Sinopse: Ladrões planejam roubar 600 milhões de dólares do Tesouro Americano. No mesmo dia do assalto, um furacão de categoria máxima está previsto chegar à cidade. A população deixa o local, restando apenas um meteorologista, um agente do Tesouro Americano e um ex- fuzileiro naval. Juntos, eles precisam não apenas sobreviver a maior das tempestades, mas também impedir o roubo do século.
Confesso que quando olhei o cartaz desse filme, pensei ser mais um filme de catástrofe e pronto. Aí olhei para o elenco e me interessei mais um pouco: temos Toby Kebbell e Ryan Kwanten presentes, que são dois atores que me agradam muito. Inclusive tive o prazer de conhecer Ryan Kwanten durante o Rio2C e me encantei ainda mais pelo seu trabalho, sabendo de toda a sua dedicação.
O filme tem uma narrativa clássica: dois irmãos passam por uma tragédia, enquanto um deles usa a experiência transformando-a em força para se tornar uma pessoa melhor, o outro é mal sucedido na vida e culpa o irmão pelos fatos.
Não posso deixar de comentar sobre o nome dos irmãos, Will e Breeze, Will beleza, agora Breeze, significa Brisa em inglês, um trocadilho bem sem graça dentro de um filme sobre furacão.
O filme começa com um grande furacão, que, sem zoeira, foi a cópia da marca negra do Harry Potter dentro do furacão. Daí acontece uma passagem de tempo, onde os personagens são apresentados e situados dentro do filme e chegamos no momento do assalto, onde se baseia a maior parte da trama.
Ralph Ineson já entra no longa com a sua expressão de vilão, que já está quase gravada na sua face. Esta expressão já denuncia que o plano de um assalto sem mortes não vai acontecer. Confesso que curto filmes desse gênero, mas este está um pouco longe de ser um dos melhores. Para gostar você precisa comprar a ideia de um assalto baseado em um pequeno furacão. Até porque um bom cinéfilo, vai entender o que vai acontecer em todo o filme, nos primeiros 5 minutos.
Alguns efeitos dentro do filme são bem feitos, porém outros são extremamente mal produzidos, o que acaba deixando o filme com uma cara de mais surreal ainda, já que algumas situações dentro da trama são incoerentes com a ideia de realidade que tenta ser passada pela trama, como por exemplo Will fica pendurado por um cabo, quase que no meio de um dos maiores furacões e mesmo assim consegue se segurar e se salvar sem um arranhão. Deixando claro, que o problema não é algo surreal acontecer nas telas, afinal temos vários filmes mentirosos que são maravilhosos, porém são assumidamente irreais, não dão a ideia de que aqueles fatos poderiam realmente acontecer.
Um ponto bom do filme é que mesmo com muitos elementos doidos e reviravoltas na história dentro de uma narrativa clichê, ele possui um bom ritmo, e, como eu disse acima, se você se comprar a ideia, o longa não fica cansativo. No Olho do Furacão entrou em cartaz dia 07/06 e fica a dica para aqueles que curtem filmes do gênero. Depois voltem e contem o que acharam.
Trailer:
MARIANE BARCELOS
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