Entrevista com o jornalista vai ao ar nesta sexta-feira, dia 18, quando a TV brasileira completa sete décadas
Nesta sexta-feira, dia 18, data em que se celebra os 70 anos da chegada da televisão no Brasil, o ‘Conversa com Bial’ recebe uma das figuras mais emblemáticas do telejornalismo brasileiro. Cid Moreira, a lenda viva da TV nacional, relembra a sua trajetória pessoal e profissional, que acompanhou e marcou para sempre a história da comunicação em nosso país.
Em mais uma entrevista da série que comemora as sete décadas da televisão no Brasil, Pedro Bial convida o jornalista a relembrar os primeiros passos de sua carreira, ainda na rádio, no interior de São Paulo, até a sua estreia no ‘Jornal Nacional’, além de outros projetos, como a gravação da Bíblia. Cid Moreira também fala sobre a passagem pelo ‘Fantástico’ e as amizades construídas ao longo do caminho, como a com o jornalista Armando Nogueira.
Foram mais de oito mil ‘boa noite’, 27 anos de ‘Jornal Nacional’ e 40 como apresentador ou locutor do ‘Fantástico’. Nenhuma voz foi tão marcante e nenhuma presença foi tão constante na história do telejornalismo brasileiro. Segundo Pedro Bial, “perto dele, a televisão brasileira não passa de uma garotinha de sete décadas”, já que Cid Moreira, prestes a completar 93 anos de idade, é testemunha e protagonista da chegada e da maturidade da TV em nosso país.
No ‘Conversa com Bial’, o jornalista é convidado a relembrar como e onde tudo começou, a experiência como locutor de rádio, na época em que os bons profissionais eram aqueles que pronunciavam os “Erres” e os “Esses” de forma acentuada, e também a sua chegada na televisão. “Tudo o que eu faço é com intensidade”, garante Cid Moreira.
Dono de uma voz inconfundível, Cid Moreira diz: “Eu acho que melhorou. Eu aprendi a impostar de uma maneira mais sonora”. Na entrevista, ele também relembra o que sentiu em 1º de setembro de 1969, quando, pela primeira vez, apresentou o ‘Jornal Nacional’. Questionado se tinha ficado nervoso, ele garante que não: “Para mim era uma rotina”.
Entre centenas de momentos inovadores da carreira de Cid Moreira, o entrevistado e Pedro Bial relembram o inédito dia em que o convidado não se despediu do JN com o típico ‘boa noite’, devido à morte de Calos Drummond de Andrade: “Eu não falei nada para ninguém. Chamei o operador de áudio e disse: ‘olha, no final aí, eu vou sussurrar’. Foi, modéstia à parte, um sucesso”. Também durante a conversa com Bial, os dois compartilham lembranças da época em que faziam parte da equipe do ‘Fantástico’: “O Fantástico me possibilitou mostrar outras técnicas de narração”, afirma Cid.
No programa, Cid Moreira ainda fala sobre quando apresentou o ‘Jornal Nacional’ de bermuda: “Aconteceu uma vez só. Você sabe que eu tenho pesadelo até hoje?”, a amizade com Armando Nogueira: “Um grande amigo”, e a atual paixão pela poesia. O jornalista também comenta sobre um antigo colega, que, ainda na época da rádio, foi um dos primeiros a acreditar em seu talento: “Ele me olhou assim, fixamente, e falou: ‘um dia você vai ser conhecido em todo o país’. Jamais eu poderia imaginar que ia ser lançado no ‘Jornal Nacional’ e que o ‘Jornal Nacional’ ia virar sinônimo de notícias”.
Com direção artística de Mônica Almeida, o ‘Conversa com Bial’ vai a ao ar de segunda a sexta-feira, após o ‘Jornal da Globo’.