Coluna de Márcio Calixto
SOBRE ALVURAS
O que há a escrever?
Quando a beleza do papel
É a sua brancura
Alvo de candura
Alva, em esplendor?
Amo esse papel branco
Em constância de alvura
Mas alvo de meu desejo sem candura
De escrever sem parar
O que fazer, então?
Despeço-me de meu desejo
Ou despeço da alvura?
Bem,
Se tenho palavras agora,
Já tens minha resposta.
MÁRCIO CALIXTO
Professor e Escritor
Coluna de Márcio Calixto