Uma crônica ao seu aniversário.

Coluna de Márcio Calixto

Uma crônica ao seu aniversário.

 

Pleno dia 5 de Agosto. Sei que essa crônica não vai ao ar no dia de seu aniversário. Isso não me exime de escrevê-la. Deveria tê-la escrita há tempos. Escrevi para vários amigos. Alguns há bastante tempo. Por que demorei para te escrever?

Acredito que não seja só uma questão particular de erro, mas de percepção. Ao longo dos tempos, vi que me era comum buscar agregar mais os de fora, porque podem ser perecíveis e eu luto contra o luto da perecibilidade, do que dar essa voz  aos de dentro, aos imperecíveis. Irmão é imperecível. Somos. Com o tempo, com o sedimento de nossas vidas, criou-se concreto onde em outros é puro gesso. Concreto não esfarela rápido, pode até sentir o peso do tempo, mas não aqui.

Pego-me pensando em você. Relembro trajetória e vejo onde chegou. Exemplo. Exímio. Magnânimo. Em busca do sublime. Na física, sublimação tem a ver com a mudança do sólido para o gasoso, sem passar pelo líquido. Nunca foi líquido. Sempre foi concreto, buscando ser sublime.

Para mim, esse sublime já o existe há tempos. Pode talvez não se ver como tal, eu até entendo que não se veja assim, é-nos natural essa particular diminuição por invalidações de protogenia, mas soubemos ressignificar o todo.

Sei que busca Deus. Deus também te busca. Você sabe ser a ovelha que se agarra. Escrevo para você em síntese de felicidade. Receba meu carinho e admiração.

Do seu irmão,

M

 

(Nota do Editor: preguei uma peça nesse meu querido autor e publiquei hoje. Óbvio.
Mané “não vai ao ar no dia do seu aniversário…” humpf… rs…
E pessoal … até tentamos, mas só tem foto deles fazendo careta. rs)

 

MÁRCIO CALIXTO
Professor e Escritor

Márcio Calixto. Foto: Divulgação.



Coluna de Márcio Calixto

 

Author

Professor e escritor. Lançou em 2013 seu primeiro romance, A Árvore que Chora Milagres, pela editora Multifoco. Participou do grupo literário Bagatelas, responsável por uma revolução na internet na primeira década do século XXI, e das oficinas literárias de Antônio Torres na UERJ, com quem aprendeu a arte de “rabiscar papel”. Criou junto com amigos da faculdade o Trema Literatura. Tem como prática cotidiana escrever uma página e ler dez. Pai de 3 filhos, convicto carioca suburbano bibliófilo residente em Jacarepaguá. Um subúrbio de samba, blues e Heavy Metal. Foi primeiro do desenho e agora é das palavras, com as quais gosta de pintar histórias.

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