Coluna de ROSE ARAUJO
SETEPONTOCINCO
a Luis Turiba
Esse moço
de lugares tantos
efusivas teorias acalantos
de quandos e enquantos
hiatos entreatos entretantos
eclipses elipses sinapses
e como se não bastasse
reciferioca vanguarda
Esse moço
de coração aglomerado
onde cabe boa parte do mundo
multiface multiprisma em não rimas
poema sobre si
sobre o outro e sobre o todo
em Marielles Zé Pereiras
dores amores Josés e Raimundos
Esse moço gaiato
dos versos enfáticos
humor aguçado
trocadilhos andarilhos
de Lurdes Ogum e pai Ico mais que isso
militante odara peça rara
empático e atento
universo em ebulição e sentimento
Esse bric moço
pisciano moço
a brac a breca
flamenguista à beça
transcendente sideral
mangueirense alto astral
cuiqueiro avô e tal
abraça e contagia de vida a vida
são sete décadas e uns quebrados
histórias matérias, conceitos, poetas,
Cora, Borges, Russo, Barros
memórias mistérios e alguns trocados
foi foca é força afeto e fé, ô se é
laudas laudas laudas laudas
esse moço ainda está aqui, coisa boa vem por aí
adelante, na benção de Deus, em mais 75, ao meu lado.
ROSE ARAUJO

Rose Araujo (@rose_araujo_poeta) . Foto: Divulgação.