Consentimento sexual é tema de séries e filmes da HBO

A série I MAY DESTROY YOU da HBO, criada, dirigida e protagonizada por Michaela Coel, abre uma importante discussão sobre o consentimento sexual na vida contemporânea. Esta e outras produções da HBO propõem debates coerentes que hoje, com as mudanças dos relacionamentos e o uso das redes sociais nas relações afetivas e sexuais, se tornam mais necessários do que nunca.

Com diversos pontos de vista, estes filmes e séries – em vários casos baseados em experiências reais – convidam o público a refletir sobre o consentimento e a liberdade sexual. Todas estas obras estão disponíveis na HBO GO.

I MAY DESTROY YOU
De modo atual, franco e provocador, I MAY DESTROY YOU apresenta uma nova visão sobre o consentimento sexual na vida contemporânea e mostra como neste novo mundo de encontros e relacionamentos, surge uma distinção entre os conceitos de liberdade e exploração. Protagonizada, escrita e produzida por Michaela Coel, a série tem elementos autobiográficos, inspirados em uma experiência pessoal da própria criadora. Esta história funciona como uma forma de catarse e de superação do trauma. Na ficção, Arabella Essiuedu (Michaela Coel) é uma jovem escritora, pouco comprometida e despreocupada que, ao publicar um texto que atraiu muita atenção na internet, é considerada a “voz da sua geração”. Após ser agredida sexualmente em uma boate, sua vida muda de modo irreversível e Arabella se vê obrigada a reavaliar tudo. Enquanto luta para assimilar o que aconteceu, também começa uma viagem de autodescoberta.

O Conto - Foto: Divulgação HBO

O Conto – Foto: Divulgação HBO

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Este filme da HBO encoraja o debate sobre um tema recorrente na Era das redes sociais: a viralização de vídeos íntimos. A narrativa é centrada em Mandy, uma garota de 16 anos que descobre um conteúdo seu muito perturbador, feito com um celular, que parece ilustrar um abuso sexual. A jovem não se lembra de nada, mas quando o vídeo começa a ser compartilhado rapidamente nas redes sociais, ela tenta reconstruir os fatos para esclarecer o que aconteceu. Protagonizado por Rhianne Barreto, com roteiro e direção de Pippa Bianco, a obra se baseia no curta-metragem homônimo, que recebeu vários prêmios no Festival de Sundance, no Festival de Cannes e no SXSW.

O CONTO
A produção narra a experiência de uma mulher que se vê obrigada a repensar sua primeira experiência sexual. Ela busca em suas recordações da infância distinguir os fatos das versões que registrou em sua memória para sobreviver. O filme tem roteiro e direção da ganhadora do Grande Prêmio do Festival de Sundance e indicada ao Emmy® Jennifer Fox, que se baseou na sua própria história. Na produção, Jennifer (Laura Dern) é uma documentarista consagrada que recebe uma ligação da mãe, Nettie (Ellen Burstyn), depois de encontrar um texto escrito por ela aos 13 anos. Nele Jennifer descreve vários encontros com sua instrutora de equitação, a Sra. G (Elizabeth Debicki), e seu treinador de atletismo, Bill (Jason Ritter), durante um acampamento de verão. Nettie fica perturbada com o relato da filha e deixa Jennifer confusa, já que ela se lembrava com carinho da convivência com aqueles dois adultos carismáticos. A cineasta vai além dos limites da narração convencional, criando um diálogo entre o passado e o presente para ilustrar a interação entre a memória e o trauma.

 

Big Little Lies - Foto: Divulgação HBO

Big Little Lies – Foto: Divulgação HBO

BIG LITTLE LIES
O sucesso mundial da série BIG LITTLE LIES iniciou internacionalmente uma discussão sobre o assédio e a violência doméstica, bem como sobre a negligência destes conflitos dentro das famílias e seus entornos. Na série protagonizada por Nicole Kidman, Reese Witherspoon, Shailene Woodley, Zoë Kravitz e Laura Dern, a personagem de Celeste (interpretada por Kidman) vive em silêncio uma relação abusiva por parte do marido, Perry (Alexander Skarsgård). Ela sofre diversos tipos de violência de gênero – verbal, física, sexual, psicológica e econômica – da qual não pode escapar. As agressões acabam tendo impacto no seu círculo familiar e amizades, com consequências inimagináveis. A série ganhadora do Emmy®, baseada no livro de Liane Moriarty e levada à televisão por David E. Kelley, explora o mito social da perfeição e as contradições existentes sob a idealização do casamento, do sexo, das relações familiares e da amizade.

 

EUPHORIA
Esta série original da HBO gira em torno de um grupo de colegas do ensino médio que enfrentam problemas característicos da adolescência em uma época em que tudo se amplifica na internet. Apresentando uma realidade impactante, onde a aceitação do coletivo faz parte da definição da identidade, cada adolescente do grupo tenta dar sentido ao seu futuro. Neste contexto, o personagem de Jules (Hunter Schafer), uma jovem transexual nova na cidade, começa uma relação pela internet com um desconhecido. No primeiro encontro cara a cara, ela descobre que seu contato tratava-se de Cal Jacobs (Eric Dane), um homem casado de 46 anos. Os dois vivem algumas das cenas mais perturbadoras e polêmicas da primeira temporada, que instalam o debate sobre consentimento e abuso sexual. Paralelamente, durante toda a primeira temporada o casal interpretado pelos jovens Nate (Jacob Elordi) e Maddy (Alexa Demie) vive altos e baixos. Em meio a uma relação tóxica, Maddy chega ao extremo de esconder sinais claros de violência física para proteger Nate. A série, criada por Sam Levinson, é protagonizada por Zendaya, acompanhada por Maude Apatow, Angus Cloud, Eric Dane, Alexa Demie, Jacob Elordi, Barbie Ferreira, Nika King, Storm Reid, Hunter Schafer, Algee Smith e Sydney Sweeney.

Author

Jornalista por paixão. Música, Novelas, Cinema e Entrevistas. Designer de Moda que não liga para tendência. Apaixonada por música e cinema. Colunista, critica de cinema e da vida dos outros também. Tudo em dobro por favor, inclusive café, pizza e cerveja.

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