Ontem, às vésperas dos 3 anos do assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes , o Instituto Marielle Franco lança, através de um novo site , o “CASO MARIELLE E ANDERSSON” (https://casomarielleeanderson.org), com o dossiê completo do caso com uma linha do tempo e com várias perguntas que ainda estão sem resposta. O lançamento do dossiê foi feito durante uma live onde as famílias das vítimas cobraram ações contra impunidade através de uma coletiva de imprensa organizada pelo Instituto Marielle Franco e Anistia Internacional.
Para Anielle Franco, diretora executiva do Instituto, a eleição de Jair Bolsonaro (sem partido) à Presidência da República, e de Wilson Witzel, ao governo do Rio de Janeiro, prejudicaram as investigações do assassinato de sua irmã, Marielle e de Anderson, que completa três amanhã, domingo (14).
“É inegável que a eleição de Bolsonaro e do Witzel trouxeram insegurança para a investigação do caso. O discurso de ódio contra a gente e as fake news dificultam muito nossa vida”, afirmou Anielle Franco. Ainda de acordo com a irmã da vereadora, “três anos é um tempo constrangedor para as autoridades responsáveis pela investigação.”, disse Anielle durante a live.
As duas entidades conseguiram reunir um milhão de assinaturas , no Brasil e no mundo, em uma petição que cobra mais agilidade das investigações. O Dossiê, que será entregue ao governador em exercício do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, e ao procurador-geral de Justiça do estado, Luciano Mattos, traz, ainda, 14 perguntas sem respostas sobre esse assassinato.
“Não podemos aceitar que as autoridades brasileiras não tenham uma resposta clara sobre o assassinato da quinta vereadora mais votada do Rio de Janeiro. É inadmissível que não haja respostas consistentes. É preciso que as autoridades brasileiras venham à público dizer quais são suas dificuldades.
São um milhão de pessoas do Brasil e do mundo inteiro, que mandam uma mensagem para a família de Anderson e Marielle, de que o mundo está ao lado de vocês por justiça. Por que o governador Cláudio Castro e o procurador Luciano não querem vir à público falar sobre as investigações? Marielle Franco não está aqui, mas seu silêncio foi recusado. Não desistiremos”, disse também Jurema Wernek, a diretora da Anistia Internacional no Brasil.
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