Rock, revolta e muito mais: Conheça as bandas que farão história no Hammer Festival, maior festival independente em Campinas

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Preparando-se para desencadear uma tempestade de acordes, o Hammer Festival chega pela primeira vez a Campinas, prometendo ser o ápice do cenário musical independente do interior paulista em 2023. Sob o comando da Agência Hammer, o festival está marcado para o dia 9 de dezembro, um sábado que certamente ficará eternizado nas memórias dos amantes do rock.

Com ingressos já no terceiro lote, a expectativa está nas alturas para o encontro épico de 15 bandas, cada uma trazendo sua essência única para dois palcos vibrantes no Campinas Hall. Prepare-se para uma experiência que transcende os limites do convencional, onde o rock se torna uma manifestação artística visceral.

Supercombo: Uma história musical vibrante

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Nascida em 2007, na cidade de Vitória (ES), a Supercombo é uma verdadeira potência do rock alternativo brasileiro. Fundada por Leonardo Ramos, o único membro da formação original, a banda se consolidou em São Paulo desde 2008, projetando-se nacionalmente. Com seis álbuns de estúdio e três EPs virtuais, a Supercombo é conhecida por sua mistura de estilos, histórias e influências musicais.

O terceiro álbum, “Amianto”, lançado em 2014, marca o auge da banda, introduzindo uma nova formação composta por talentosos músicos. A faixa “Piloto Automático” não apenas se tornou um fenômeno, mas também recebeu elogios da revista Rolling Stone, que a descreveu como “exasperante o sentimento de inadequação com uma época de hiperatividade e busca incessante por um sentido da vida”.

Em 2019, a banda lançou “Adeus Aurora”, anunciando um novo integrante, André Dea, e consolidando-se como um quinteto. O álbum foi seguido por uma série de singles que anteciparam o tão aguardado “Remédios”, lançado em maio de 2023. Com um total de 12 músicas, incluindo colaborações notáveis, o álbum busca trazer uma aura solar ao abordar temas relacionados à saúde mental.

Desde o lançamento de “Remédios“, a Supercombo está em turnê por todo o país, proporcionando aos fãs uma experiência única. O show de lançamento, realizado em maio, foi uma celebração vibrante, repleta de sucessos antigos e novas composições. Agora, a banda se prepara para levar essa experiência catártica ao Hammer Festival, prometendo uma apresentação intensa e repleta de emoção. A banda não para por aí. Em outubro de 2023, a Supercombo participou do projeto “Admirável Chip Novo (Re)ativado”, reeditando uma das músicas da cantora Pitty. Demonstrando versatilidade e renovação, a banda contribuiu com uma abordagem única. Além disso, lançaram a faixa “Pólen”, com participação especial da banda Tuyo, acompanhada de um videoclipe inspirado nos anos 50.

A Supercombo chega ao Hammer Festival não apenas como uma banda, mas como uma força viva da música brasileira. Sua participação promete ser um dos pontos altos do festival, proporcionando ao público uma jornada musical repleta de energia, nostalgia e inovação. Prepare-se para uma noite inesquecível com a Supercombo no palco do Hammer Festival.

Dead Fish: A Potência do hardcore nacional no palco do Hammer Festival

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Dead Fish é uma influente banda brasileira de hardcore melódico originária de Vitória, Espírito Santo. Sua história remonta ao início dos anos 90, quando um grupo de amigos apaixonados por skate decidiu formar uma banda. Inicialmente conhecidos como Stage Dive, a banda teve uma mudança significativa quando Rodrigo Lima assumiu os vocais. A transição para Dead Fish foi marcada por uma abordagem autodidata à música, aprendendo a tocar instrumentos e desenvolvendo seu próprio som.

O álbum de estreia, “Sirva-se,” lançado em 1998 pelo selo capixaba Lona! Records, vendeu mais de dez mil cópias, um feito notável para uma banda independente na época. A banda se destacou por seu som enérgico, letras impactantes e uma atitude política progressista expressa em suas músicas.

Ao longo dos anos, Dead Fish passou por várias fases musicais, como evidenciado pelo álbum “Afasia” em 2001, que trouxe uma sonoridade diferente, refletindo as mudanças internas na banda. A saída do guitarrista Giuliano no mesmo ano foi um momento decisivo para a continuidade do Dead Fish, mostrando a dedicação dos membros restantes em superar desafios.

O reconhecimento nacional veio com força no álbum “Zero e Um” (2004), produzido pela Deckdisc. Esse trabalho catapultou a banda para o cenário mainstream, e o reconhecimento foi ampliado ao receberem o prêmio VMB de banda revelação em 2004. Dead Fish continuou a inovar e se adaptar, lançando álbuns como “Um Homem Só” (2006), “Vitória” (2015) e “Ponto Cego” (2019).

Em 2022, Dead Fish celebrou suas três décadas de existência com o lançamento de “30 + 1”, um álbum gravado no Hangar 110 em São Paulo. A consistência e longevidade da banda são testamentos não apenas à sua habilidade musical, mas também à sua integridade artística e comprometimento com mensagens impactantes.

Francisco, el Hombre: A exuberância multicultural que encantará o festival

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Francisco, el Hombre é uma banda singular que nasceu da fusão das experiências dos irmãos mexicanos Sebastián e Mateo Piracés-Ugarte com a diversidade musical brasileira. A banda se estabeleceu em Campinas, São Paulo, depois que os irmãos se mudaram para o Brasil nos anos 2000. O nome da banda é inspirado em uma figura do folclore colombiano que tocava acordeão nas ruas.

A abordagem única da banda é evidente em sua música, que incorpora elementos de diferentes regiões da América Latina, com letras cantadas em português, espanhol e inglês. Francisco, el Hombre rapidamente ganhou reconhecimento por suas apresentações energéticas e suas turnês improvisadas e autofinanciadas pela América Latina. O EP “La Pachanga!” (2015) foi um marco, apresentando seis faixas autorais que capturam a essência eclética da banda. O álbum “SOLTASBRUXA” (2016) solidificou ainda mais a reputação da banda, apresentando letras politizadas e comentários sociais.

O terceiro álbum de estúdio, “Rasgacabeza” (2019), continuou a explorar temas sociais e culturais, mantendo a fusão única de estilos musicais. Em 2021, a banda lançou “Casa Francisco”, um álbum que destaca seu compromisso contínuo com a experimentação e a autenticidade. A trajetória de Francisco, el Hombre é um testemunho da riqueza da diversidade musical latino-americana e de sua capacidade de transcender fronteiras culturais.

Gloria: Explosão de energia e emoção

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Gloria é uma banda que emergiu na cena brasileira de rock em 2002, inicialmente formada pelos membros Mi Vieira e Yuri Nishida. Originária de São Paulo, a banda teve seu início marcado pelo lançamento do álbum “O Fim é Uma Certeza” (2005), que capturou a atenção com uma mistura única de peso musical e letras impactantes.

Após mudanças na formação e a entrada de novos membros, como Elliot Reis assumindo os vocais e Peres Kenji na guitarra, Gloria lançou o álbum homônimo “Gloria” (2009), um marco significativo em sua carreira. Produzido por Rick Bonadio, o álbum incluiu sucessos como “Minha Paz” e “Agora é Minha Vez”, consolidando a presença da banda no cenário mainstream.

O álbum “(Re)Nascido” (2012) trouxe mudanças na formação, com Ricky Machado assumindo a bateria. O primeiro DVD da banda, “Renascido em Chamas” (2013), foi gravado ao vivo no Sampa Music Fest, mostrando a energia característica das performances ao vivo do grupo.

Gloria continuou a evoluir com lançamento de álbuns e singles, explorando novas sonoridades e mantendo sua conexão com o público. A saída do guitarrista e vocalista Elliot Reis em 2020 foi um momento de transição, mas a banda optou por permanecer como um quarteto, reafirmando seu compromisso com a música autêntica e envolvente.

Bullet Bane: Ruptura sônica no coração do rock independente

Foto: @robcneto e @maryricci

Bullet Bane, uma força inegável na cena alternativa brasileira, surgiu em São Paulo em 2009 e desde então deixou uma marca indelével na paisagem musical do país. Com uma formação composta por Arthur Mutanen nos vocais, Danilo de Souza e Fernando Uehara nas guitarras, Rafael Goldin no baixo e Renan Garcia na bateria, o quinteto cria uma mistura vibrante de rock alternativo que transcende fronteiras sonoras.

A jornada do Bullet Bane é uma narrativa de comprometimento, inovação e uma paixão palpável pela música. Com mais de 10 trabalhos lançados, incluindo álbuns, EPs e splits, a banda se destaca por sua habilidade única de unir as melodias cativantes do rock’n’roll com elementos eletrônicos, criando uma experiência sonora que é ao mesmo tempo poderosa e envolvente.

O álbum “BLLT” (2022) é um testemunho da maturidade artística do Bullet Bane. Com oito faixas, o álbum destaca não apenas a musicalidade excepcional da banda, mas também sua coesão como uma unidade criativa. Cada membro desempenha um papel fundamental, desde a composição até a produção completa das músicas, o que é uma demonstração clara da dedicação do grupo à autenticidade e à autoexpressão.

Bullet Bane não é apenas uma banda, mas uma manifestação poderosa e coletiva do espírito musical. Sua abordagem inovadora inclui não apenas uma exploração destemida de diversos estilos musicais, mas também uma presença marcante em grandes eventos, como o Rock In Rio em 2019, onde compartilharam o palco com algumas das maiores bandas do mundo.

Além de sua presença em festivais renomados, Bullet Bane também teve a oportunidade de dividir o palco com bandas internacionalmente aclamadas, como NOFX, No Fun At All, A Wilhelm Scream, Belvedere e outras. Essas colaborações e performances notáveis contribuíram para solidificar a reputação da banda como uma das principais representantes do rock alternativo brasileiro.

O título “BLLT,” destacando os cinco integrantes na capa, não é apenas uma sigla, mas uma representação simbólica da unidade e coesão da banda. É uma afirmação de que, apesar de sua jornada ao longo dos anos, o Bullet Bane permanece fiel à sua essência musical e continua a desbravar novos territórios sonoros.

A discografia diversificada do Bullet Bane, combinada com suas performances enérgicas, solidifica seu lugar como uma força contundente e indispensável na cena musical brasileira. Sua capacidade de evoluir, inovar e se conectar com o público é um testemunho de seu compromisso duradouro com a arte e a expressão autêntica.

Pense: Vibrando reflexões profundas no ritmo do rock independente

Foto: @luringa | Edição: @eubolivera

Pense, uma banda originária de Belo Horizonte/MG, surgiu em 2007 e desde então tem sido uma força marcante na cena rock/hardcore brasileira. Seus membros, Lucas Guerra (vocal), Cristiano Souza (guitarra), Judá Ramos (baixo), Ítalo Nonato (guitarra) e Danilo Vilarino (bateria), são nomes experientes na cena musical mineira.

O álbum de estreia da banda, “Espelho da Alma” (2011), foi um marco significativo em sua trajetória. Recebendo elogios da crítica especializada, o disco destacou-se pela maturidade sonora e composições profundas. A qualidade do trabalho rendeu convites para apresentações em diversas cidades brasileiras, consolidando a presença da banda em território nacional.

Em 2014, Pense lançou seu segundo álbum, “Além Daquilo Que Te Cega”, de uma maneira inovadora: financiamento coletivo. Com mais de 11 mil reais arrecadados e 250 apoiadores, o álbum apresenta 10 faixas gravadas com maestria no Pacific Áudio Studio, em Belo Horizonte, com Lucas Guerra assumindo também o papel de produtor.

A proposta musical da banda combina velocidade, peso e melodia, enquanto suas letras carregam relevância e significado. Pense oferece ao público uma experiência intensa e inesquecível, e é nos palcos que a energia contagiante da banda atinge seu ápice.

Esteban Tavares: A poesia musicada em acordes brasileiros

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Rodrigo da Fonseca Tavares, conhecido como Esteban Tavares, é um artista multifacetado nascido em Camaquã, em 12 de abril de 1982. Sua carreira musical é marcada por uma jornada diversificada, começando aos 11 anos com a bateria e aos 13 com a guitarra. Antes de se tornar uma figura conhecida como baixista da banda Fresno, Tavares esteve envolvido na produção de álbuns independentes.

Sua contribuição para a Fresno foi notável, com composições que incluem músicas como “Vai Pagar Caro Por Me Conhecer” e “Sua Canção”. Em 2010, a banda lançou “Revanche“, considerado por muitos como seu melhor trabalho até então. No entanto, em 2012, Tavares anunciou sua saída para se dedicar ao projeto solo Esteban e a uma parceria com Humberto Gessinger.

Além do Esteban, Tavares participou de projetos como o Trio Grande do Sul, ao lado de Humberto Gessinger, e colaborou com Gessinger no álbum “Insular” (2013-2015). Seu projeto solo, iniciado com o álbum “¡Adiós, Esteban!” (2012), é uma expressão autêntica de sua evolução musical e pessoal.

O álbum “Saca La Muerte de Tu Vida” (2015) foi financiado pelos fãs, refletindo a conexão única de Tavares com seu público. Em 2017, lançou “Eu, Tu e o Mundo”, apoiado pela Sony Music Brasil. Seu álbum mais recente, “Toda Mañana Tendrás Una Nueva Canción: Santa Fé” (2019), destaca uma faixa totalmente em espanhol, mostrando a versatilidade do artista. Esteban continua ativo na cena musical, produzindo, colaborando e mantendo uma forte presença nos palcos. Sua dedicação à música transcende fronteiras, solidificando seu lugar como um dos talentos mais distintos e prolíficos da cena musical brasileira.

John Wayne: Uma revolta sonora com novos ares

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A história da John Wayne é um épico de reinvenção e protesto. Originada após a dissolução de outra banda, inicialmente batizada como “The First Hero Terrorist,” a mudança para “John Wayne” foi marcada por um protesto veemente contra a violência. O nome, inspirado no serial killer John Wayne Gacy, tornou-se uma afirmação agressiva, apesar da banda ser declaradamente contra qualquer forma de violência.

Quando se trata da sonoridade, a banda flerta com o metalcore, mas, em uma entrevista exclusiva, afirmaram que se rotulariam como metal/hardcore. Seu álbum de estreia, “Tempestade,” é uma obra de orgulho, destacando-se com músicas icônicas como “Aliança,” “Lágrimas” e “Retrato da Nossa Miséria.” O sucesso desse lançamento foi evidente com um show Sold Out no Carioca Club, solidificando a posição da banda no cenário.

A continuação de “Aliança” na parte 2 demonstra a aspiração da John Wayne em unir diferentes estilos musicais. Com a participação de vocalistas de gêneros diversos, a banda busca promover a ideia de que “juntos somos mais fortes,” uma fórmula para impulsionar o crescimento da cena musical brasileira.

A guinada na formação da banda também merece destaque. A escolha de Guilherme Chaves como novo vocalista foi resultado de um processo seletivo aberto, evidenciando a transparência e a busca pela melhor adaptação ao estilo da banda. A John Wayne está pronta para um novo capítulo, com planos ambiciosos para um próximo álbum com temática baseada na “Divina Comédia.”

Bayside Kings: Uma Nova Era com “Existência” em Português

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Com mais de uma década no hardcore, Bayside Kings se consolidam como uma força a ser reconhecida. A mudança para letras em português, evidente no EP “Existência,” representa um marco significativo na trajetória da banda. O vocalista Milton Aguiar compartilhou que a decisão de cantar em português foi motivada por uma soma de fatores, desde o momento sociopolítico do Brasil até a colaboração na “Aliança parte 2” com a John Wayne. O EP “Existência” é visceral, combinando a urgência do hardcore punk com letras profundas e reflexivas.

A estratégia de dividir o álbum #livreparatodos em partes, como “Existência,” “Tempo,” “Dualidade” e “(R)evolução,” mostra uma abordagem calculada para se manterem produtivos e relevantes em uma era digital. A mudança de idioma não diminui a intensidade da mensagem dos Bayside Kings. As faixas como “Miragem,” “Ronin” e “Alpha e Ômega” mantêm a agressividade característica da banda, enquanto exploram novas possibilidades com letras em português.

O futuro dos Bayside Kings parece promissor, com um compromisso contínuo de conectar pessoas e ideias. O lançamento do EP “Existência” representa não apenas uma nova fase na carreira da banda, mas também uma contribuição significativa ao cenário do hardcore nacional.

Zander: Renovação e continuidade no rock alternativo

Foto: @baionetaderosca

A banda Zander, conhecida por suas guitarras afiadas e letras contundentes, está embarcando em uma nova fase marcada por uma ampla renovação. A saída de membros antigos e a entrada de novos integrantes, Nico, Fox e Fausto, traz uma energia revitalizada para o quarteto liderado por Gabriel Zander.

A renovação na formação da banda foi uma decisão baseada na busca por alinhamento de objetivos. O vocalista Gabriel Zander destacou a importância de estar “na mesma página” para manter a coesão e a paixão pela música. A nova formação traz membros com experiência e conexões sólidas no cenário alternativo brasileiro. Nico, com sua trajetória desde a banda Suerte até colaborações com artistas variados, e Fox, que já tocou no Horace Green e no Dance Of Days, trazem uma bagagem rica para o Zander. Fausto, conhecido por sua participação em bandas como Ouse Morrer e Good Intentions, completa o time com sua experiência na cena independente paulistana.

A visão de Gabriel Zander sobre o futuro da banda destaca o amadurecimento interno e a compreensão de que uma carreira musical é construída a longo prazo. A banda pretende não apenas continuar fazendo música, mas também explorar novas formas de se conectar com o público, adaptando-se às ferramentas e demandas da era digital.

A entrada dos novos integrantes representa não apenas uma mudança na formação, mas uma oportunidade de criar algo novo. A sintonia entre os membros e o comprometimento com o trabalho coletivo são alicerces essenciais para o Zander seguir firme em sua jornada no rock alternativo brasileiro.

Eskröta: Empoderamento e brutalidade sonora

Foto: @danimoreirafotografia

No vasto universo do metal e hardcore, as mulheres estão, dia após dia, conquistando e solidificando seu merecido espaço. Um exemplo contundente dessa ascensão é a banda Eskröta, formada em 2017. Fundada pelas visionárias Ya Amaral (vocal e guitarra) e Tamy Leopoldo (baixo), o grupo agora conta com o baterista Jhon França (Blasthrash, Cerberus Attack), solidificando sua formação.

O álbum de estreia, “Cenas Brutais”, recentemente lançado em formatos físico e digital, é um verdadeiro manifesto de revolta e brutalidade. Com 11 faixas, o trabalho aborda temas como direitos femininos e críticas ao sistema político, revelando uma narrativa engajada e incisiva.

Em termos de sonoridade, Eskröta entrega uma experiência homogênea e poderosa, evocando influências de ícones como Ratos de Porão, D.R.I. e Discharge. Faixas como “Tribunal Popular“, “Cárcere,” “Cruzamento Maldito,” “Massacre” e “Follow The Money” não apenas são empolgantes, mas também trazem um frescor bem-vindo ao gênero. Participações especiais de May “Undead” Puertas (Torture Squad), Fernanda Lira (Nervosa) e Hugo Golon (Cemitério) adicionam camadas ricas à narrativa.

Cardiac: Rock com peso, técnica e melodia

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Formada em 2007 na cidade de Campinas, a banda Cardiac é uma fusão de peso, técnica e melodia. Com influências que abrangem diferentes vertentes musicais, os integrantes buscam expressar suas emoções e pensamentos por meio da música. O vocalista Jura Sales compartilhou, em uma entrevista exclusiva, a origem da banda e suas maiores influências musicais, que vão desde Chico Buarque até Led Zeppelin. O estilo da banda, definido por Sales como “Rock Paulera,” reflete a diversidade de influências.

Cardiac já se apresentou em todas as casas de rock em Campinas, consolidando sua presença na cena local. Atualmente, estão em processo de gravação do segundo álbum e planejam uma turnê europeia no próximo ano. Ao ser questionado sobre o cenário do rock em Campinas, Jura Sales enfatizou a importância da autossuficiência, destacando que “faça você mesmo” é a chave para superar a letargia do cenário. A banda acredita que o rock’n’roll está longe de morrer, especialmente ao se renovar a cada ano, como evidenciado pelo novo álbum do Black Sabbath.

Sea Smile: Metalcore com mensagem acessível

Foto: @eridog_

Sea Smile, uma banda de METALCORE originária de São Paulo, tem conquistado o público desde sua formação em 2010. O álbum de estreia, “Sobrevivência”, lançado em 2012, marcou o início de uma trajetória promissora, recebendo grande aceitação na cena independente.

O grupo se destaca não apenas pela intensidade de sua sonoridade, mas também pela capacidade de transmitir mensagens poderosas por meio de letras em português. Com vocais que alternam entre linhas gritadas e melódicas, as músicas do Sea Smile proporcionam uma experiência visceral, expressando emoções de maneira acessível.

Ao longo de sua carreira, a Sea Smile demonstrou ambição e talento, não apenas na composição de músicas, mas também na produção independente. A fase de pré-produção das músicas e os ensaios em paralelo com os shows evidenciam o comprometimento da banda em oferecer um trabalho consistente e impactante.

Cura: Post-hardcore e metalcore de Campinas

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Cura, uma banda originária de Campinas (SP), se destaca no cenário musical com uma proposta que transcende as barreiras do comum. Com influências que passeiam pelo Post-Hardcore e Metalcore, a banda imprime em suas composições uma fusão de peso, técnica e melodia, explorando temas universais expressos em letras em português.

As músicas do Cura abordam as angústias causadas pelo individualismo moderno e a busca incessante pelo sentimento de pertença em meio a uma sociedade cada vez mais movida por relações efêmeras e vínculos passageiros. Em uma mistura equilibrada de agressividade e serenidade, a banda proporciona uma experiência musical intensa e envolvente.

Com um repertório que reflete as inquietações contemporâneas, Cura se destaca não apenas pela sonoridade marcante, mas também pela capacidade de dialogar com as questões sociais e emocionais do público. Seu som, carregado de emoção e potência, promete cativar os ouvidos mais exigentes e os corações mais abertos.

No contexto do Hammer Festival, que acontecerá no dia 9 de dezembro de 2023, Cura se junta a outras bandas de renome, consolidando sua presença como parte integrante de um evento que promete marcar o cenário musical independente. Prepare-se para uma jornada sonora única, onde Cura se destaca como um dos expoentes de uma nova geração de bandas que desafiam as convenções e oferecem uma experiência musical autêntica e impactante.

Carlos: A revolução sonora da zona norte de SP 

Foto: @lescruz_

Em meio ao cenário musical fervilhante de São Paulo, surge a banda Carlos, uma força transformadora nascida na Zona Norte em 2019. Composta por Vinicius Higuti (vocal), Lucas Parreira (guitarra), Benito Rosolem (baixo) e Marcos Miranda (bateria), a Carlos traz uma sonoridade repleta de energia, fundindo influências do Rock e MPB.

O diferencial da Carlos está na sua abordagem irreverente e irônica, expressa não apenas em suas canções originais, mas também em releituras únicas de clássicos da Tropicália. Essa fusão musical visa manter viva a chama dos protestos atemporais pela construção de um Brasil melhor. Nos palcos, a banda Carlos não é apenas uma experiência musical, mas uma jornada de ecletismo aleatório, refletindo as diversas influências de cada membro. O resultado é uma concepção sonora moderna e atípica, envolvida pelo calor contagiante do público.

Suas canções autorais encantam, abordando de maneira direta e indireta temas que desafiam a hipocrisia “padrão” do cotidiano. A Carlos já deixou sua marca em locais icônicos de São Paulo, como o Memorial de América Latina, Tendal da Lapa, Feira de Artes da Vila Madalena, Avenida Paulista e Galeria do Rock.

Prepare-se para a Explosão Musical! 

Junte-se a nós no Hammer Festival, uma celebração épica do melhor do metal e hardcore brasileiro. Testemunhe performances intensas de bandas que estão redefinindo os limites do som pesado.

Data: 9 de dezembro de 2023
Horário: A partir de 13h
Local: Campinas Hall (@campinashall)
Ingressos:

  • Pista (3º Lote, Meia-entrada e Promocional): R$ 100,00
  • Camarote (3º Lote, Meia-entrada e Promocional): R$ 120,00
    Adquira já o seu ingresso: Link para compra

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Author

Escorpiana, nascida em 92. Babby é jornalista, poeta, produtora, diretora e aspirante a artista. Trabalha com produção e making of com bandas do interior de SP, produziu e dirigiu o filme Eu Nasci Assim, participou do programa Na Bota do Rock na FM90 e faz cobertura de shows. Nas horas vagas, escreve poemas que fala sobre amores e desamores que habita dentro do seu pequeno mundo azul.

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