O Pilates e a Dança

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A minha história com o Pilates começou cedo, depois de ser diagnosticada com escoliose aos 13 anos. Já fazia dança nessa época, mas as dores eram frequentes e minha mãe não poderia imaginar que eu tinha um problema na coluna. Foi então que o ortopedista recomendou, após a fisioterapia, praticar ballet, voleibol ou natação. Fiz todos!

Quase tive que usar um colete de correção postural, mas não foi necessário, pois o que o médico recomendou foi seguido à risca. A rotina de exercícios, a prática diária de manter a coluna ereta e em perfeita postura foi conquistada desde cedo. Não é a toa que a disciplina da boa postura me acompanha até hoje. Mas ainda não conhecia o Pilates nessa época.

Todas essas atividades buscam melhorar a postura e trabalhar a coluna de forma a reduzir os efeitos da má postura.

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Tempos depois, já com a musculatura fortalecida, meu corpo demandou mais. Para evitar lesões e amplificar a flexibilidade, além do fortalecimento abdominal, aliada aos exercícios técnicos de dança fazíamos uma disciplina de Pilates. Foi um divisor de águas na minha performance em dança e em minhas atividades diárias. Me encantei de primeira.

Criado pelo alemão Joseph Pilates, em meados do século XX, esse método de condicionamento físico e mental utiliza movimentos aparentemente suaves que proporcionam o alongamento e a fortificação do corpo de forma integrada e individualizada. Melhora a respiração, diminui o stress, desenvolve a consciência e o equilíbrio corporal, aprimora a coordenação motora e a mobilidade articular e proporciona o relaxamento. Utilizando equipamentos criados especialmente para essa prática, é possível realizar os exercícios com baixo impacto e com poucas repetições, o que protege as articulações e a musculatura, e torna o Pilates acessível tanto para atletas profissionais quanto para pessoas sedentárias.

Por tudo isso, posso dizer que todas as minhas atividades – não só a profissional – melhoraram e muito! Consegui desenvolver com maior facilidade os passos, a minha musculatura ficou muito mais definida e não atrofiada. Também ganhei mais precisão e equilíbrio aos executar os movimentos. E, além de tudo, minha concentração melhorou muito pois, no Pilates, respiramos enquanto praticamos os exercícios e isso amplia nosso canal de percepção corporal por meio de maior autoconsciência. A respiração e a progressão, associadas à execução dos exercícios, fazem do Pilates uma prática que respeita nosso corpo e mente.

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Foi inevitável escrever esse texto em primeira pessoa, declarando aqui abertamente minha paixão pelo Pilates. Que é tanta que, agora, além de praticante, também sou instrutora de Pilates, um desafio a que me impus e que consegui alcançar com muito orgulho!

Nada como ter primeiro me beneficiado dessa prática para agora poder oferecer a outras pessoas as vantagens que o Pilates traz para a vida, para a saúde e para o corpo.

 

Author

Sou Marcelle Pereira Soares Banks, a.k.a Celle Banks. Sou profissional com 10 anos de experiência na área de comunicação, com passagem pelo setor acadêmico privado e público, me formei em Comunicação Social na Universidade Federal Fluminense (UFF) e fiz o curso de Dança Contemporânea na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Há 12 anos, atuo profissionalmente como Bailarina, Designer, Coreógrafa e Publicitária. Amante das Artes Culturais e Sociais, sou empreendedora e promotora da diversidade cultural. Tenho um enorme desejo de me comunicar com as pessoas e escolhi fazer isso através da dança. Gosto de compartilhar com os outros a minha paixão pela dança. Meu maior interesse é estudar a diversidade de danças através do olhar contemporâneo, das danças tradicionais às urbanas. Já me apresentei em universidades, festivais e teatros do Brasil. Nos Estados Unidos, desenvolvo atualmente um trabalho sobre a investigação de danças tradicionais brasileiras. Essas obras têm aparecido em Festivais Internacionais. Em 2015, me mudei para a Argentina e aprimorei meus estudos a partir de fontes de universidades locais, como Universidad Nacional de las Artes. Divido-me entre Buenos Aires, Des Moines, Rio de Janeiro e Florianópolis, sempre embalada na minha paixão pela família e pela dança