“Brasis por escrever”: Dramaturgia e realidade brasileira

Brasis por Escrever – Foto de Thaís Grechi.

 

A partir da próxima segunda-feira,  19 de outubro, estarão abertas as inscrições para participação no projeto gratuito “Brasis por escrever“, criado pelos autores e diretores Cecilia Ripoli e Diogo Liberano, e que integra o Platô – Pesquisa e Produção.

Cecilia Ripoll e Diogo Liberano – Brasis por Escrever – Foto de Thaís Grechi.

O projeto consiste na troca com autores selecionados em cada região brasileira, através de encontros semanais durante o período de seis meses, que serão realizados virtualmente, através da plataforma Zoom, e terão duração de três horas. Nos encontros, haverá estudos e criação de novas dramaturgias.

A característica especial do projeto é a proposta de que a produção dramatúrgica nascida nas reuniões tenha um compromisso com a realidade brasileira. Para isso, “Brasis por Escrever” pretende ser um laboratório intensivo voltado à pesquisa e à dramaturgia, o que ensejará estudos relativos às questões sociais e políticas contemporâneas bem como às experimentações cênicas e dramatúrgicas feitas hoje em dia.

Todos os autores serão lidos e comentados pelos orientadores e pelos outros participantes. Aposta-se, inclusive, nas diferentes origens e vivências de seus participantes para agregarem-se olhares diversos sobre o país.

As inscrições deverão ser realizadas entre 19 de outubro e 24 de novembro e o regulamento está em https://www.p-l-a-t-o.com/  A divulgação dos nomes selecionados ocorrerá em 09 de dezembro. Os encontros, então, começarão em 16 de dezembro de 2020 e seguirão até junho de 2021, totalizando 24 encontros e mais de 70 horas de trabalho em grupo.

Serão selecionadas: uma pessoa nascida e residente na região Centro-Oeste do Brasil; duas na região Nordeste; duas na região Norte; e uma nascida-residente na região Sul. O projeto não oferecerá vagas para pessoas nascidas e residentes na Região Sudeste do Brasil, por ser a região de origem dos criadores do projeto.

Fiquem atentos ao prazo de inscrição!

SERVIÇO:

Cronograma

  • Regulamento: https://www.p-l-a-t-o.com/
  • Lançamento e divulgação da convocatória: 19 de outubro de 2020.
  • Período de inscrições: de 19 de outubro a 24 de novembro de 2020.
  • Avaliação das inscrições: de 25 de novembro até 08 de dezembro de 2020.
  • Divulgação dos selecionados e dos suplentes: 09 de dezembro de 2020.
  • Período para confirmação da participação: de 10 a 14 de dezembro de 2020.
  • Primeiro encontro: 16 de dezembro de 2020.
  • Retorno dos encontros: 13 de janeiro de 2021.
  • Duração do projeto: de dezembro de 2020 a junho de 2021

 

Sobre BRASIS POR ESCREVER e Platô – Pesquisa e Produção

 

Sobre o Platô – Pesquisa e Produção

O Platô nasce do entrecruzamento de práticas indissociáveis na trajetória do artista, pesquisador e professor Diogo Liberano: a produção, a pesquisa e a pedagogia em arte. Por meio da formação de turmas (platôs) para o estudo de tópicos diversos em arte, almeja-se aprofundar a pesquisa e a criação artística através de um plano pedagógico que preze pela autonomia dos participantes e pelo aprimoramento de seus distintos modos de fazer.

O Platô se origina nutrido pelo interesse do estudo e movido pela partilha do aprendizado, ciente de que a pesquisa abre desafios ao fazer artístico, bem como a arte expande os horizontes que nos auxiliam na interpretação e interação com a nossa realidade social e política. O projeto teve início em março de 2020 e, para além de atividades presenciais na cidade do Rio de Janeiro, também realiza encontros virtuais por meio da plataforma Zoom, possibilitando o estudo e a troca com pessoas de outras partes do Brasil.

 

SOBRE OS DIRETORES

Cecilia Ripoll e Diogo Liberano – Brasis por Escrever – Foto de Thaís Grechi

Cecilia Ripoll

É dramaturga, diretora e atriz, formada em Licenciatura Plena em Artes Cênicas pela UNIRIO. Indicada ao Prêmio Shell (RJ) pela dramaturgia ROSE (direção de Vinicius Arneiro) em 2018, publicada pela Editora Cobogó e composta por Cecilia Ripoll em 2017 no Núcleo de Dramaturgia Firjan SESI, coordenado por Diogo Liberano. Fundadora do Grupo Gestopatas, que tem projetos pedagógicos e montagens cênicas adultas e infanto-juvenis, dentre elas PACO E O TEMPO (texto e direção de Ripoll), uma das dramaturgias vencedoras do III Concurso Jovens Dramaturgos do Sesc 2013 e premiada no FENATA por Melhor Texto e Melhor Espetáculo infanto-juvenil. Também como dramaturga, participou da residência BETSUD/Primavera Dei Teatri, Castrovillari, Itália. Além da formação pela UNIRIO, considera igualmente importante sua formação através do teatro de grupo, iniciada em 2000 na Companhia do Gesto, com a qual participou de diversas montagens como atriz e assistente de direção.

 

Sobre Diogo Liberano

É diretor teatral, dramaturgo e professor graduado em Artes Cênicas: Direção Teatral pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Artes da Cena (PPGAC/UFRJ) e doutorando em Literatura, Cultura e Contemporaneidade pela Pontifícia Universidade Católica (PPGLCC/PUC-Rio). É professor da Faculdade CAL de Artes Cênicas, coordenador do Núcleo de Dramaturgia Firjan SESI e diretor artístico e de produção da companhia carioca Teatro Inominável, junto a qual é curador e diretor artístico da Mostra Hífen, mostra de artes da cena, desde 2012. Liberano dirigiu cerca de 30 espetáculos teatrais, fez curadorias de mostras e eventos artísticos e escreveu cerca de 40 dramaturgias, todas elas encenadas. Algumas delas, foram publicadas no Brasil pela editora Cobogó e outras foram traduzidas e/ou publicadas em espanhol, inglês e italiano. Por seu trabalho, foi indicado aos principais prêmios de teatro do Rio de Janeiro: Prêmio Shell, Cesgranrio, APTR e Questão de Crítica. Suas áreas de interesse misturam atuação e direção teatral, dramaturgia, performance, curadoria e ensino de artes cênicas.

 

 

Author

Ana Lúcia Gosling se formou em Letras (Português-Literatura) em 1993, pela PUC/RJ. Fixou-se em outra carreira. A identidade literária, contudo, está cravada no coração e o olhar interpretativo, esgarçado pra sempre. Ama oficinas e experimenta aquelas em que o debate lhe acresça não só à escrita mas à alma. Some-se a isso sua necessidade de falar, sangrar e escorrer pelos textos que lê e escreve e isso nos traz aqui. Escreve ficção em seu blog pessoal (anagosling.com) desde março de 2010 e partilha impressões pessoais num blog na Obvious Magazine (http://obviousmag.org/puro_achismo) desde junho de 2015. Seu texto “Não estamos preparados para sermos pais dos nossos pais” já foi lido por mais de 415 mil pessoas e continua a ser compartilhado nas redes sociais. Aqui o foco é falar de Literatura mas sabe-se que os processos de escrita, as poesias e os contos não são coisa de livro mas na vida em si. Vamos falando de “tudo” que aguçar o olhar, então? Toda quarta-feira, aqui no ArteCult, há texto novo da autora. Redes Sociais: Instagram: @analugosling Facebook: https://www.facebook.com/analugosling/ Twitter: https://twitter.com/gosling_ana

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