SHAZAM! FÚRIA DOS DEUSES: Sequência da DC no cinema conquista pelo humor e tom mais maduro que o original

 

A continuação de “Shazam!”, mesmo totalmente deslocada dentro da bagunça que se tornou o antigo universo compartilhado da DC nos cinemas, que será totalmente refeita nas mãos de James Gunn (O Esquadrão Suicida) nos próximos anos, “Shazam! Fúria dos Deuses” pelo menos consegue propor novamente uma aventura divertida para toda a família, mesmo não sendo um filme grandioso ou memorável.

O elemento “sessão da tarde” que foi bem dominante no antecessor, permanece nessa sequência, porém não tão recorrente no ritmo, pelo menos no quesito de referências a clássicos dos anos 80 e 90 são quase nulos, em vezes disso, o roteiro foca mesmo no desenvolvimento e amadurecimento dos personagens, algo que também está presente no ritmo, esse novo filme é mais maduro que o primeiro, ele ainda contem bastante do humor que funcionou antes, e junto a isso, coloca os personagens em dilemas sobre seus futuros como super-heróis, e como pessoas normais que terão que fazer escolhas sobre os caminhos que terão que tomar mais cedo ou mais tarde.

O que também está mais presente em “Shazam! Fúria dos Deuses” é a mitologia grega que está interligada a origem do herói, principalmente em dois fatores, nas vilãs, as filhas de Atlas, que enaltece bem a presença dessa mitologia antiga, e outro fato são as criaturas mitológicas, que apesar de serem inteiramente feitas em CGI, os efeitos utilizados são muito bons, toda a computação gráfica utilizada consegue superar qualquer filme da Marvel feita nos últimos 3 anos.

A direção ate faz um bom trabalho em desenvolver essa sequência, o problema é a forma como ele e o roteiro levam apenas o primeiro filme em consideração, esquecendo que o Shazam faz parte de um universo compartilhado, e tirando um referencia ou participação especial surpresa, nada do que ocorreu em outros filmes da DC no cinema afeta nessa história, ou deixa um gancho para fazer uma pequena conexão ao futuro da franquia nesse mundo, talvez seja pela reformulação que o estúdio fará nos próximos filmes, o que também poderia facilmente encaixar o super-herói nesses novos filmes pelo fraco entrelaçamento aos antigos filmes da DC, o que dificilmente a produção dá indícios que isso vai ocorrer.

O ritmo de aventura, misturado com o humor é o que sustenta o filme, que a história em si até consegue entreter, mas o roteiro é fraco, colocando diversos personagens em tela, mas nunca acaba desenvolvendo ou aproveitando bem todos eles, deixando alguns até mesmo descartáveis, e a direção também não consegue dividir bem o tempo em tela de todos eles, além de não saber bem em dar prioridade ao que realmente é importante no momento, desperdiçando muito potencial do que o filme poderia ter sido mais.

As vilãs tem uma ótima presença, que conseguem ser bem imponentes desde a primeira aparição delas no filme, a Helen Mirren é a que demonstra mais camadas de sua personagem, que ainda apresenta um bom equilíbrio dentro de sua motivação, que afeta de forma positiva a sua personalidade, diferente da Lucy Liu, que na metade do segundo ato se torna uma vilã genérica e sem aprofundamento, que só acaba não despertando tanto a ameaça que ela tem que passar.

Shazam! Fúria dos Deuses é uma sequencia mais madura em vários aspectos ao ser comparada ao filme original, que permanece o tom e tudo o que funcionou antes, mas pensando nesse universo compartilhado, ele é muito isolado, ate mesmo para uma sequencia que deixa coisas em aberto nas cenas pós créditos que não consegue despertar interesse em continuar acompanhando a franquia Shazam.

NOTA: 7

BRUNO MARTUCI

@warnerbr

 

 


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Colaborador de Teatro Musical e CINEMA & SÉRIES dos sites ARTECULT.com, The Geeks, Bagulhos Sinistros, entre outros.

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