O FIO DA SEDA, de Jorge Sá Earp: memórias da infância e paixão pela literatura que vem do berço

O escritor Jorge Sá Earp lança novo livro no próximo dia 11 de abril

 

Uma das marcas da literatura de Jorge Sá Earp é sua facilidade em contar uma história com fluência, estabelecendo uma rápida comunicação com os leitores. Também é possível perceber nas entrelinhas a ampla erudição do autor, que fala sobre os mais diversos temas ligados às artes e à cultura sempre com graça e leveza. Outra marca presente em muitos de seus livros é o homoerotismo, tratado com naturalidade em seus contos e romances.

 

Em O fio da seda, publicado pela editora 7Letras,  Sá Earp constrói um verdadeiro romance de formação, valendo-se das memórias da infância e revelando uma paixão pela literatura que vem do berço, desde as histórias contadas pela mãe do narrador em Lages – não à toa ela é comparada a Sheherazade. Assim como o menino que perguntava “E depois?” a cada história, pois não queria que acabassem, o escritor nos enfeitiça e seduz com sua narrativa envolvente, nos conduzindo por um fio imaginário que entrelaça todas as leituras e experiências de uma vida.

 

ENTREVISTA EXCLUSIVA

Confira abaixo a entrevista exclusiva que fizemos com o autor:

ArteCult: Sei que você é autor de vários títulos. Tem  preferência por algum deles? Por quê?

Capa – Livro O Fio da Seda – Jorge Sá Earp

Jorge Sá Earp: A tendência da maioria dos escritores é dizer que preferem o último. Mas eu tenho um carinho especial, se se pode dizer assim, por O jogo dos gatos pardos, que foi publicado em 2001. Também tenho um xodó especial pela trilogia Os descendentes. Três romances de fundo histórico, tive que fazer muita pesquisa. Aprendi muito.

 

AC: Você é contista e romancista. Sente-se melhor produzindo narrativas curtas ou longas?

JSE: Curtas. Gosto muito de escrever contos. Mas às vezes o romance surge, a história começa a se impor, não há o que fazer: me lanço no romance.

 

AC: Há quem classifique O fio da seda como romance de formação. O que você acha disso?

JSE: Pode ser definido assim, como também pode ser chamado de romance-memória. Confesso que prefiro essa última classificação.

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Jorge Sá Earp. Foto : Divulgação.

ArteCult: Sem dar spoilers, poderia nos dizer o que o leitor vai encontrar em O fio da seda?

JSE: A primeira parte é uma viagem ao país perdido da infância. É mais lírica. A segunda, como narra os primeiros anos da adolescência, tem, é claro, é de se esperar, algum erotismo. Mas nada tórrido. Creio eu.

 

Sobre JORGE SÁ EARP:

JORGE SÁ EARP nasceu no Rio de Janeiro, em 1955. Cursou Letras na Puc-Rio. Como diplomata, serviu na Polônia, na Holanda, no Gabão, na Bélgica, na Itália, na Romênia, no Equador e na Costa Rica. Contista e romancista, é autor de Ponto de fuga (romance vencedor do prêmio Nestlé de Literatura em 1995), O jogo dos gatos pardos (2001), Areias pretas (2004), O novelo (2008), As marés de Tuala (2010), Bandido e mocinho (2012), Quatro em Cartago (2016), A praça do mercado (2018) e As amarras (2020), entre outros.

 

LIVE COMO CONVIDADO DO AC ENCONTROS LITERÁRIOS

Jorge Sá Earp foi um dos convidados da primeira temporada do programa AC ENCONTROS LITERÁRIOS. Confira abaixo a live que realizamos com ele em 15/03/2022:

E não deixe de ler também a entrevista escrita que fizemos com ele em fevereiro de 2022.

 

 

 

SERVIÇO:

Lançamento de O fio da seda 

  • Quando: 11/4/2023, a partir das 19h
  • Onde: Livraria Argumento. Rua Dias Ferreira, 417, Leblon – Rio de janeiro (RJ).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Author

Carioca, licenciado em Letras (Português – Literaturas) pela UFRJ, mestre e doutor em Língua Portuguesa pela mesma instituição, com pós-doutorado em Língua Portuguesa pela USP. Participante de 32 coletâneas literárias. Autor do livro de contos "A angústia e outros presságios funestos" (Prêmio Wander Piroli, UBE-RJ). Professor de oficinas de Escrita Criativa. Revisor de textos. Toda quinta-feira, no ArteCult, publica um conto em sua coluna "CONTO DE QUINTA", que integra o projeto "AC VERSO & PROSA" junto com Ana Lúcia Gosling (crônicas) e Tanussi Cardoso (poemas).

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