 e foi sepultado no Cemitério São João Batista.

 

GRANDES CINEASTAS BRASILEIROS

O Brasil é berço de grandes diretores de cinema. Apenas para citar alguns:

  • Nelson Pereira dos Santos (1928-2018)
  • Luiz Carlos Barreto (1928)
  • Helena Solberg (1938)
  • Glauber Rocha (1939-1981)
  • Fernando Meirelles (1955)
  • Walter Salles (1956)
  • Tata Amaral (1960)
  • Anna Mulayaert (1960)
  • José Padilha (1967)

…e pedimos para alguns artistas comentarem quais os filmes nacionais que mais gostam. Vejam as repostas !

 

 

 

 

Veja também as indicações de filmes nacionais feitas pelos nossos seguidores e colunistas colaboradores:

“Lembro bem quando fui ao cinema, ainda muito molecote, assistir com meus pais, Os Trapalhões, em um filme muito específico, pois o Didi morre na famosa cena em que ele vai se encontrar com Nossa Senhora! Nossa Senhora, como eu chorei com essa cena, achando que o próprio Didi havia morrido. Ali descobri o poder do cinema. Com o tempo, o gosto pela literatura, lembro de assistir Navalha na Carne, Rio-Babilônia, filmes que me deixaram zonzo e um tanto desconcertado. Porém, é inegável o bom gosto do que podemos encontrar em filmes como O Homem do Ano, que é maravilhoso, com trilha sonora de Dado Villalobos, e Bufo e Spallanzani. O dueto de Tropa de Elite, em suma, tem em mim espaço especial, por tudo. E isso é só o começo do que podemos ver hoje no cinema brasileiro.” (Professor e Escritor Márcio Calixto, colaborador colunista do Canal LITERATURA do portal ArteCult).

“O filme brasileiro mais importante para mim é o Limite, do Mário Peixoto. Inaugura o cinema moderno brasileiro, desgarrado da narrativa clássica e voltado para uma linguagem que influenciou cineastas no Brasil e no mundo.”(Ricardo Cota – Curador da Cinemateca do MAM-RJ)

“Um filme que me marcou e gostei muito foi o Auto da Compadecida. Uma baita comédia nacional, que traz com muita sensibilidade e irreverência a fé, malandragem e regionalismos típicos do Nordeste brasileiro, sem deixar de tocar em assuntos como vida sofrida, pobreza e injustiças. A atuação fantástica de Matheus Natchergaeli, por si só já é destaque.
Se vale pelo conjunto da obra, destaco os filmes dos Trapalhões, que eram esperados na minha infância e quando lançados, tornaram-se campeões de público em nossos cinemas, principalmente nas matinês. Filmes ingênuos que arrancaram gargalhadas das, famílias que iam juntas assistir.”(Adalberto Bernardino, seguidor do @ArteCult e do @CinemaeCompanhia no Instagram)

“A primeira filmagem realizada no Brasil teria sido na Baía de Guanabara, seja pelo bicheiro e “inventor” José Roberto Cunha Sales, em novembro de 1897, seja por Afonso Segreto, neste dia 19 de junho, em 1898, ambas jamais comprovadas e com fortes suspeitas de serem um pedaço de filme estrangeiro, a mais antiga, ou jamais terem existido, as que se celebram hoje. De qualquer forma a relação do cinema brasileiro com o mar, o oceano, e com essa origem mítica sempre foi muito forte, passando por filmes como Limite, Terra em Transe, Os Sermões é O uivo e a gaita. Ponto de chegada ou de partida, o litoral sempre pareceu reproduzir simbolicamente as contradições de um país que ainda persegue o que quer ser e busca uma identidade definitiva.”(Hernani Heffner – Cinemateca MAM)

“Escolho, entre tantos filmes nacionais marcantes, “Central do Brasil”.  Um filme que, sob certos aspectos, talvez tenha ficado datado por causa da facilidade e velocidade da transmissão de informações nos dias de hoje. Talvez, agora, o caminho de Josué e Dora fosse abreviado com esses recursos mas, quando existiram de forma verossímil nas telas do cinema como na vida real, nos levaram a uma jornada de empatia, cuidado e afetividade grande. Há tanta coisa bonita ali, a simbologia da carta escrita, a alfabetização distinguindo Dora entre os outros, as histórias entregues em confiança ao outro, o encontro de almas solitárias, a relação com o menino que faz florescer o coração de Dora e o impacto que provoca na vida dos protagonistas. Maravilhoso.” (Ana Lúcia Gosling – Colaboradora Colunista do canal LITERATURA do Portal ArteCult)

“Os que mais gostei foram De Pernas Pro Ar 1 e 2. Comédia que fala  de modo bem leve e engraçado da repressão sexual  feminina através da caracterização da loja de produtos eróticos e  as quetões da vida da mulher inserida no seculo XXI, tendo de escolher entre o sucesso profissional e seu futuro familiar” (Floriano Salvaterra – Colaborador e Colunista do ArteCult dos canais Cultura Profissional e Cultura Esportiva)

“O Auto da Compadecida: Baseada na obra teatral de Ariano Suassuna, essa comédia dramática conquistou os corações de muitos brasileiros (inclusive o meu) com seu humor ácido e irreverente e suas piadas com teor de crítica, sem deixar a graça. A produção se consagrou como um dos melhores 100 filmes brasileiros, segundo a ABRACCINE.” (Stephanie Miranda – Colaboradora Colunista do canal Cinema & Companhia do ArteCult)

“Adorei Estômago. Um filme visceral, cru e realista que pode ser analisado por diferentes perspectivas.
Por intermédio da comida, um simples cozinheiro foi do céu ao inferno, mas conquistou poder através da culinária.
Imigrante nordestino que começa num  bar, atinge seu auge num restaurante italiano fino até chegar ao seu inferno numa cela de cadeia, mas o poder da comida torna-se sua grande salvadora.” (Katia Salvaterra – Colaboradora Colunista do ArteCult dos canais Psicologia, Cultura do Bem Estar & Vida Saudável e Espiritualidade)

“Eu tenho 3 grandes obras nacionais para comentar: Mais Forte que o Mundo – A História de José Aldo (de : Afonso Poyart), Minha Mãe é uma Peça (trilogia 1, 2 e 3) e Estrada 47. Mais Forte que o Mundo – A História de José Aldo: Afonso Poyart consegue levar para o Cinema a história de um dos maiores campeões de UFC com maestria. Tem estética elaborada, boas interpretações e ambientação da história. A trilha sonora é Ótima!
Minha Mãe é uma Peça: A trilogia de D.Hermínia e sua família é impagável. Divertido e honesto. O filme não mostra só como ela é engraçada, mostra que uma família é formada de amor, mesmo com as diferenças. Juliano representa um grito de que gays tem família e são pessoas normais com família é não um estereótipo da promiscuidade. Como são representados em muitos filmes. É além do mais, todo conhece alguém como D Hermínia.
Estrada 47 é um Filmaço que não teve a atenção devida. Tenho muito orgulho desse filme ser Brasileiro. Bem produzido, Ótimas interpretações com uma fotografia belíssima! Conta um pouco da nossa história que poucos conhecem.”   (Andréa Cursino – Criadora do CINEMA PARA SEMPRE)

 

22 FILMES INESQUECÍVEIS

1. O Som ao Redor

  • Ano: 2013
  • Direção: Kleber Mendonça Filho
  • Gênero: suspense, drama

Esse filme do aclamado diretor Kleber Mendonça é, sem dúvida alguma, uma das melhores produções do cinema nacional no século XXI. O Som ao Redor começa com a chegada de uma milícia a uma rua de classe média da cidade do Recife, onde diferentes narrativas acabam se cruzando. Segundo a Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine), é o 15º melhor filme da história do cinema nacional.

2. Central do Brasil

  • Ano: 1998
  • Direção: Walter Salles
  • Gênero: drama

Esse road movie de Walter Salles é uma verdadeira joia rara do cinema nacional. O filme conta a história de um encontro um tanto inusitado: Dora, uma ex-professora que escreve cartas na Central do Brasil, e o menino Josué, que fica órfão da noite para o dia. O filme, que emocionou o mundo, recebeu duas indicações ao Oscar: nas categorias melhor filme estrangeiro e melhor atriz (Fernanda Montenegro).

3. Cidade de Deus (disponível no YouTube)

  • Ano: 2002
  • Direção: Fernando Meirelles
  • Gênero: ação

Com 4 indicações ao Oscar, Cidade de Deus foi um dos maiores fenômenos da história do cinema brasileiro. Sob a ótica do protagonista-narrador Buscapé, o espectador é conduzido pelos becos e vielas da Cidade de Deus num contexto de ascensão do crime organizado.

4. Tropa de Elite (disponível no YouTube)

  • Ano: 2007
  • Direção: José Padilha
  • Gênero: ação

Vencedor do Urso de Ouro em 2008, Tropa de Elite marcou época e gerou muita discussão. Será o Capitão Nascimento (interpretado por Wagner Moura) um herói? O filme faz apologia da tortura e outras práticas criminosas por parte de agentes do Estado? Seja como for, o filme é eletrizante e imperdível para quem gosta de um bom filme de ação.

Leia também: Dos clássicos aos pipoca: conheça os 15 melhores filmes de ação!

5. O que é isso, companheiro? (disponível no YouTube)

  • Ano: 1997
  • Direção: Bruno Barreto
  • Gênero: drama

Esse filme, baseado no livro homônimo de Fernando Gabeira, conta a história do sequestro do embaixador norte-americano no Brasil Charles Elbrick, em setembro de 1969, por militantes políticos clandestinos que lutavam contra a ditadura militar. Foi indicado ao Oscar na categoria melhor filme estrangeiro em 1998.

6. Lavoura Arcaica

  • Ano: 2001
  • Direção: Luiz Fernando Carvalho
  • Gênero: drama

7. Que Horas ela Volta? (disponível no YouTube)

  • Ano: 2015
  • Direção: Anna Muylaert
  • Gênero: drama

Regina Casé interpreta Val, uma emprega doméstica pernambucana que trabalha e mora há anos na casa dos patrões, em São Paulo. A suposta harmonia da relação entre Val e a família para a qual trabalha é quebrada quando sua filha Jéssica vai a São Paulo para se preparar para o vestibular.

Os melhores filmes brasileiros de comédia

8. O Auto da Compadecida (disponível no YouTube)

 

 

 

 

o auto da compadecida

  • Ano: 2000
  • Direção: Guel Arraes
  • Gênero: comédia dramática

O Auto da Compadecida foi o filme brasileiro de maior bilheteria no ano 2000, tendo vencido o Grande Prêmio Cinema Brasil em 4 categorias. Baseado na peça de teatro de Ariano Suassuna, o filme conta as aventuras hilariantes de Chicó e João Grilo no interior da Paraíba nos anos 30. A história é tão cativante que é impossível desgrudar os olhos da tela.

9. Macunaíma (disponível no YouTube)

 

 

 

 

Macunaíma

  • Ano: 1969
  • Direção: Joaquim Pedro de Andrade
  • Gênero: comédia, fantasia

O 10º melhor filme da história do cinema nacional, segundo os críticos da Abraccine, é um verdadeiro clássico. Baseado no romance homônimo de Mário de Andrade, o filme narra a história de Macunaíma, o herói sem nenhum caráter, do seu nascimento às margens do rio Uraricoera, em Roraima, às suas aventuras na cidade grande. O filme conta com atores consagrados do cinema brasileiro, como Grande Otelo, Paulo José e Milton Gonçalves.

10. Todas as Mulheres do Mundo

 

 

 

 

todas as mulheres do mundo

  • Ano: 1967
  • Direção: Domingos Oliveira
  • Gênero: comédia

Este clássico do cinema nacional é considerado uma das melhores comédias brasileiras de todos os tempos, ocupando o 37º lugar na lista da Abraccine. Trata-se da história de um mulherengo, Paulo (Paulo José), que se apaixona e acaba conquistando o coração de Maria Alice (Leila Diniz), que rompe o noivado para ficar com ele.

11. O Palhaço

  • Ano: 2011
  • Direção: Selton Mello
  • Gênero: comédia dramática

Benjamin é um palhaço que está em meio a uma crise existencial: será que continua sua carreira no circo ou parte para uma vida, digamos, mais comum?… Esse é o conflito em torno do qual gira a história de O Palhaço, filme escrito e dirigido por Selton Mello, que também interpreta o palhaço Benjamin.

12. Dona Flor e seus Dois Maridos (disponível no YouTube)

  • Ano: 1976
  • Direção: Bruno Barreto
  • Gênero: comédia

Adaptação do romance de Jorge Amado, publicado 10 anos antes, a famosa história do triângulo amoroso entre Dona Flor (Sônia Braga), o farmacêutico Madureira (Mauro Mendonça) e o fantasma do malandro Vadinho (José Wilker) arrastou multidões aos cinemas nos anos 70, transformando-se num dos maiores sucessos de bilheteria de todos os tempos do cinema nacional.

13. Bye Bye Brasil

 

 

 

  • Ano: 1979
  • Direção: Carlos Diegues
  • Gênero: comédia

road movie de Carlos Diegues, com trilha sonora de Chico Buarque, é o 18º melhor filme brasileiro da história, segundo os críticos da Abraccine. Trata-se da história da Caravana Rolidei, um grupo de artistas mambembe que viaja pelo país em busca de povoações que ainda não têm acesso à TV.

 

Os melhores filmes brasileiros antigos

14. Cabra Marcado para Morrer (disponível no YouTube)

cabra marcado para morrer

  • Ano: 1984
  • Direção: Eduardo Coutinho
  • Gênero: documentário

Esse é daqueles filmes que, além de contar uma história, têm história. Iniciado no princípio dos anos 60, as gravações do filme foram interrompidas pela censura após o golpe de 1964, sendo retomadas só 17 anos depois, com alterações no roteiro original. O documentário, que conta a história do líder camponês João Pedro Teixeira, assassinado por policiais em 1962, é considerado pelos críticos da Abraccine o 4º melhor filme brasileiro de todos os tempos.

15. Eles Não Usam Black-Tie (disponível no YouTube)

Eles não usam black tie

  • Ano: 1981
  • Direção: Leon Hirszman
  • Gênero: drama

Baseado na peça de teatro de Gianfrancesco Guarnieri, o filme conta a história do líder sindical Otávio (Guarnieri) e de seu filho Tião (Carlos Alberto Riccelli). Ao saber que será pai e prestes a se casar, Tião decide furar a greve, entrando em conflito com o pai, que anos anos havia sido preso por razões políticas. É o 14º melhor filme brasileiro, de acordo com a Abraccine.

16. A Hora da Estrela (disponível no YouTube)

A Hora da Estrela

  • Ano: 1985
  • Direção: Suzana Amaral
  • Gênero: drama

A Hora da Estrela é uma adaptação do romance de Clarice Lispector, que conta a belíssima e comovente história de Macabéa, uma nordestina órfã que vai trabalhar como datilógrafa no Rio de Janeiro. Recebeu o Prêmio da Crítica no Festival de Berlim de 1986 e figura na 46ª posição na lista dos melhores filmes nacionais da Abraccine.

17. O Bandido da Luz Vermelha (disponível no YouTube)

O Bandido da Luz Vermelha

  • Ano: 1968
  • Direção: Rogério Sganzerla
  • Gênero: policial

“O bandido que não respeita a mulher nem a propriedade”, diziam as manchetes policiais da época. O filme é ficcional, mas inspirado na história de João Acácio Pereira da Costa, criminoso que amedrontou a cidade de São Paulo nos anos 60. Trata-se de um clássico do chamado “cinema marginal”, considerado pela Abraccine o 6º melhor filme brasileiro de todos os tempos.

18. Deus e o Diabo na Terra do Sol (disponível no YouTube)

  • Ano: 1964
  • Direção: Glauber Rocha
  • Gênero: drama

Esse super clássico do Cinema Novo, escrito e dirigido por Glauber Rocha, conta a história de Rosa e Manuel, um casal de sertanejos que tenta sobreviver à fome e à seca. Após Manuel assassinar o patrão explorador, o casal busca refúgio numa comunidade messiânica liderada pelo Beato Sebastião. É considerado o 2º melhor filme da história do cinema nacional pela Abraccine.

19. O Pagador de Promessas (disponível no YouTube)

O Pagador de Promessas

  • Ano: 1962
  • Direção: Anselmo Duarte
  • Gênero: drama

O Pagador de Promessas é um dos maiores clássicos do cinema nacional, o único filme sul-americano a conquistar a Palma de Ouro do Festival de Cannes, na França. A história é simples: após a cura do seu burro, Zé quer cumprir a promessa carregando uma enorme cruz do sertão baiano até a igreja de Santa Bárbara, em Salvador. Mas o padre Olavo não permite que Zé entre com sua cruz na igreja.

20. Limite (disponível no YouTube)

Limite

  • Ano: 1931
  • Direção: Mário Peixoto
  • Gênero: drama

Eleito pelos críticos o melhor filme brasileiro de todos os tempos, Limite é uma obra-prima do cinema mudo, infelizmente pouco conhecido pelo grande público. A história se passa dentro de um pequeno barco à deriva, onde duas mulheres e um homem relembram seu triste passado.

21. Vidas Secas (disponível no YouTube)

Vidas Secas

  • Ano: 1963
  • Direção: Nelson Pereira dos Santos
  • Gênero: drama

Outro representante do Cinema Novo brasileiro, Vidas Secas conta a história de uma família de retirantes que faz o possível para assegurar a sobrevivência na aridez do sertão nordestino. Trata-se de uma adaptação do livro de contos homônimo de Graciliano Ramos.

22. Terra em Transe

Terra em Transe

  • Ano: 1967
  • Direção: Glauber Rocha
  • Gênero: drama

O terceiro longa-metragem de Glauber Rocha, ícone do Cinema Novo, cria um lugar fictício, Eldorado, onde se passa uma trama que em tudo se aproxima do mundo real: políticos populistas, empresários, militares e militantes idealistas envolvidos na disputa pelo poder político da nação. Em Cannes, Terra em Transe recebeu o prêmio da Federação da Crítica Internacional em 1967.

 

Aproveite o dia para homenagear as produções brasileiras e maratonar esses  filmes nacionais com os amigos e familiares!

 

Fontes:
  • Cinemateca MAM
  • Wikipedia
  • Blog Salas de Cinema
  • Canal de Cau Barata (YouTube)
  • Brasil Escola
  • Calendarr
  • Maiores e Melhores

 


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