A inflação oficial do país, medida pelo Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), registrou 0,31% em abril, com 0,69 pontos percentuais abaixo da inflação de março e no acumulado dos quatro meses de 2021 já está em 2,37%.
Na estrutura do IPCA há nove grupos de produtos e serviços pesquisados mensalmente, dos quais oito registraram alta de preços. Os destaques do mês ficaram com Saúde e cuidados pessoais e Alimentação e bebidas com altas de 1,19%, 0,40%, contribuindo com 0,16 e 0,09 pontos percentuais respectivamente, na composição da inflação de abril.
No subgrupo “Saúde”, os preços dos medicamentos tiveram autorização de reajustes em torno de 10% e dentre eles, os que tiveram as maiores variações foram os antibióticos e os anti-infecciosos. No subgrupo “Alimentos” os vilões foram o leite longa vida (2,4%) e as carnes (1,01%). Somente as carnes já acumularam alta de 35% nos últimos doze meses. Os itens medicamentos e alimentos são aqueles que apresentam as mais elevadas inelasticidades preços da demanda e, sendo assim, os consumidores têm menos chances de substituições ou de deixar de adquirir.
A inflação vem castigando a população brasileira que nos últimos doze meses já acumulou alta de 6,76%. Contudo, nas regiões metropolitanas de Rio Branco (10%), Campo Grande (9,22%), Curitiba (8,23%) e São Luis (8,21%) o castigo tem sido comparativamente mais severo.
Vivemos tempos difíceis com taxa de desemprego batendo record (14,4%), com inflação elevada e que pouco cede e com a pandemia que vem ceifando a vida de milhares dos nossos. Como dizia o querido Paulo Gustavo: “rir é um ato de resistência”.