AC Entrevista – Conheça mais sobre Vera – A nova personagem de Bom Sucesso

“Chegar em uma novela na metade, é sempre uma coisa meio complicada. Todo mundo já está em outro esquema, as relações já estão desenvolvidas. Mas tive uma sorte, eu realmente acompanhava a novela e mandei muitos recados para colegas que fazem a novela.”, comentou Ângela Vieira que acaba de entrar em Bom Sucesso.

Vera ( Angela Vieira ) – Crédito: Globo/Raquel Cunha

Com a trama na metade, a atriz chega interpretando Vera. Uma mulher forte, culta, elegante que chega volta ao Brasil depois de muito tempo morando fora.  Após descobrir uma traição, ela vai morar com a filha e decide voltar a trabalhar. Com esse retorno Vera se aproxima Alberto (Antonio Fagundes) e essa é apenas uma parte da história da personagem, o amor.

Confira abaixo nossa entrevista com a atriz, que fala mais sobre sua personagem, preparação e muito mais.

Quem é a Vera?
“Vera é uma personagem muito legal e muito bonita. Ela é a porta-voz de algumas coisas que acho que não só são boas de falar, como acho que serão bem vindas para o público. Ela tem quatro relações distintas, tem uma relação com o neto que é muito bonita.” .

Você já sabia que viria para a novela?
“Não, não sabia. Tanto  não sabia, que essa semana eu tive uma reunião de produção porque eu iria estrear um espetáculo em janeiro. Na novela, provavelmente a Vera não fique até o fim, pelo menos é o que me falaram. Mas agora estaria em processo de ensaio e seria impossível. Porque  estou gravando praticamente todos os dias. E aí  adiei a minha estreia para março, mas realmente eu não sabia, foi uma agradável surpresa.”

Como foi a chegada em uma novela que já estava iniciada?
“Chegar em uma novela na metade, é sempre uma coisa meio complicada. Todo mundo já está em outro esquema, as relações já estão desenvolvidas. Mas tive uma sorte, eu realmente acompanhava a novela e mandei muitos recados para colegas que fazem a novela. Em especial para a direção, porque foi com 90% dessa equipe que eu fiz Pega Pega. Então é uma equipe que eu estava muito familiarizada. Uma equipe que trabalha com muita tranquilidade e nós fomos muito felizes em Pega Pega.  Vejo que está todo mundo muito feliz aqui, então foi uma boa chegada.”

Você sabe dizer porque a personagem não fica até o final da novela?
“Sendo sincera, não sei. Não sei mesmo. Eu acho que ela veio para dar essa mexida, porque eu também não sei como vai terminar a novela.”

Alberto ( Antonio Fagundes ) e Vera ( Angela Vieira ) – Crédito: Globo/João Cotta

Esse desejo dela voltar a trabalhar, porém a filha tenta impedir. Como vai ser essa dinâmica? 
“Inclusive ela fala sobre um processo que está acontecendo no Brasil. Ela ouve a filha pedindo para a Nana (Fabiula Nascimento) ao telefone, que desconsidere aquilo, pedindo desculpas pela atitude da mãe. Ela fala isso para a Eugênia, que está desatualizada, porque o Brasil está em processo de envelhecimento da população. E uma grande fatia do mercado está sendo ocupado por pessoas da minha idade. Acho que ser porta-voz disso em uma novela é muito legal, porque é verdade. De uma certa forma a gente sabe que a novela entra nas pessoas e essa situação é uma delas.”

Além do trabalho, ela também vai o amor. Depois de ser traída, ela vai se apaixonar por Alberto. Como será essa relação?
“Eu não sei ainda. Estou na fase do encantamento, mas ela fica lisonjeada ao ver o Alberto dizer que ela é uma profissional muito competente. E ela está sendo afagada, uma mulher que se sentiu traída, uma mulher da idade dela quando é traída fica achando que não tem mais chances de ser cortejada, de ser admirada e ter uma relação amorosa. Acho que passa pela cabeça da maioria das mulheres, principalmente no Brasil. O importante é a mulher não acreditar nisso, porque é possível, então sai para a vida. Essa coisa com o Alberto deixa ela feliz, porque ela se sente bem tratada. Eles tem essa identidade intelectual. Gravei uma cena em que eles falam dos filmes prediletos, ele diz uma frase e ela completa. Então existe essa identidade e ele completa ela.”

Alberto ( Antonio Fagundes ) e Vera ( Angela Vieira ) – Crédito: Globo/João Cotta

Como é trabalhar a redescoberta do amor na maturidade?
“Acho uma maravilha. Eu e meu marido eramos amigos íntimos antes de começarmos a namorar. Nós começamos a namorar eu estava com cinquenta anos e eu achei um espetáculo. Eu achei aquela coisa no peito que é efervescente, você se sente tendo uma emoção latente. É bom.”

Como está sendo gravar com o Antonio Fagundes?
“Gravei com ele esses dias pela primeira vez e é uma delícia. Eu não o encontrava desde Por Amor e eu nunca tinha feito par com ele, estava sempre na periferia, fazendo par com outros.”

Com essa aproximação, como será a relação dela com a Paloma (Grazi Massafera)?
“Eu ainda não sei, mas eu acredito que vá haver uma estranheza. Não só por parte da filha, como da Paloma que está muito próxima a ele, de ver uma outra mulher por perto que está tendo uma relação muito legal, muito cordial, muito alegre. Eu não sei exatamente como isso vai se desenrolar, não sei se é ciúme, mas uma estranheza certamente.”

 

Bom Sucesso traz algo muito bonito que são os livros, nos diálogos, na historia. O que você acha disso?
“A novela tem isso e é muito legal. Vi uma matéria de que isso está repercutindo e já existe pessoas fazendo movimentos de leitura com pessoas de idade mais avançada, tudo o que a gente precisava. Já que não temos ainda, e eu tenho esperança, de uma boa escola o que a gente puder fazer para que isso seja difundido é ótimo. Principalmente incentivar a leitura, porque você além de abrir novos horizontes, você passa a falar bem, escrever corretamente. Abre essa coisa e você se complementa.”

 

O tema traição volta  rondar a vida de Vera, porque ela fica sabendo da traição do Diogo (Armando Babaioff) e fala que se a Eugênia não contar para a Nana, ela conta. Você acha que o público vai abraçar ela aí?
“É porque aí morde o calcanhar dela, a traição. Então ela vai se meter na vida do outro, não tem nada a ver com isso, mas se mete.”

‘Bom Sucesso’ é escrita por Rosane Svartman e Paulo Halm, e tem direção artística de Luiz Henrique Rios e direção geral de Marcus Figueiredo.

 

 

 

 

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Jornalista por paixão. Música, Novelas, Cinema e Entrevistas. Designer de Moda que não liga para tendência. Apaixonada por música e cinema. Colunista, critica de cinema e da vida dos outros também. Tudo em dobro por favor, inclusive café, pizza e cerveja.

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