
E dançamos, cantamos ao som de Sandra de Sá e da ministra Margareth Menezes — minto, Vanessa Brown e Roberta Ribeiro, absolutas no que fazem.
Ambas se despediram de “Vozes Negras”, e não poderia ser diferente: com tambores e muito soul, conquistaram a plateia.
Mais uma vez, o espetáculo nos ganhou. “Do Soul ao Afropop” nos impactou — outro episódio de tirar o fôlego! Fez a plateia ir aos céus; saímos do teatro apaixonados.
Sinopse:
O quinto espetáculo da série musical Vozes Negras – A Força do Canto Feminino exalta duas cantoras poderosas que colocaram o país inteiro para dançar: Sandra de Sá e Margareth Menezes.
Nesta semana memorável, há festa de clube e de rua!
Sandra é considerada uma evolução natural do movimento Black Rio, que, pela primeira vez, teve uma representante feminina. Margareth é a nossa rainha do afropop baiano. É para dançar!
No repertório, grandes sucessos de Sandra e Margareth.
Na verdade, posso dizer: se era para tombar, tombamos!
Wanderley Gomes, o figurinista, desenhou e pesquisou a Bahia de Margareth Menezes e trouxe o Nordeste baiano com beleza ímpar — uma viagem sem sair da poltrona.
Aliás, sem contar a história que os dramaturgos levantaram sobre os blocos de Salvador: adorei o aprendizado.
Em todos os espetáculos há um momento para um bate-papo. Não me afeiçoei muito, mas faz parte do show.
Nessa roda de conversa, levanta-se a questão sobre Margareth: por que uma artista que fez tanto sucesso no Brasil e fora dele, não está entre os grandes nomes da Bahia?
Por que o trio da ministra não teve a mesma visibilidade que o de outras artistas?
Fato — não há outra explicação que não seja o racismo.
E olha que conheço bem os carnavais de Salvador, e nunca tinha me perguntado sobre isso.
Roberta Ribeiro se despede de Vozes Negras com elegância e maestria. Não esperava menos da atriz e cantora, que dominou todas as performances. Nós, da plateia, nos derretemos com todas as suas contribuições artísticas nesses episódios. Somos gratos!
Já Vanessa Brown trouxe à cena nossa Sandra de Sá — e o que mais me encantou foi a conexão da atriz com o público. Uma delícia de sentir! Rimos com ela, cantamos também.
Afinal, Sandra é carioca, mulher brasileira, negra e de estilo único.
Dos tambores aos corpos dançantes, dessa vez as cantoras nos levaram a aplaudi-las com ímpeto.
Esta será a última semana, e já sinto que precisarei me despedir, infelizmente.
Como diz em um momento do texto: “A Mãe África soprou sobre as artistas homenageadas.”
Não concordo — a Mãe África continua soprando.
Afinal, em cinco episódios, minha pele não parou de arrepiar!
FICHA TÉCNICA
- Idealização e Direção Geral: Gustavo Gasparani
- Dramaturgia e Roteiro Musical: Gustavo Gasparani e Rodrigo França
- Direção Musical e Arranjos: Cláudia Elizeu e Wladimir Pinheiro
- Pesquisa Histórica e Musical: Rodrigo Faour
- Consultoria de Representações Raciais e de Gênero: Deborah Medeiros
- Coreografia: Junior Scapin
- Cenário: Mina Quental
- Figurino: Wanderley Gomes
- Desenho de Luz: Ana Luzia de Simoni
- Desenho de Som: Gabriel D’Angelo e Joyce Santiago
- Visagismo: Mary Santos
- Diretores Assistentes: Marluce Medeiros, Menelick de Carvalho e Sueli Guerra
- Produção de Elenco: Elenco Negro Casting por Mônica Nega e Gabriel Bortolini
- Direção de Produção: Bianca Caruso
- Direção Artística e Produção Geral: Aniela Jordan
- Direção de Negócios e Marketing: Luiz Calainho
SERVIÇO
VOZES NEGRAS – A FORÇA DO CANTO FEMININO
Quando: Temporada de 04/09 a 12/10/2025. De Qui. à Sáb: às 20h00. Dom.: às 19h00
Onde: Teatro Adolpho Bloch – Rua do Russel , 804 – Glória, Rio de Janeiro – RJ
Ingressos: https://www.ingresso.com/espetaculos/vozes-negras
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Paty Lopes (@arteriaingressos). Foto: Divulgação.

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