Em um ano marcante para o cinema nacional, o longa-metragem “Continente” desponta como um dos destaques com uma combinação ousada de horror e drama, que está atraindo a atenção de público e crítica. Dirigido por Davi Pretto, o filme teve uma exibição de estreia memorável no Festival do Rio, onde Pretto foi agraciado com o Redentor de Melhor Direção na categoria Novos Rumos. Com uma narrativa provocadora e inovadora, “Continente” desafia os limites do terror brasileiro, criando uma atmosfera distópica que se destaca no cenário do cinema de gênero. A partir da trajetória da protagonista Amanda, interpretada por Olivia Torres, o filme mergulha em temas profundos e sombrios ao explorar os mistérios e tensões de um vilarejo isolado no sul do Brasil. Em um cenário em que questões sociais e econômicas se entrelaçam, o filme promete uma experiência envolvente para os amantes do cinema de horror.
Para entender o impacto de “Continente” e explorar as intenções e desafios por trás da criação deste longa, nossa entrevista exclusiva com Davi Pretto e Olivia Torres trará uma visão privilegiada sobre os bastidores da produção. Pretto, que assina o roteiro junto a Igor Verde e Paola Wink, fala sobre as referências e inspirações que moldaram a atmosfera única do filme, que mescla elementos de horror psicológico e crítica social. A história de Amanda, uma mulher que retorna ao Brasil após 15 anos para cuidar do pai em estado de coma, nos leva a questionar os conceitos de pertencimento e identidade, enquanto somos confrontados com a realidade brutal e misteriosa do vilarejo e seus moradores.
Durante as pré-estreias realizadas em Fortaleza e São Paulo, o filme conquistou espectadores ao provocar reflexões sobre conflitos de classe e laços familiares, ambientados em uma paisagem brasileira pouco explorada no cinema. Além disso, a participação do longa em festivais renomados, como Sitges, solidifica sua posição como um marco do terror contemporâneo no Brasil. A performance de Olivia Torres e do elenco, incluindo Corentin Fila e Ana Flavia Cavalcanti, tem sido destacada pela intensidade e pela construção de personagens densos e complexos, que refletem as emoções latentes em uma sociedade marcada por desigualdades e tensões históricas.
Para os fãs do terror psicológico e do cinema de autor, “Continente” oferece uma narrativa rica em simbolismos, criando uma experiência imersiva e perturbadora. A coprodução entre Brasil, França e Argentina demonstra o alcance internacional do projeto, que contou com o apoio do Berlinale World Cinema Fund e da Lei Paulo Gustavo, enfatizando o valor e a relevância da produção para o cinema brasileiro.
Em entrevista, Davi Pretto afirmou que “Continente” é uma obra que busca desafiar e surpreender o espectador, convidando-o a refletir sobre questões essenciais da nossa sociedade. Segundo o diretor:
“O reconhecimento no Festival do Rio é um incentivo para que mais pessoas descubram o filme nos cinemas neste Halloween, quando ele finalmente estreia em circuito nacional.”
Confira abaixo a nossa entrevista exclusiva com o Diretor, Produtora/Roteirista e Atriz do filme:
Saiba mais sobre o filme:
Ficha técnica:
Direção: Davi Pretto
Produtora: Vulcana Cinema
Coprodutoras: Dublin Films, Murillo Cine, Pasto
Coprodução: David Hurst, Cecilia Salim, Georgina Baisch Barbara Francisco
Distribuidora: Vitrine Filmes
Roteiro: Davi Pretto, Igor Verde, Paola Wink
Produção: Paola Wink, Jessica Luz
Direção de Fotografia: Luciana Baseggio
Montagem: Valeria Racioppi (SAE)
Direção de Arte: Bea Gerolin
Desenho de Som: Tiago Bello
Mixagem: Leandro de Loredo, Facundo Gómez
Som Direto: Marcos Lopes
Trilha Sonora: Rita Zart, Bruno Vargas, Carlos Ferreira
Elenco: Olivia Torres, Ana Flavia Cavalcanti, Corentin Fila, Breno de Filippo, Silvia Duarte
DAVI PRETTO | Diretor
Davi Pretto (Porto Alegre, 1988) graduou-se em Cinema na PUCRS em Porto Alegre em 2008. Aos 25 anos, estreou seu primeiro longa-metragem “Castanha” no Festival de Berlim em 2014, na mostra Forum. O filme competiu nos festivais de Edinburgh, Bafici, Hong Kong e Havana, além de ter ganho o prêmio de Melhor Filme no Festival do Rio, na mostra Novos Rumos. Em 2017, Davi retornou ao Festival de Berlim para exibir seu segundo longa-metragem “Rifle” também na mostra Forum. O filme venceu o Grande Prêmio no Festival de Jeonju e os prêmios da Crítica e Melhor Roteiro no Festival de Brasília. Em 2018, Pretto foi bolsista no DAAD Berlin Artists-in-Residence. Seu terceiro longa-metragem “Continente” foi realizado em uma coprodução oficial Brasil, França e Argentina, apoiada pelo Berlinale World Cinema Fund. O filme estreou na competição Cine Rebels do 41º Festival de Munique em 2024. Atualmente, trabalha na pós-produção de seu quarto longa-metragem “Futuro Futuro”.
VULCANA CINEMA| Produtora
Vulcana Cinema é uma produtora de cinema fundada por Jessica Luz e Paola Wink. Seus longas-metragens incluem O EMPREGADO E O PATRÃO de Manuel Nieto Zas (Quinzena dos Realizadores de Cannes 2021), TINTA BRUTA de Marcio Reolon e Filipe Matzembacher (Prêmios Teddy e CICAE na Panorama do Festival de Berlim 2018), RIFLE (Forum do Festival de Berlim 2017) e CASTANHA (Forum do Festival de Berlim 2014), ambos dirigidos por Davi Pretto. Com foco em cinema de autor, coproduções nacionais e internacionais, a produtora já produziu e lançou 8 longa-metragens, entre eles, 5 coproduções internacionais. Seus projetos foram contemplados com importantes fundos como Hubert Bals Fund, Vision Sud Est, World Cinema Fund, IDFA Bertha Fund e NRW e participaram em laboratórios como EAVE Puentes, Berlinale Talent Project Market, Torino Film Lab e Binger Film Lab. Seus projetos mais recentes incluem CONTINENTE (coprodução Brasil, França e Argentina) de Davi Pretto, DE GUINÉ (Hubert Bals Fund 2019 para desenvolvimento) de Caroline Leone, A SOLIDÃO DOS JOVENS ATORES (em pós-produção, Berlinale Co-Production Market 2021) do duo Filipe Matzembacher e Marcio Reolon, TALISMÃ (com previsão de gravação para o início de 2025) de Thais Fujinaga, e CULEBRA NEGRA (coprodução entre Colômbia, Brasil e França em pós-produção).
DUBLIN FILMS | Coprodutora (França)
Dublin Films é uma produtora de cinema independente formada em 2006 e sediada em Bordeaux, na França, localizada onde a Nouvelle-Aquitaine Region dá grande suporte à indústria do cinema.
Nós produzimos ficções e documentários que defendem visões únicas de mundo e que se concentram em questões sociais e políticas, particularmente questões ligadas à diversidade e identidade. Nós gostamos de combinar histórias intimistas com histórias do nosso tempo. E nós somos apaixonados por dar suporte a talentos emergentes e ao cinema independentes pelo mundo, especialmente na América Latina.
MURILLO CINE | Coprodutora (Argentina)
Murillo Cine é uma produtora de cinema argentina fundada por Georgina Baisch e Cecilia Salim. Elas produziram filmes como The snatch Thief de Agustín Toscano (Quinzena dos Realizadores, Cannes 2018); The Future Perfect de Nele Wohlatz (Melhor Longa-metragem de Estréia, Festival de Locarno 2016) and A Barqueira de Sabrina Blanco (Melhor Longa-metragem de Estréia, Festival de Cinema de Málaga 2020). Entre suas coproduções internacionais mais importantes estão O Empregado e o Patrão (Uruguai, Argentina, França e Brasil) de Manuel Nieto, exibido na Quinzena dos Realizadores de Cannes de 2021; Land of Ashes (Costa Rica, Argentina, França e Chile) de Sofía Quirós Úbeda, Semana da Crítica de Cannes de 2019; Continente (Brasil, França, Argentina) de Davi Pretto, Festival Internacional de Munich e Jesús López de Maximiliano Schonfeld (Argentina, França), estreia no Festival de Cinema de San Sebastián, Melhor Filme Latino no Festival de Cinema de Mar del Plata 2021, Prêmio Abrazo no Festival de Cinema de Biarritz. Atualmente estão na pós-produção de Maybe it’s true what they say about us de Sofía Gómez & Camilo Becerra (Chile, Argentina).
VITRINE FILMES | Distribuidora
Desde 2010, a Vitrine Filmes já distribuiu mais de 250 filmes e alcançou milhares de espectadores apenas nos cinemas do Brasil. Entre seus maiores sucessos estão “Bacurau”, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, Prêmio do Júri no Festival de Cannes 2019; “O Processo”, de Maria Augusta Ramos, que entrou para a lista dos 10 documentários mais vistos da história do cinema nacional; e “Druk: Mais Uma Rodada”, de Thomas Vinterberg, vencedor do Oscar® de Melhor Filme Estrangeiro em 2021.
Hoje a Vitrine Filmes faz parte do Grupo Vitrine, que conta com selos e iniciativas diversas a fim de atender diversas áreas do mercado, são eles: Vitrine España que há 4 anos produz e distribui longas-metragens na Europa; Vitrine Lab, curso on-line sobre distribuição cinematográfica, vencedor do prêmio de distribuição inovadora do Gotebörg Film Fund 2021; Manequim Filmes, selo com distribuição de filmes com apelo a um público com sucessos como “Nosso Sonho – A História de Claudinho e Buchecha”, filme brasileiro mais assistido em salas de cinema em 2023; Sessão Vitrine Petrobras que volta com lançamentos brasileiros premiados e aclamados pela crítica e festivais com ingressos reduzidos como “Sem Coração” e relançamento de “A Hora da Estrela”; e Vitrine Produções, que produz e coproduz curtas, documentários e longas-metragens, dentre eles “O Nosso Pai”, curta de Anna Muylaert exibido no Festival de Brasília, “Levante”, de Lillah Halla, vencedor do prêmio FIPRESCI na Semana da Crítica 2023, e “Retratos Fantasmas”, Kléber Mendonça Filho, documentário mais visto dos últimos 8 anos nos cinemas e também exibido em Cannes em 2023.
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Luan Ribeiro, natural de Mata de São João, Bahia, é como um "protagonista" que decidiu viver em meio aos grandes filmes. Especialista em comunicação, segue guiado pelo seu amor às histórias épicas e sagas cinematográficas, Luan é o criador do @CinemaeCompanhia no Instagram, que ganhou destaque como a editoria do Canal de mesmo nome no Portal ArteCult.com. Para ele, assistir a um filme é como entrar em um multiverso, uma oportunidade de se teletransportar para galáxias distantes ou enfrentar dragões, tudo enquanto escapa da rotina.
Luan é um verdadeiro "rato de cinema", acompanhando as estreias como um Jedi em busca do equilíbrio entre a fantasia e a crítica afiada. A cada visita às telonas, ele analisa o enredo, as performances e, claro, traz aquele toque geek que só um verdadeiro fã de cultura pop pode oferecer. Pelo CINEMA & COMPANHIA, ele não só compartilha críticas e curiosidades como também realiza entrevistas dignas de tapete vermelho, sempre com um olhar atento para valorizar o Cinema Nacional e suas produções heroicas.
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