Pré-estreia do Evü Rooftop

 

Noite de Quinta. Uma estreia me aguardava, depois de um dia inteiro de início de trabalhos para 2023. Foi logo após a reunião de pauta que soube de meu direcionamento ao Evü Rooftop. Uma primeira apresentação: a vista incrível. O objetivo era tirar fotos para dar visibilidade ao argumento que me chegava sobre a vista. Ela é, sim, linda. Mas o espaço que hoje recebe o nome de Evü é muito mais convidativo e charmoso do que a própria vista ofertada. Percebi que meu encanto seria outro.

Cheguei cedo. O evento iniciava às 19h. Pouco mais de 19h15min eu chegava. Como sempre, observador. Interessavam-me as pessoas, seus rostos, seus sentimentos em profusão de tradução do espaço. Ao mesmo tempo, o que o espaço tem a oferecer? Cores contemporâneas e desenhos modernos se espalham pelo Rio de Janeiro como novas formas ao novo. No entanto, não posso deixar de me render à sensibilidade das escolhas e de como as composições se ressignificam. Entrar em um saguão de hotel já tira o Evü dessas pluralizações que tanto pululam por aí. Do elevador ao corredor que leva ao Rooftop há um grafismo lindíssimo. Dele se abre o espaço. Intimista, sensorial, iconoclástico.

Sou agraciado com uma música que sabe ser a tradução fiel do espaço. O DJ Júnior Machado é dono de uma seleção charmosa, acolhedora, que sabia se graduar com a evolução do evento. Contenho-me, mas meus ombros esquecem que eu vim aqui a trabalho. Receio que os drinks já estejam cobrando seus desejos à dança.

Confira as imagens:

(fotos: Márcio Calixto)

Aos drinks e quitutes, faço questão de escrever um parágrafo dedicado. Primeiro, aos drinks. As barwomen que aqui se encontravam são especializadíssimas. O tempo em que fiquei no bar, fazendo-me de homem sério, eu as vi dando conta de um infindo número de pedidos. Tudo a mão. De Pina Colada ao Gin Tônica que tanto faz sucesso hoje, não levavam muito tempo. Eu, sentado, pedi um refrigerante. Depois uma água. Parti para os drinks e cervejas. Todas na dose perfeita. Temperatura corretíssima.

Foi o tempo de os garçons virem com as outras benesses. A vida hoje foi mais feliz aqui. De um tartar de salmão em fatia de batata doce a coxinhas levíssimas e muito saborosas feitas de Siri, passando por dadinhos de tapioca com geleia de cereja e Roll de salmão com cream cheese, tudo traduzia a elegância do espaço. Logo depois me chegou um hamburguinho de chimichurri que era um espetáculo a parte. O espaço como um todo traduz o bom gosto dos donos, que também são sócios do Voque Squre Hotel. No final, o Evü Rooftop & Co cumpre a promessa a que se destina. Vale seguir suas redes sociais e acompanhar os eventos. Também está aberto a contratos para eventos particulares. Recomendo.

 

MARCIO CALIXTO

 

 

Author

Professor e escritor. Lançou em 2013 seu primeiro romance, A Árvore que Chora Milagres, pela editora Multifoco. Participou do grupo literário Bagatelas, responsável por uma revolução na internet na primeira década do século XXI, e das oficinas literárias de Antônio Torres na UERJ, com quem aprendeu a arte de “rabiscar papel”. Criou junto com amigos da faculdade o Trema Literatura e atualmente comanda o blog Pictorescos. Tem como prática cotidiana escrever uma página e ler dez. Pai de dois filhos, convicto morador do Rio de Janeiro, do bairro de Engenho de Dentro. Um típico suburbano. Mas em seu subúrbio encontrou o Rock e o Heavy Metal. Foi primeiro do desenho e agora é das palavras, com as quais gosta de pintar histórias.

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