Sabemos que Dançar pode ser uma tarefa desafiadora em todos os sentidos, mesmo para quem dança desde cedo.
Thiago Soares, aos 34 anos, ocupa o cargo de primeiro bailarino do Royal Ballet de Londres. Muito conhecido e bem-sucedido, ele é premiado pelo seu talento artístico e habilidade física. Mas talento apenas não basta. Pra ser Thiago, é preciso treino, muito treino. A sua rotina profissional inclui, geralmente, 2 horas de ensaio + 1h20 de aula de balé + 45 minutos de pilates + 1 hora de musculação + 25 minutos de elástico e alongamento. (Fonte: abril mulher) Fora os cuidados que se deve ter com alimentação e a pesada agenda de compromissos e viagens.
Profissionalmente, ser bailarino é também desafiar seus limites e se propor a ter uma dedicação de atleta, o que exige muita coragem e força de vontade para encarar essa extenuante jornada diária.
Para quem começou a dançar há pouco tempo, o desafio pode ser outro. Durante uma aula de dança flamenca ministrada pela talentosa e sensível artista e professora Eliane Carvalho, do Studio Gesto, ela disse que “a dança nasce com a gente, só precisamos descobri-la” e que isso exige entrega, exige manter viva sua conexão interna e abrir seus sentidos. Acredito que, para a conquista de tudo isso, é preciso ter muita ousadia também. Eis o link para a entrevista de Eliane Carvalho ao ARTECULT:
http://artecult.com/danca/eliane-carvalho/
É isso que considero o grande desafio da Dança: a ousadia. É realmente necessário ter muita ousadia e uma generosa dose de desprendimento para se conectar com a dança, com a sua dança.
Para os bailarinos amadores, é preciso se desprender também de pudores, de autosabotagens como “eu não consigo dançar”, “eu não consigo fazer isso”.
E, mesmo você tendo muita técnica de dança, a ousadia, digo, a entrega, é gradual e está ligada diretamente aos nossos cinco sentidos.
Por isso: sinta, saboreie, cheire, veja e toque a sua dança. Ela está aí dentro de você, pronta para ser despertada.
Então, entregue-se, conecte-se e ouse!
Até a próxima!