Após analisaram o sangue de 163 pacientes do Hospital Estadual da cidade, os pesquisadores do Departamento de Ciências Biológicas da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB-USP) identificaram complicações da Covid-19 que podem ser melhoradas por meio de proteínas presentes no sangue. É a Ciência Brasileira dando uma contribuição significativa na luta contra a mortalidade do vírus.
A descoberta da USP é que os pacientes apresentam várias proteínas no corpo e, em casos mais graves, desenvolvem outros tipos que agravam a doença. Assim é possível pensar em terapias capazes de aumentar as proteínas benéficas no enfrentamento à doença e diminuírem as maléficas.
Nos casos leves moléculas que desregulam o sistema imunológico foram identificadas, mas também verificaram um alto grau de proteínas que inibem essas moléculas. A meta então é identificar drogas capazes de aumentar as proteínas e reduzir as moléculas.
Por quê essas proteínas são tão importantes? Porque estão associadas à resposta imunológica, proteção do pulmão, prevenção a infecções e com efeito anti-inflamatório. A cientista que coordena o estudo, Marília Rabelo Buzalaf, nos explica:
“Alterações nos níveis de proteínas do plasma sanguíneo são bons indicadores de como ocorre o desenvolvimento das doenças, inclusive infecções virais. Trata-se de uma enfermidade com grande variação de sintomas e de gravidade, e proteínas relacionadas a diferentes complicações e estágios da infecção podem abrir caminho para a identificação de alvos terapêuticos e biomarcadores que auxiliem a tomada de decisão por parte dos profissionais de saúde”.
Seria possível identificar também previamente problemas futuros com a doença, analisando herança genética do paciente:
“Essas proteínas têm influência direta no resultado clínico de uma variedade de patologias ligadas ao sistema imune”, finalizou.
O estudo é parte da tese de doutorado de Daniele Castro di Flora e conta também com a colaboração de Carlos Ferreira dos Santos, diretor da FOB-USP, Deborah Maciel Cavalcanti Rosa, diretora do Hospital Estadual de Bauru, e Virginia Bodelão Richini Pereira, do Instituto Adolfo Lutz de Bauru.
Os dados preliminares estão publicados na plataforma Medrxiv.
Fonte: Razões para Acreditar e Medrxiv (https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2020.12.26.20248855v1)
Por falar em Covid-19, muitos pacientes de Manaus ainda precisam de oxigênio.
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