Coluna de Márcio Calixto
Depois que ressignifiquei minha coluna aqui no site, fui a um serviço de catálogo de tudo que eu já havia publicado. Pensei em escrever uma crônica comemorando cinquenta colunas publicadas. Pois bem, eu já havia alcançado esse marco quando escrevi ano passado para o Gustavo a sua abrupta e inesperável morte. Claro que não havia o que comemorar. Para ele, pensei em escrever o texto número 2, mas não pude dar materialidade ao que queria escrever: a vida deu uma guinada.
Agora, pós-guinada, prefiro comemorar o texto de número 60. Assim o chamarei mesmo, o texto de número 60. Passei os últimos 20 anos escrevendo para sites. Primeiro, o Bagatelas, com Vidal, depois o Trema, com Eloise, todo levaram a lugares inimagináveis, como a OFF_Flip e à Bienal de São Paulo, escrevendo diretamente para o site do evento. Hoje estou aqui, comemorando internamente esse texto.
Não lembro o quanto escrevi para essas outras mídias. Tenho carinho especial por todas elas. Porém, na internet, se não pagar hospedagem, todo aquele conteúdo se perde. Das Bagatelas, só pelo menos as revistas e as canequinhas de quando lançamos a revista em Paraty, longínquo ano de 2006. Trema surgiu pelos idos de 2008/2009.
O que eu deveria escrever no texto de número 60? Deveria expor os que pensamos para os próximos anos do Artecult. Há situações em estágio bem embrionário, há outros em profunda evolução. No entanto, é melhor o silêncio e aproveitar o sentimento do parágrafo. Este é o texto de número 60 para o site, e isso é o melhor que devemos explorar nesse momento. Vale mesmo falar da pluralidade do site, do tempo que em ele está no ar, produzindo e divulgando cultura pelo protagonismo do desejo mais íntimo e ferrenho do maior protagonista por trás de todos. Poder me posicionar como seu colaborador nesse tempo todo e ser alvo de sua generosidade tem sido maravilhoso. Passarei a criar essa marca: o texto de número 60.
Bem, agora é rumo ao texto 120.
Acompanhe-nos!
MÁRCIO CALIXTO
Professor e Escritor
Coluna de Márcio Calixto