Centro Cultural FIESP: exposições mostram arte moderna, fotografia e stencil-art

fonte: divulgação

Três exposições ocupam o Centro Cultural da FIESP. Além de “Ready Made in Brasil”, há outra, do artista Gitahy apresenta seu trabalho no salão do subsolo. Ao lado, na Sala da Fotografia, diversos renomados fotógrafos têm exibidas fotos que focam no retrato.

A exposição principal, na Galeria de Arte, no térreo, “Ready made in Brasil” celebra os 100 anos da criação de “Fountain”, o célebre mictório apresentado de forma anônima por Marcel Duchamps ao Salão dos Artistas Independentes em 1917 em Paris e que foi rejeitado pela organização do evento. Esta celebração faz um resgate das influências de Fountain na arte brasileira. A peça de Duchamps, naquele ano, rompeu com a arte tradicional ao tratar como peça de valor artístico, um produto feito em larga escala. A pintura, a escultura que tinham, até então um suporte para serem representadas, começam a ser questionadas como símbolos de conteúdo artístico.

A mostra apresenta, então, os trabalhos de vários brasileiros como Guto Locaz, Lígia Pape, Cildo Meirelles, Nelson Leiner, Hélio Oiticica, todos estão ali reunidos. Temos, assim, a oportunidade de ver, de uma só vez, peças de artistas que estão dispersas em várias galerias de artes pela cidade. Até o ex-Titã, Arnaldo Antunes, tem obra exposta. Dessa forma, vemos reflexos do que foi apropriado da obra e o que foi transformado sob a áurea da arte, digamos assim. Convém informar que a mostra traça uma linha histórica, desde as primeiras obras – década de 60 – até os dias atuais. Até 28.01.18.

fonte: divulgação

Na Sala de Fotografia, o retrato é o foco das fotos. Em “Retratos, Diálogos da Identidade” fotógrafos da agência Magnum como Steve McCurry (capa da National Geographic da menina afegã), têm seus trabalhos exibidos em torno do retrato. As lentes dão enfoque ao ser humano em representação do que seriam as celebridades, por exemplo (Brad Pitt, Kate Winselet), em poses totalmente despojadas de glamour. Anônimos também são clicados e nos fazem refletir sobre como o ser humano é diferente em feições físicas ou vestimentas, mas não deixamos de carregar, igualmente, a humanidade dentro de nós que a lente tenta extrair. Exposição vai até 27.12!

fonte: divulgação – Celso Gitahy

Em outra sala, no subsolo, no Espaço de Exposições, Celso Gitahy exibe seus trabalhos feitos em stencil: técnica de pintura com máscaras vazadas (podendo ser papelão, metal). Em “Em Trânsito – A Stencil Art de Celso Gitahy” é impressionante a variedade de superfícies que o artista utiliza para pintar. Desde placas cilíndricas de lixa para enceradeiras, passando por quebra-ventos de Fusca, cabogós de vidro. Todos esses objetos não escampam ao stencil do artista. Além de coloridos, têm como constantes os motivos de crítica ao desenfreado consumismo e à ocupação do espaço urbano. O seu pioneirismo de street-art desde os anos 80, agora, chega ao Espaço e lá está até 22.10.

 

SERVIÇO:

. Onde: Centro Cultural FIESP – Av. Paulista, 1313 – tel.: (11) 3528-2000

Ready Made in Brasil

Galeria de Arte do Centro Cultural Fiesp

livre para todos os públicos

 

Retratos, Diálogos da Identidade

Salão de Fotografia

livre para todos os públicos

 

Em Trânsito – A Stencil Art de Celso Gitahy

Espaço de Exposições

Livre para todos os públicos

 

. Quanto: gratuito

. Quando: ver no site http://centroculturalfiesp.com.br/

Author

Carioca, mas paulistana da gema radicada há mais de 20 anos na capital. Formada em Relações Internacionais, tem mestrado em Administração de Empresas em Lyon, na França. Orgulhosa da cidade onde vive, adora mostrá-la aos visitantes, sejam eles brasileiros ou não. Procura sempre descobrir lugares novos e diferentes, por isso sempre se mantém atualizada sobre o que acontece nestas bandas. Para isso, vai sempre às exposições que pipocam aqui e acolá e é sobre elas que pretende lançar seu olhar crítico que não se restringe só às obras, aos trabalhos expostos, mas também ao ambiente: como estão organizadas, se existem informações para os visitantes, enfim, se vale a pena o leitor investir o seu tempo para ir vê-las. Eventualmente, faz críticas de filmes, mas prefere deixá-las aos mais habilitados. Mas não deixa de acompanhar os lançamentos. Humildemente, pede ao leitor paciência para com o que ele lê aqui no espaço, pois a escritura e análise pedem apuro ao longo do tempo.

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