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anagosling

Ana Lúcia Gosling se formou em Letras (Português-Literatura) em 1993, pela PUC/RJ. Fixou-se em outra carreira. A identidade literária, contudo, está cravada no coração e o olhar interpretativo, esgarçado pra sempre. Ama oficinas e experimenta aquelas em que o debate lhe acresça não só à escrita mas à alma. Some-se a isso sua necessidade de falar, sangrar e escorrer pelos textos que lê e escreve e isso nos traz aqui. Escreve ficção em seu blog pessoal (anagosling.com) desde março de 2010 e partilha impressões pessoais num blog na Obvious Magazine (http://obviousmag.org/puro_achismo) desde junho de 2015. Seu texto “Não estamos preparados para sermos pais dos nossos pais” já foi lido por mais de 415 mil pessoas e continua a ser compartilhado nas redes sociais. Aqui o foco é falar de Literatura mas sabe-se que os processos de escrita, as poesias e os contos não são coisa de livro mas na vida em si. Vamos falando de “tudo” que aguçar o olhar, então? Toda quarta-feira, aqui no ArteCult, há texto novo da autora. Redes Sociais: Instagram: @analugosling Facebook: https://www.facebook.com/analugosling/ Twitter: https://twitter.com/gosling_ana
Às quartas – Ser feliz sozinha

Às quartas – Ser feliz sozinha

  “É impossível ser feliz sozinho”, diz aquela música do Tom. O senso comum, quando associado ao feminino, é incontroverso socialmente. Mesmo pras gerações que vieram depois da revolução sexual, lei do divórcio e cresceram alimentadas por discursos feministas poderosos.…
Às quartas – Rita por um dia

Às quartas – Rita por um dia

Eu sonhava ser cantora. Mas, me diziam, eu era desafinada. Ainda assim, me arrisquei. No colégio de freiras onde estudava, ocorreu uma Semana da Cultura. Os alunos se inscreveram nas diferentes categorias artísticas. Contrariando as expectativas, deixei “Poesia” de lado…
Às quartas – Mariana e Mariah

Às quartas – Mariana e Mariah

Riam no corredor, voltando da reunião de condomínio. Vizinhas de porta, nomes parecidos, quanta confusão custavam aos porteiros. As cartas e contas trocadas na caixa do correio pareciam uma espécie de travessura. Destrocá-las era pretexto para oferecem-se chá, café ou…
Às quartas – No restaurante

Às quartas – No restaurante

  Sentou-se no fundo do restaurante. Via-se que tinha intimidade com o local pois cumprimentava os garçons ao saírem da cozinha. Os olhos eram contas azuis, enormes, ressaltados pela armação dos óculos, também azulada, imitando mármore. Tudo nela se emoldurava…