Com 3 indicações ao Oscar 2018, Eu, Tonya é uma cinebiografia sobre Tonya Harding, uma ex-patinadora artística e ex-boxeadora americana.
Tonya cresceu se destacando no gelo e sendo maltratada em casa.
Preciso começar esse texto falando da atuação de Margot Robbie como Tonya, que, inclusive, foi indicada do Oscar 2018 de Melhor Atriz, e Allison Janney, como LaVona Golden, a mãe, também indicada a Melhor Atriz Coadjuvante. Duas atuações simplesmente incríveis e incontestáveis.
Nem sempre fazer uma cinebiografia é fácil, existem muitas referências à realidade dos fatos e vocês devem estar pensando “mas isso é uma coisa boa, não?”. Nem sempre. Alguns filmes desse estilo podem acabar dentro de um padrão e não são tão inspiradores, viram apenas um relato de suas vidas ou feitos.
Eu, Tonia não corre esse risco, mesmo não sendo uma vida, digamos, tradicional, a história é contada através de entrevistas reais que são recriadas nas telonas e grande parte desse sucesso e perfeição é devido a essas atuações. Sebastian Stan, que vive o papel do marido de Tonya, também merece atenções, assim como atriz mirim Mckenna Grace que fez um brilhante papel.
Durante o filme, um dos pontos ressaltados é que Harding era de origem humilde dentro de um esporte, digamos, elitista, e Tonya não ter bons modos, roupas caras, foi um fardo desde pequena, inclusive quando a mesma vê seu pai sair de casa, o único que lhe tratava bem.
Depois de uma grande queda na sua carreira, Tonya consegue reerguer-se e ir com a Federação para os Jogos Olímpicos de Inverno. Alguns movimentos de câmeras de 180.º no eixo são usados nesse momento, o que me deu a sensação de que a ideia era passar essa volta de Tonya ao topo.
Uma grande sequência de confusões é gerada por Shaw, com o guarda-costa de Tonya. Às vezes, é até difícil acreditar que aquilo tudo aquilo foi verdade. Às vésperas dos jogos, sua principal concorrente é brutalmente atacada.
À forma como a história é contada pelo roteiro de Steven Rogers podemos chamar de um “falso documentário”, algo que acho brilhante. Ele mistura cenas de entrevistas com os fatos e, às vezes, ocorrem pausas dentro dessas cenas narradas, que são contestadas pelos próprios personagens.
Cenas perfeitas, com coreografias perfeitas dentro do ringue de gelo, contemplando os espectadores com um verdadeiro show, acompanhadas por uma fotografia limpa e lavada, o que ajuda a levar-nos para a época dos acontecimentos, em algumas cenas de momentos pessoais, são utilizadas, também, imagens referentes a câmeras caseiras na época. Toda a equipe de figurino, maquiagem, direção de artes, também fizeram um brilhante trabalho.
Eu confesso que, quanto mais escrevo, lembro de mais detalhes e cenas que gostaria de poder contar a todos, mas isso seria um terrível spoiler!
Os que ainda não conhecem a história de Tonya Harding irão surpreender-se com diversos fatos de sua vida.
Ah! A trilha sonora é MARAVILHOSA! Penso que o jeito vai ser vocês irem ao cinema, a partir do dia 15 de fevereiro e voltarem aqui para contar-me (utilizem os comentários via Facebook aqui no final do texto) tudo o que acharam! Mas não esquece, comenta aqui neste artigo!
Veja o Trailer:
Bons Filmes!
MARIANE BARCELOS ( Siga-nos no Instagram @artecult / @barcelosmariane )
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