Agrupar sempre foi uma obsessão humana. Certamente por necessidade. Em busca de calor e proteção, nas cavernas. Em pequenos ou grandes exércitos, clubes, confrarias e tantas outras formas. É exatamente o que fazemos hoje nas tais redes sociais. Formamos grupos a propósito de tudo, o que se puder imaginar. Desta forma, continuamos a falar, a discutir ideias, disseminar cultura, propostas. Sempre entre nós mesmos, ou entre o grupo reunido por determinado assunto. Apesar das novas ferramentas lincadas à internet, saudadas como a democratização da comunicação, suspeito que estamos é nos fechando cada vez mais. Um dos motivos é a quantidade de informação. Outro, a quantidade de sabichões.
É claro que o seu amigo de Facebook tem amigos, que têm outros amigos e, assim, a corrente se estende a inimagináveis números de pessoas. Mas, se o que você quer comunicar não está inserido no grupo certo, será uma curtição enorme, mas com pouca retenção.
Falo disso pra que possamos refletir, por exemplo, sobre o esforço pela leitura. Estaremos gastando nossa munição com o alvo certo e de maneira adequada? Acredito que tudo seja válido, nem que apenas uma ou duas cabeças sejam conquistadas. No entanto, não vejo grandes resultados. E não são nas pesquisas oficiais, e sim nas conversas em colégios, com professores, amigos dos filhos, e com tanta gente que esbarro no dia a dia.
Então, por onde começar?
O que carecemos é fazer mais, ir além dos grupos fechados na mesma circunstância, receber e compartilhar as possibilidades. Descobrir iniciativas que vão além das formas tradicionais e antiquadas, quando o “inimigo” está nas ofertas sedutoras – o celular, a TV e os jogos – do cotidiano de qualquer adolescente.
Então, chamo todo mundo a participar do CONALER – www.conaler.org.br/cbl – o 1° Congresso Nacional de Leitura, exclusivamente #viaweb. De 11 a 16 de outubro. É pela internet e de graça. Mas é preciso se inscrever.
Participe e divida boas ideias. A causa é NOBRE.