Cidades Inteligentes: A importância dos sistemas de gestão integrados

 

Antes de mencionar a importância dos sistemas de gestão, precisamos relembrar o que são Cidades inteligentes ou Smart Cities.

Nos anos 90, com o domínio do mercado mundial por grandes empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e a oferta de serviços inovadores e disruptivos, que mudaram as políticas de planejamento e gestão da infraestrutura urbana, surgiu o termoCidades Inteligentes. Porém, somente com o uso das TICs e as inovações tecnológicas decorrentes, não seria o suficiente para que uma cidade se enquadrasse como inteligente, em função da importância de considerar o cidadão como o centro de todo o ecossistema a ser desenhado.

Em Síntese, uma Cidade Inteligente é aquela que utiliza diversos recursos tecnológicos para oferecer serviços que beneficiem o cidadão de maneira mais eficiente, rápida, prática e segura, melhorando sua qualidade de vida e o meio ambiente. Envolve áreas como: governança, segurança, saúde, economia, educação, saneamento, meio ambiente, mobilidade e tudo que tiver relação com o modo de vida de cada localidade e seus habitantes.

Carta Brasileira para Cidades Inteligentes

Em muitos países o termo Cidade Inteligente é aplicado ao uso de tecnologias para aprimoramento e melhoria de serviços já utilizados. No Brasil, levando em consideração a extensão territorial do país, a infraestrutura e as desigualdades, muitos desses serviços sequer foram implantados ou funcionam precariamente. Isto significa que uma cidade para ser denominada ‘‘inteligente’’ no Brasil deve considerar aspectos territoriais, culturais e socioeconômicos nas politicas, programas e iniciativas governamentais. No intuito de atender tais requisitos, em março de 2019 foi lançada a Carta Brasileira Para Cidades Inteligentes que tem como base a Política Nacional de Desenvolvimento Urbano (PNDU).

O documento faz parte do Projeto Apoio à Agenda Nacional de Desenvolvimento Urbano Sustentável (Andus) e foi escrito em parceria do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) com a Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ) e com a colaboração do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o Ministério das Comunicações (Mcom) e mais de 120 outras instituições públicas e privadas.

“De acordo com a Carta, as Cidades Inteligentes são aquelas comprometidas com desenvolvimento urbano e transformação digital sustentáveis, em seus aspectos econômico, ambiental e sociocultural que atuam de forma planejada, inovadora, inclusiva e em rede, promovem o letramento digital, a governança e a gestão colaborativas e utilizam tecnologias para solucionar problemas concretos, criar oportunidades, oferecer serviços com eficiência, reduzir desigualdades, aumentar a resiliência e melhorar a qualidade de vida de todas as pessoas, garantindo o uso seguro e responsável de dados e das tecnologias da informação e comunicação.” [1]

As Cidades Inteligentes são projetos de longo prazo, em que as lideranças devem saber usar não somente a tecnologia, mas todos os tipos de recursos, entre eles a integração com outros servidores, empresários, universidades e os cidadãos. O cidadão continua sendo o ponto central e ressalta-se a importância da ação integrada entre governo e empreendedores, a chamada Parceria público-privada (PPP), para que os inúmeros projetos paralelos possam avançar com maior agilidade.

O uso de sistemas integrados de gestão se encaixa totalmente no que entendemos por Cidade Inteligente, pois a adoção desses sistemas facilitam o dia a dia das lideranças e dos servidores públicos na gestão, possibilitam o aumento na transparência das informações e tornam o acesso mais rápido aos serviços públicos pelo cidadão. As principais funções tecnológicas que um sistema integrado proporciona para essa transformação digital é a unificação dos cadastros, a integração entre funções administrativas, a identificação única do usuário e a base de informações para tomada de decisão.

A partir da adoção do sistema integrado, o primeiro passo para uma boa gestão poderá ser iniciado. Pode-se elencar algumas vantagens da utilização de sistemas de tecnologia integrada, como o caso do software público e-Cidade:

  • Cadastro único de Contribuintes, significa que um mesmo dado não é armazenado em várias tabelas no banco de dados, evitando assim a sua duplicidade;
  • Integração entre os módulos, com aproveitamento das informações, em tempo real, que possibilita a interligação entre as diversas áreas da Administração;
  • Multi-instituição, trabalhando em um único sistema;
  • Todas as informações estão em uma única Base de Dados, o que facilita a adoção de ferramentas de Inteligência de Dados;
  • Desenvolvido com ferramentas de software livre, o que possibilita o acesso ao código de toda cadeia produtiva, inclusive o contratante;
  • A informatização contempla a integração entre os entes municipais: Prefeitura Municipal, Câmara Municipal, Autarquias, Fundações e outros.
  • Atende a Nova Contabilidade – Lei Complementar nº 101/2000 (PCASP);
  • Liberdade de escolha dos fornecedores e garantia de continuidade do sistema, uma vez que faz parte do modelo do Software Público coordenado pelo governo federal.

 

Ipirá. Foto: Reprodução.

No caso específico desse sistema, chama atenção o fato do Sistema e-Cidade ser acessível a qualquer cidade e organização. Desde a pequena cidade de Ipirá no interior da Bahia, com pouco mais de 59 mil habitantes, até Natal, capital do Rio Grande do Norte com cerca de 896 mil de habitantes, a solução pode ser utilizada.

Um Sistema de gestão integrado serve como sustentação para as Cidades Inteligentes, permitindo melhorar a qualidade e a rapidez nos serviços públicos, reduzir custos e consumo desnecessário de recursos e aumentar o contato e a interatividade entre cidadãos e governo, ajudando na identificação, discussão e enfrentamento de problemas, assim como nos projetos de inovação e de melhor uso do espaço urbano.

Um exemplo de bons resultados no uso de sistemas integrados é o caso da cidade de Niterói (com mais de 516 mil habitantes), que em 2021 subiu da 11ª para a 9ª posição geral, no Ranking Connected Smart Cities 2021 e, neste mesmo ranking, alcançou o 1º lugar no eixo Governança. A cidade de Niterói adota o e-Cidade e, recentemente, foi destaque no XI CONSAD – Congresso de Gestão Pública realizado no mês de março, na cidade de Brasília (https://www.consad.org.br).

 

Referências:

[1] https://www.gov.br/mdr/pt-br/assuntos/desenvolvimento-urbano/carta-brasileira-para-cidades-inteligentes

 

Conheça a comunidade do e-Cidade no Telegram:

Comunidade e-Cidade

O Sistema e-Cidade pode ser baixado no endereço:

http://softwarepublico.gov.br/social/e-cidade/sobre-o-software

Existem empresas que podem ajudar a sua cidade na utilização de
sistemas integrados como base de informações para projetos de Cidades Inteligentes:

www.dbseller.com.br (instagram @dbseller_)
www.contassconsultoria.com.br (instagram @contass_contabilidade)
www.cpd-municipal.com.br (instagram @cpdmunicipal)

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