The Town 2023: Confira como foi o segundo dia de festival na cidade da música

Foto: Wesley Allen

 

São Paulo, 3 de setembro de 2023: Se Fred Mercury marcou a estreia do Rock in Rio, em 1985, Bruno Mars não ficou pra trás e assumiu o mesmo posto no The Town, ao transformar o Palco Skyline em uma verdadeira pista de dança, colocando 100 mil pessoas enlouquecidas do início ao fim de sua apresentação. Com direito a fogos de artifício e sons clássicos, o segundo dia do The Town foi marcado pelo sol, pela alegria do público e, claro, pela tão aguardada apresentação de Bruno Mars. O cantor subiu ao Skyline e mostrou que uma noite realmente não seria o suficiente para matar a saudade dos fãs brasileiros. O dia foi marcado ainda pelos ritmos eletrônicos e pop, com Luísa Sonza, Alok e Bebe Rexha, também no Skyline; o The One reuniu nomes que convidaram o público para um passeio por suas raízes. Matuê, Ney Matogrosso, Leon Bridges e Seu Jorge se apresentaram no local.

 Presidente do The Town, Roberto Medina assistiu ao espetáculo de Bruno Mars do início ao fim e comemorou:

“Revivemos a edição de 1985 com mais um dia realmente histórico, agora no The Town. Bruno Mars entrou para a história como Fred Mercury. Uma Cidade inteirinha cantando junta do início ao fim. Daqui a 40 anos o público ainda falará desta noite de 3 de setembro”, completou.

 

Bruno Mars

Foto: Divulgação

Bruno Mars  levou o público do The Town ao delírio com o seu verdadeiro ‘desfile’ de hits na noite deste domingo, 3.  Acompanhado por uma banda competente, carismática e cheia de swing, o cantor voltou a se apresentar no Brasil após um hiato de cinco anos.

Bruno começou o show com uma performance eletrizante de ’24K Magic’, passando por sucessos como ‘Billionaire’, ‘Leave the Door Open’, ‘Talking To The Moon’ e ‘When I Was Your Man’. O artista cantou, dançarou, esbanjou simpatia com o público e ainda entregou momentos mais intimistas ao piano. Ele, que foi um dos nomes mais pedidos do público, tem outra apresentação marcada para o próximo dia 10 de setembro e vai fechar o festival.

 

Ney Matogrosso

Ney Matogrosso foi uma da principais atrações do segundo dia de The Town, neste domingo (2). Após um show emocionante no palco,  se apresentou em uma edição inédita de festival de música após 40 anos, quando subiu ao palco do primeiro Rock in Rio, em 1985.

Essa é a segunda vez que Ney está no The Town. No sábado, estreia do festival, ele cantou “América do Sul”, numa performance estilo fan service — criada para agradar à idolatria dos próprios donos do evento.

Por ter sido o primeiro artista a se apresentar no Rock in Rio — dos mesmos criadores do The Town —, em 1985, o ex-integrante do Secos e Molhados foi convidado a, digamos, abrir às portas do mais novo festival paulistano.

Seu pocket show do sábado teve entrega de pulseirinhas que piscavam sob o ritmo da canção. Sim, o item popularizado pelo Coldplay foi parar na MPB.

Seu Jorge

Para cativar o público do The Town neste domingo (3), Seu Jorge somou ao carisma de sempre uma ótima banda e hits de fácil digestão para uma multidão dispersa, ansiosa pelo show do astro pop Bruno Mars, o principal nome da noite. Começando pelo samba-rock “Mina do Condomínio”, uma das mais conhecidas de seu próprio repertório, ele emendou uma charmosa sucessão de clássicos das estações de rádio. As suas “Carolina”, “Amiga” e “Felicidade” ganharam coro dançante da plateia.

Para “That’s My Way”, convidou Edi Rock, integrante dos Racionais MC’s, com quem gravou a faixa para “Contra Nós Ninguém Será”, álbum solo do rapper, lançado em 2013.

Quem também subiu ao palco foi o DJ Papatinho, nome requisitado do trap e funk produzidos pelas novas gerações. Os dois apresentaram juntos o single “Final de Semana”.

Entrou ainda no setlist uma versão groovada de “Na Rua na Chuva na Fazenda”, música de Hyldon, que se tornou sucesso com Kid Abelha, Tim maia  e foi regravada por Seu Jorge. Ele também incluiu um cover de “Ain’t No Sunshine”, música icônica do soul, que deu fama ao cantor americano Bill Withers (1938-2020). O  barulho foi tanto que Seu Jorge acabou entregando o microfone ao público, em um dos coros mais fortes de todo o primeiro fim de semana do festival. A cereja no bolo foi a brincadeira do cantor no último refrão: “Na rua, na chuva, na fazenda ou num festival em SP”, declamou ele. O pessoal, claro, foi à loucura.

Alok 

Houve uma nítida diferença no repertório, com bem menos inserções de trechos de músicas de outros artistas, com exceções como “Another Brick in the Wall”, do Pink Floyd, e “The Rhythm of the Night”, do Corona, banda italiana de vocalista brasileira. Houve tempo ainda para um remix com o refrão de “Tá ok”, de Kevin Oh Chris com Dennis DJ.

O melhor momento foi quando Alok recebeu Zeeba, cantor com quem apresentou o hit do assobio “Hear me now”, e mais três parcerias: “Ocean”, “Never ler me go” e a ainda inédita “Nossos dias”.

A novidade se encaixou bem no repertório, com coro “Ôôôôô” insistente e pianinho kitsch fazendo lembrar o francês Richard Clayderman ou a clássica balada “I like Chopin”, do italiano Gazebo. Outra inédita tocada foi “Jungle”, feat com a dupla americana Chainsmokers, que se apresenta no The Town na próxima quinta-feira (7).

 

 

 

 

 

 

 

 

Author

Jeff Ferreira é baixista, nerd e nas horas vagas roadie Escreve sobre música, pautas de entrevista há 6 anos. Trabalha com bandas do interior e da grande São Paulo.

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