ROTINA
Rua São José, dia frio de junho, por volta das 8h30 da manhã: o morador de rua acomodado numa cama de papelão em frente à loja de departamentos, o travesti embaixo da aroeira vendendo bombons, o vendedor de cocadas com a banca instalada em frente ao banco, a senhora idosa que tem a bolsa arrancada pelo menor infrator que foge na garupa do cúmplice, o homem do alho que acondiciona a mercadoria em saquinhos enquanto espera a freguesia, o executivo de paletó e gravata obrigado pelo meliante a se deitar no chão antes de ter a moto levada. Tudo previsivelmente igual, exceto pelo vira-lata caramelo que, acompanhado da tutora, faz festa, late e abana o rabo diante do pet shop que vende seu petisco favorito.
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com César Manzolillo
No meu do Caos e da falência das instituições sociais, uma cena pontual do que deveria ser a normalidade, mas é exceção. Feliz mesmo é o cachorro que vai ganhar o petisco favorito. Faz pensar esse conto. Abs!