Abra as portas São Paulo, a sorte esta com vocês

 

Pensei que não fosse dar conta, mas cheguei ao fim de Vozes Negras e estou imensamente feliz com tudo o que assisti.

Momentos que estarão guardados em mim — uma maravilha, um presente. Saio mais brasileira do que nunca e muito orgulhosa de tudo o que temos.

Caramba, por que tanta dificuldade em aceitar uma pessoa negra, ou simplesmente respeitar?
Se deles nascem tanta beleza e a nossa própria história… Poxa vida!

Quem assistiu Vozes Negras percebeu que o racismo é coisa de gente tola, porque somos constantemente presenteados pelos nossos heróis e heroínas.
Temos que ter orgulho em dizer: não são apenas “negros africanos”, são nossos negros, negros brasileiros, nossos patrícios — e com eles não se mexe, porque sem eles nada dá certo.

Foi lindo. Foi emocionante.

Assistindo ao último episódio, mesmo não sendo fã incondicional de Ludmilla, Taty Quebra Barraco ou muito menos de Iza, ouvi no espetáculo que são mulheres periféricas — e queira eu ou qualquer outro ou não aceitar, são mulheres de sucesso, que arrastam multidões.

Lembro bem de um trabalho da Ludmilla com o Hemorio, quando trocou ingressos por doações de sangue de seus fãs. Isso, para mim, diz tanta coisa…

As intérpretes das artistas foram Chelle, Analu Pimenta e Maria Vitória — todas muito bem no palco, com vozes potentes e presença divertida, jovens e alegres.

Penso que Vozes Negras foi uma dádiva para quem assistiu.
No hall do teatro, troquei palavras com algumas pessoas — todos com sorrisos nos olhos, comentando os outros episódios. Isso vale tanto a pena: ver nossa cultura explodir em cores, corpos dançantes, poesia em música e verdade.

Sei lá… mas acho que Vozes Negras, o canto masculino pode até chegar, mas com as Candarses, nem pensar em ser só de homens.
Afinal, somos o charme desse país. Somos a base da pirâmide — ouvi isso seis vezes — e então precisamos estar presentes sempre.

São Paulo está com a bola agora. Basta fazer o gol.

Agradeço imensamente a todos os artistas por tanto e ao teatro Adolpho Bloch por essa revisitação tão linda, a mais bela arte do meu Brasil.

 

SERVIÇO

VOZES NEGRAS – A Força do Canto Feminino 

  • Local: BTG PACTUAL Hall – São Paulo
  • 4 de Novembro a 11 de Dezembro

    Horários e local das apresentações

    Os horários são referentes ao local do evento.

  • Terça, Quarta e Quinta às 20h

  • BTG Pactual Hall – R. Bento Branco de Andrade Filho,722, São Paulo – São Paulo
  • Compras de ingressos

 

Paty Lopes (@arteriaingressos). Foto: Divulgação.

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Author

Dramaturga, com textos contemplados em editais do governo do estado do Rio de Janeiro, Teatro Prudential e literatura no Sesi Firjan/RJ. Autora do texto Maria Bonita e a Peleja com o Sol apresentado na Funarj e Luz e Fogo, no edital da prefeitura para o projeto Paixão de Ler. Contemplada no edital de literatura Sesi Fiesp/Avenida Paulista, onde conta a História de Maria Felipa par Crianças em 2024. Curadora e idealizadora da Exposição Radio Negro em 2022 no MIS - Museu de Imagem e Som, duas passagens pelo Teatro Municipal do Rio de Janeiro, com montagem teatral e de dança. Contemplada com o projeto "A Menina Dança" para o público infantil para o SESC e Funarte (Retomada Cultural/2024). Formadora de plateia e incentivadora cultural da cidade.

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