RJ: Orisá – Quando o Mito Veste o Corpo, estreia no Centro Cultural Justiça Federal

Foto: Stefano Martini

Mostra de Margo Margot, conta com fotografias de Daryan Dornelles e Stefano Martini, e curadoria de Claudio Partes

 

Estreia nesta sexta-feira, 15, a exposição Orisá, idealizada por Margo Margot com fotografias inéditas dos renomadas Daryan Dornelles e Stefano Martini, representando os principais deuses da mitologia yorubá. O projeto, finalista da Incubadora Cultural Petrobras e do Edital de Ocupação do CCJF, aborda, de forma poética e original, o universo mítico dos deuses africanos difundidos no Brasil por meio de terreiros e casas de santo.

Outro desafio foi o de criar uma atmosfera que trouxesse a natureza ao studio. Para tal, pedras, areia de mar, barro e até partes de árvores foram transportadas para compor a relação do orixá ao seu habitat. O projeto contou também com voluntários de peso como é o caso de Zezé MottaGilberto GilVidal Assis e João Donato.

A partir da pesquisa, bibliográfica e em visita ao Ilé Àse Ògún Àlákòró, Margot desenvolveu, de forma contemporânea e bastante inovadora, vinte “Orixás”, um convite para irmos além das narrativas visuais, aprofundar e conhecer um pouco mais de uma das culturas basilares do povo brasileiro. Mais do que um olhar sobre a essência dos mitos africanos cultuados no candomblé, a exposição possibilita uma oportunidade para refletir sobre a imensa cultura africana, detentora de uma rica mitologia, que é cotidianamente sufocada e oprimida por tradições eurocêntrica.  Não é à-toa que haverá, no decorrer da exposição, visita mediada, bate papos e oficinas para escolas e grupo a ser agendado no Educativo do CCJF.

Stefano Martini e Daryan Dornelles conseguem capturar instantes de força avassaladora, reproduzir sem afastar, revelar sem dizer. Òrìsá (Orixá) é uma exposição que reúne  narrativas antigas, daquelas que sobrevivem às gerações, transpassam o tempo e se mantém, misteriosamente, originais e latentes.

A exposição pretende provocar um diálogo entre o primitivo e o contemporâneo e também provocar uma leitura sobre a cultura afrobrasileira, arte, antropologia e psicologia. Aspectos da ancestralidade e da religiosidade africanas muitas vezes aparecem aliados a questões como identidade, representação e condições socioculturais. A mostra também pretende apresentar valores ligados à tradição, aos bens da terra e às riquezas populares investigando o modo como a afrobrasilidade se manifesta na arte e na religião, possibilitando releituras e olhares sobre um tema tão amplamente difundido e, ao mesmo tempo, desconhecido.

O público poderá conferir as fotos inéditas a partir do dia 16 de setembro, no CCJF (Centro Cultural da Justiça Federal) expostas até o dia 5 de novembro. Estimativa de público superior a 10.000 visitantes.

Abertura: 15 de setembro de 2017, a partir das 18h.


Ficha Técnica

Idealização e Conceito: Margo Margot

Fotografias: Daryan Dornelles e Stefano Martini

Curadoria: Claudio Partes

Participação Especial: Gilberto Gil, João Donato, Zezé Motta

Consultoria: Ilé Àse Ògún Àlákòró

Supervisão Técnica: Paulo José dos Reis (Ógún Ònilewánjó)

Tratamento de Imagens: Daryan Dornelles e Stefano Martini

Direção de Produção e Proj. Educativo: Elissandro Souza de Aquino

Produção: Débora Santana, Fabia Rossignoli

Projeto editorial e diagramação: Paulo Ramos

Montagem e iluminação: Américo Junior

Trilha Sonora e  Arranjo: Carlos Negreiros e Pedro Lima

Percussão: Omar Jimenez. Luiz Canjerê e Isaque Miguel

Assessoria de Imprensa: Vinicius Belo

Mídias: Patrícia Dantas

Realização: Viramundo

 

Com:

Aleff Bernardes, Ossain (antídoto, não existe folha que não se transforma em remédio)

Anastacia Gabriel, Ewá (quem trouxe para a humanidade o direito de sonhar)

Cau Ramalho, Obá.

Felipe Pacheco, Oxumaré

Gilberto Gil, Oxalufã (o princípio e o fim. Representa o infinito. Ele reconstitui e se auto reproduz)

Ivo Modogllio, Ori

José Araújo, Iroko (divindade árvore que nos traz a paciência, que nos acalma)

Larissa Bandeira e Leo do Gran, Ibejis (a permanência e a alegria)

Luana Bandeira, Oyá

Lui Mendes, Oxaguiã (renovação de Oxalá)

Marcelo Campos, Ógún (possibilidade de caminhar ao encontro do que é essencial)

Marcielly Vanucci, Iemonja (modeladora das cabeças e protetora das mães)

Marcos Bandeira, Omolu (Limite, Sinalização que nos faz parar. Processo de reflexão para melhorar. O rei)

Pedro Oliveira, Logunedé (o único orixá procriado)

Pedro Renato Martins, Esú (patrono da comunicação. Aquele que traz o novo, o movimento contínuo,  espiral)

Renata Ribeiro, Nana

Renegado, Osòósi (Dono da consciência do que se pode mudar)

Sergio Cezar, Sango (Justiça do que você pode ser. Trabalha a retidão e a verdade)

Vidal Assis, Ori

Zezé Motta, Oxum (a mais bela de todas)


Serviço

Orixás: quando o mito veste o corpo

de Margo Margot. Fotografias de Daryan Dornelles e Stefano Martini. Curadoria Claudio Partes

Quando: De 16 de setembro até 5 de novembro.  Funcionamento de terça a domingo, das 12 as 19h.

Onde: CCJF – Centro Cultural da Justiça Federal. Av. Rio Branco, 241 – Centro, Rio de Janeiro – RJ, 20040-009. Telefone:(21) 3261-2550

Quanto: Entrada franca

Classificação Livre

 

Author

Fundador, CEO e Editor-Geral do ArteCult.com (@artecult), Sócio-fundador e Editor-Geral do QuadriMundi (Quadrinhos, Mangás e Animações) @quadrimundi , sócio-diretor do CinemaeCompanhia (@cinemaecompanhia), admin do @portalteamigo no Instagram. Apaixonado pela sua família, por tecnologia e por todas as formas de ARTE e CULTURA.

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