

TRAGÉDIA FELINA
O gato preto e só. No muro. Ínfimo, um ponto escuro na vastidão. Azar, malogro, desdita, infortúnio, revés… O Sol no céu, verão abrasador. O gato preto e esquivo. Sem dono. Sem pausa nem paradeiro. O pau certeiro no couro do gato perfura a carne sem adversidade nem angústia, e a dor do gato preto atordoado não comove ninguém. O pau preciso no couro do gato. O riso, marfim exitoso e pleno, satisfação deleitosa do ato. O sangue turvo do gato preto colore o muro e goteja o chão: expirar é apenas questão de sina.

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