Gabriella Mustafá fala mais sobre a importância da sua personagem em Malhação

Malhação: Toda Forma de Amar sempre trata de assuntos importantes ao longo da trama, principalmente para os jovens. A atriz Gabriela Mustafá, interpreta a adolescente Nanda, que vem sofrendo de Síndrome do Panico e Ansiedade. Durante a trama, a jovem passa por situações extremas e tem ajuda da sua Raíssa.

“Vemos uma mãe ausente e uma amiga presente como a Raíssa, é também sobre isso que estamos falando, sobre relações.”

O ArteCult bateu um papo com a atriz sobre a importância desse assunto em na trama e mais.

Foto: Globo/Divulgação

Confira abaixo a entrevista completa:

Gabriella sua personagem está abordando um ponto muito delicado que é a Síndrome do Panico e Ansiedade. Qual a importância de tocar nesse assunto na novela?
“É necessário falar sobre isso. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil tem o maior número de pessoas ansiosas do mundo, são 18,6 milhões de brasileiros. São dados assustadores e falar sobre esse assuntos se torna essencial. Estou muito feliz em poder levar para o público informação e consciência sobre saúde mental através da minha personagem, a Nanda.”

Por se tratar de jovens na grande maioria que assistem Malhação, tem um peso diferente?
“Acredito que não seja um peso diferente, já que muitos adultos também tem poucas informações sobre a doença. Mas, sem dúvidas, falar diretamente com o público jovem sobre um assunto tão importante e necessário se torna especial. Nosso trabalho como artista é tocar o coração das pessoas e também levar informação, acredito que estamos fazendo isso com muito amor e respeito.”

A Nanda não tem uma relação muito boa com a mãe. Você acha que essa doença dela, vai mostrar mais esse lado controlador da mãe?
“Com certeza. Toda a pressão que a mãe coloca sobre a necessidade da Nanda em ser cantora se torna o gatilho para a Síndrome do Pânico e isso faz com que a personagem se questione se é uma vontade própria ou imposta pela mãe.”

Foto: Globo/Divulgação

Os amigos tem um papel muito importante na recuperação dela. E às vezes nessas situações, a gente enxergar quem realmente é nosso amigo. Você acha que a Nanda vai ter alguma decepção ou até mesmo uma surpresa de alguém que ela não esperava ajudá-la?
“Acredito que não. Vemos uma mãe ausente e uma amiga presente como a Raíssa, é também sobre isso que estamos falando, sobre relações. A pressão da mãe se tornou o gatilho para desenvolver a Síndrome do Pânico e o afeto da Raíssa ajudou a personagem a buscar ajuda e acolhimento.”

Você já recebeu relatos de adolescente que passam ou já passaram pela mesma situação que a Nanda?
“Recebi inúmeros relatos, inclusive fiquei surpresa com a quantidade deles, tanto de adolescentes quanto de adultos que enfrentam a Síndrome do Pânico. Isso nos mostra que estamos suscetíveis, independente da idade, a enfrentar esse tipo de doença e também, nos alerta quanto a necessidade de cuidarmos da nossa saúde mental.”

 

 

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Jornalista por paixão. Música, Novelas, Cinema e Entrevistas. Designer de Moda que não liga para tendência. Apaixonada por música e cinema. Colunista, critica de cinema e da vida dos outros também. Tudo em dobro por favor, inclusive café, pizza e cerveja.

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