
com César Manzolillo

PAISAGEM CAMPESTRE
A luz dourada do amanhecer inundava o campo, revelando um mosaico de cores e texturas que pulsavam vida. A estrada de terra era ladeada por árvores de copa alta que formavam sombras no chão. O cheiro de mato era intenso, e pequenos insetos dançavam no ar, capturando os primeiros raios de sol.
Na cerca de madeira às margens do caminho, um pássaro azul, penas brilhando como safiras, descansava. Ele entoava uma melodia melancólica, que ecoava pela paisagem e se unia ao murmúrio suave do riacho que cortava o vale. No alto da colina, um rebanho de ovelhas pastava, suas silhuetas brancas contrastando com o verde vibrante do solo.
As flores silvestres espalhavam-se como manchas de cor ao longo da encosta —margaridas, papoulas, dálias, copos-de-leite e alfazemas balançavam ao sabor do vento. Um coelho saltitava solitário por entre os arbustos, orelhas em alerta enquanto explorava o ambiente. De vez em quando, como um pequeno guardião do campo, levantava-se para espiar.
No fundo do vale, uma casa de pedra com telhado de barro cercada por um jardim repleto de girassóis e hortênsias e uma horta modesta. Lá dentro, uma velha senhora preparava pão enquanto seu gato cinzento dormia lânguido na soleira da porta. O aroma de fermento escapava pela janela e misturava-se com o frescor da manhã.
Naquele cenário tranquilo e acolhedor, a vida seguia seu curso: no canto do pássaro, no voo da abelha, na coreografia ensaiada das borboletas, na corrida do vento sobre as colinas… Tudo em harmonia, sinfonia silenciosa que só a natureza sabe compor.

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Que descrição linda da natureza!