Especial OSCAR 2018: ME CHAME PELO SEU NOME, sem pressa e a caminho do Oscar

Me Chame pelo seu Nome pode ser caracterizado como um filme de amor, em todo seu processo de descoberta, sem se apressar, em todos os seus detalhes possíveis. É impresso na tela todo o sentimento dos personagens que compõe a obra e a condução dos efeitos para acreditarmos verdadeiramente naquela história.

Mesmo não se tratando de um grande Blockbuster provocou grande alarde desde a sua apresentação no Festival de Cannes e tanta notoriedade, inclusive encontra-se indicado ao Oscar na Categoria de “Melhor Filme”, deve-se à sua simplicidade e à forma de direção.

A essência do filme reside no descobrimento e aceitação de um sentimento entre duas pessoas e no aprendizado para lidar com essa situação. Desta forma, podemos afirmar que para a composição das camadas desta história o diretor Lucas Guadagnino, traz uma proposta de transição da relação entre duas pessoas apaixonadas, abordando a estação e o clima do verão do Norte da Itália, a descoberta da sexualidade, o medo, os sentimentos aflorados e, acima de tudo, a paixão e o amor. O filme não se atropela, o diretor não possui pressa em contar a história e acaba gerando uma atmosfera que prende o telespectador.

A adaptação do roteiro do filme fica a cargo de James Ivory, que se baseia no livro homônimo de André Aciman. Temos também brasileiro no time de produção do filme, o produtor Rodrigo Teixeira com sua empresa RT Features. A fotografia do filme está repleta de detalhes e uma paleta de cores bastante clara e nostálgica, sob a responsabilidade de Sayombhu Mukdeeprom.

A trama acontece em meados dos anos 80, ou seja, a adaptação e os retratos daquela época se estampam na telona, trazendo um ar de nostalgia e um ar de cidade interiorana da Itália. O enredo do filme se desenrola sob a ótica de Elio (Tymothée Chalamet) que se descobre envolvido e depois apaixonado pelo aluno de doutorado Oliver (Armie Harmmer) que fora recebido em sua casa pelo seu pai. Diante de incertezas, incompreensões e medo, Elio deixa todos estes obstáculos de lado.  A química entre os atores principais garante a certeza de que aquela história realmente aconteceu e que embarcaram de maneira profunda naquele romance.

Por fim, Me Chame pelo seu Nome traz um romance homossexual que garante originalidade na sua abordagem, não tendo pressa em contar a história. A entrega entre Elio e Oliver é sutil, afável, sensual e despertada pelo impulso ao conhecimento da descoberta sexual, mas não deixando de lado o romance e a experiência nostálgica que toda a história propõe. O amor está presente em diversas passagens do filme, garantindo assim todas as indicações que recebeu.

Pela sua particularidade e interessante história de amor de verão o filme vale muito a pena ser conferido.

Veja Trailer:

 

 

 

Então é isso pessoal! Forte abraço e até a próxima.

LUAN RIBEIRO

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Sou natural de Mata de São João, Bahia, mas atualmente moro na cidade do São Paulo. Sou formado em Engenharia, mas sempre tive uma verdadeira fixação pelo universo cinematográfico e sou o admin do @CinemaeCompanhia no Instagram. Assistir um filme é minha válvula de escape para mergulhar e me aventurar em mundos totalmente novos e me desligar dos problemas do dia-a-dia. Aproximadamente de duas a três vezes confiro as estreias da semana nas telonas, digamos que eu seja quase um “rato de cinema”. rs Será um enorme prazer compartilhar aqui minhas opiniões sobre os filmes e suas principais curiosidades. E uma ótima oportunidade para poder aprender e "trocar figurinhas" com todos vocês! Espero que se divirtam muito e curtam minhas dicas. Que a FORÇA esteja com vocês!!! Forte abraço! Luan Ribeiro. Instagram.com/CinemaeCompanhia e-mail: luancribeiro@hotmail.com

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