Com a palavra, os técnicos estreantes da família Voice

A partir deste domingo, dia 30, Toni Garrido e Fafá de Belém estreiam em suas cadeiras vermelhas no ‘The Voice+’, versão do reality musical dedicado a participantes com mais de 60 anos. Em entrevista, os novos integrantes da família ‘Voice’ não escondem a alegria de fazer parte do time de técnicos – composto também por Carlinhos Brown e Ludmilla, revelam a emoção dos bastidores da atração e adiantam um pouco do que está por vir na primeira fase do programa: ‘Audições às Cegas’.

Com direção artística de Creso Eduardo Macedo, a nova temporada do ‘The Voice+’ vai ao ar na TV Globo aos domingos, após ‘Temperatura Máxima’, e às terças-feiras, às 20h, no Multishow.

Entrevista com Toni Garrido

Quem foi o seu maior incentivador na música?
Minha maior incentivadora na música foi Ofélia, a mulher que me criou junto a minha mãe. Ela acreditou, ou melhor, criou a história de que eu cantava. As visitas chegavam na sala de casa e, certa hora, ela dizia: “Toninho canta muito bem, você já viu? Canta uma música, Toninho”. Sem dúvida nenhuma, foi ela que me estimulou a me dedicar à música, às artes.

Toni Garrido – Foto: Globo/João Miguel Júnior

Qual é a sua expectativa para a estreia do The Voice+? Espera muita emoção?
Eu já vivi muitas emoções [nas gravações, até agora], e eu tenho certeza que a edição do programa vai privilegiar isso; não tem como, o ‘The Voice+’ é um mosaico de momentos ora emocionantes, ora divertidos, ora surpreendentes, mas sempre muito superlativos.

Qual é o sentimento de fazer parte da realização do sonho de pessoas com mais de 60 anos?
Eu estou muito feliz por fazer parte da realização dessas pessoas. É maravilhoso participar desse sonho. Costumo dizer é que a parte mais legal do jogo não é virar a cadeira, mas sim estar aqui, no grande momento de gala da sua vida, da sua história, da sua música, da sua representação, em que você consegue se expressar para milhões de pessoas por minuto. Isso é indescritível.

O que você prioriza no candidato para virar a cadeira?
Antes de começar a apresentação, quando você ouve o bater das baquetas, você é o técnico. Mas chega um momento em que tudo se mistura: você chora, olha para o lado querendo saber se o seu colega não vai ficar com a voz… é muito louco! Aos poucos a gente se acostuma à dinâmica. O que eu acho mais interessante para virar a cadeira é sentir alguma coisa drástica: ou que a pessoa está se divertindo muito, ou que está sentindo muito, ‘sangrando’ muito. Eu tenho que sentir o canto invadindo, tomando conta daquele candidato.

Agora que você já tem seus candidatos aprovados, como você define seu time?
O meu time é muito divertido e lúdico. São artistas com muita personalidade e muita expressão, um time composto por pessoas muito versáteis, por grandes vozes. Eles são figuras muito interessantes e genuínas. Ao mesmo tempo, eu sei que daqui a pouco os times vão se reconfigurar, mas a cada nova configuração, amor máximo – esse é meu lema. É importantíssimo falar que no meu time não se prende nem se pressiona cantores; eles precisam estar com o corpo sob controle. Se você não cuidar da garganta antes de cantar, se estiver triste, ou se alguém falar com você sem gentileza, aquilo pode acabar com a sua performance. Esse é um programa de televisão que traz uma carga diferente de temperatura e de autocontrole, naturalmente. Então, não os deixar tensos e ter o repertório certo para a boca certa. Se acertar a música para aquela pessoa, metade do caminho está andado, porque uma voz incrível ela já tem.

O que o público pode esperar desta temporada, acredita que a disputa será acirrada?
A graça é essa, né? Eu acho que vai ficar [acirrada]! Até porque, com o passar do tempo, os cantores vão adquirindo autoconfiança – e medo, vai misturando uma coisa com a outra. Acredito que a carga emocional será maior a cada semana, pois as escolhas autorais serão também muito específicas.

Qual principal mensagem você quer passar para os candidatos do seu time?
A primeira de todas é que o “girar da cadeira” faz parte de apenas 10% da adrenalina do jogo. A principal mensagem é ficar calmo, fazer o que sabe fazer, tentar ser o mais simples, sem ser simplório – a beleza está no simples: a beleza de Deus é simples, a beleza do canto é simples, é o lúdico, ela vem dessa construção. Você não pode estar pronto com pensamentos preestabelecidos, preconceituosos, raivosos; a planta da voz não cresce.

Entrevista com Fafá de Belém

Quem foi o seu maior incentivador na música?
Minha família é muito musical e cantávamos todo fim de semana. Posso considerá-la como meu maior incentivo para cantar e amar a música.

Qual é a sua expectativa pra estreia do The Voice+? Espera muita emoção?
A expectativa é a melhor possível. Eu fiquei muito feliz com o convite para participar do The Voice. Até mesmo porque vou conseguir interagir com os outros técnicos, que fazem parte de uma geração de cantores que não é a minha, mas que adoro. E acredito que eu posso aprender muito com eles. Acho que a gente pode trocar, estou muito feliz. O que eu espero de mim? O chororô (risos). Tenho certeza que terá gargalhadas, mas lágrimas também.

Fafá de Belém – Foto: Globo/João Miguel Júnior

Qual é o sentimento de fazer parte da realização do sonho de pessoas com mais de 60 anos?
É um honra e uma alegria muito grande poder fazer parte de um programa onde cantores podem realizar seus sonhos, independentemente da idade. Há um hábito de achar que as pessoas, a partir de uma certa idade, deixam de existir. Nós temos a vida vivida e, ao mesmo tempo, muita vida pela frente. Nós temos experiência de vida, superamos muitas coisas e temos que superar o preconceito que a sociedade tem para pessoas de mais idade. Continuamos vivos, ativos, cheios de ideias e temos o que é base fundamental, que falta a muitos: a experiência! (risos) Então, sonhem, vivam, se joguem!

O que você prioriza no candidato para virar a cadeira? Qual principal mensagem você quer passar para os candidatos do seu time?
Afinação e emoção. Não existe cantar desafinado. Quem escreveu a música, escreveu todas as notas. Então, observar as notas. Quer fazer uma bossa? Ok. Mas sair do tom, não. Esse é meu critério fundamental. Assim como emoção. Não adianta, também, você ficar ligado só na nota e na técnica e não passar emoção, não arrepiar as pessoas. Não as fazer chorar, não as fazer gargalhar, não sentir que você faz parte da vida do público. Isso é minha orientação, para mim e para a vida. Eu estarei atenta, basicamente, a isso. A técnica é fundamental para ajudar, a base para construir tudo isso, mas um cantor frio, para mim, não rola.

Agora que você já tem seus candidatos aprovados, como define seu time?
Eu estou com um time predominante de mulheres, todas fantásticas, com vozes muito interessantes e de timbres muito próprios.

O que o público pode esperar desta temporada?
Muita emoção, sem dúvida nenhuma. As vozes são muito interessantes. Eu já posso dizer que vivi grandes emoções: primeiro com um homem gaúcho que falou de um Brasil que não é dos padrões – foi muito forte; e outro homem, um seresteiro que me lembrou o meu pai e as rodas de violão na minha casa, os amigos dele, seresteiros, eu fiquei comovida. Esses dois momentos me marcaram muito em termos de um Brasil que não se olha, que não se reconhece. A invisibilidade de quem tem 60 anos ou mais, e que está ativo, que tem as suas ideias, suas metas, a sua vida; ou esse Brasil que tem mais de 60 anos e não pertence ao convencional, mas que a música os coloca em um lugar de afeto.

Os candidatos do ‘The Voice+’ são pessoas experientes, alguns já têm uma carreira. De que forma isso influencia a participação deles no programa?
Independentemente de terem outra profissão, a música está na alma desses candidatos. Talvez, antes da decisão de se inscreverem para o programa, essa profissão tivesse alguma influência na música, mas mesmo antes de serem escolhidos, só o fato de estarem naquele palco é romper com muita coisa.

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Jornalista por paixão. Música, Novelas, Cinema e Entrevistas. Designer de Moda que não liga para tendência. Apaixonada por música e cinema. Colunista, critica de cinema e da vida dos outros também. Tudo em dobro por favor, inclusive café, pizza e cerveja.

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