Olá, pessoal.
Essa semana vamos falar sobre a cultura esportiva no Brasil, suas dificuldades, falta de incentivos, resultados e expectativas.
Desde miúdo e menino franzido com problemas respiratórios, sempre me identifiquei com atividades físicas sendo, uma das primeiras, a natação na piscina da minha Tia Noemia, na Baixada Litorânea Fluminense, em meados da década de 1980.
Depois vieram os altos e baixos, com empurrões, no aro 16 da Caloi (e os abrasivos), o vôlei nas praias maricaenses, o frescobol na Praia do Flamengo, as escolinhas de futebol e as importantes aulas de Educação Física no primário, importâncias essas confirmadas na meia idade.
Apesar de várias experiências esportivas faltava norte, direcionamentos, especificidades.
Na Educação Física Escolar eram os momentos mais felizes, mesmo a escola não tendo quadra. Aí vocês perguntam:
“-Educação Física sem quadra? Como é possível??”
Adaptação.
No cantinho do pátio, em sala, na quadra da Associação de Moradores…não poderia deixar de ter. Mérito do “Tio Rubinho” que a vida nos proporcionou um reencontro mais de 20 anos depois na faculdade, igualmente com a Professora Márcia, do 2° Grau mais adiante.
Nesse momento de vulcânicas descobertas, arrisquei-me no Surf de Peito, Atletismo, Skate, Futebol Americano, Taco, Pingue Pong, Guerra de Guache, Capoeira, Kung Fu, Rappel…ufa!
A essa altura a bronquinte tinha estabilizado, o corpo desenvolvia, a resistência aumentava, mas ainda faltava algo…
O Ensino Médio se foi e, com ela, veio a maior idade, as responsabilidades, contas, conflitos, cobranças, mais altos, baixos e feridas (como na bike, talvez mais dolorosos), necessitando um pouco mais de trabalho, agora formal, uma vida difícil (padrão) mas sempre buscando, no esporte, apenas lazer, sem conhecimento técnicos das suas qualidades e benefícios.
Anos depois, entre instintivos projetos esportivos como time de futebol americano e basquetebol, talvez uma inconsciente aptidão para a futura gestão esportiva, surgiu a oportunidade de fazer um Pré Vestibular Comunitário, pós histórico escolar integralmente público e, consecutivamente, vestibulares com aprovação na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Porém foi pelo Exame Nacional do Ensino Médio que conquistei uma Bolsa Integral no Curso de Educação Física em uma faculdade particular com o PROUNI, isso dez anos depois da conclusão do Ensino Médio, onde jamais recebi orientação nem conhecimento do Curso Superior de Educação Física.
Logo os olhares e colocações preconceituosos surgiram ora como “Educação Física é coisa de vagabundo”, ora como “que molezinha…jogar bola na faculdade!”, vieram mais altos e baixos (já calejado) e a peleja por 04 anos, onde estagiava no período da tarde, estudava a noite e trabalhava de madrugada.
“-Dormia?”, pergunta-se. Claro! Na volta do trabalho para casa, em pé, no ônibus, e pela manhã, até o horário do estágio. Isso por 03 anos quando, no último, optei por sair do trabalho, onde recebi muitas “pedras” mas precisava correr atrás do meu sonho, cada vez mais perto, como um troféu pós Corrida de Rua, paixão que surgiu em 2010 e perdura até os dias atuais.
Como numa tempestiva carreira atlética “subi ao pódio” e levantei o troféu (o diploma), com minha “comissão técnica” sempre apoiando: minha mãe e meu irmão.
Após Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio 2016, oportunidade de vasto conhecimento esportivo mundial, hoje coordeno um Projeto de Treinamento Funcional e Corrida de Rua gratuito na Zona Portuária Carioca, pós trabalho, proporcionando satisfação pessoal, não financeira.
Pode parecer demagogia mas o dinheiro é quase tudo. Mas não é tudo!
Há alguns dias atrás tive a oportunidade de conversar com um colega que relatou o que é notório, somente os governantes não veem. A diferença brutal de oportunidade da prática de Atividades Físicas, ambientes propícios e perspectiva da perpetuação estilo fitness em áreas diferentes como a cidade de Duque de Caxias (Baixada Fluminense) e Niterói (Região Metropolitana). Triste pois ele ficara encantado com as oportunidades na terra de Araribóia enquanto Caxias deixara muito a desejar, afirmou.
Recentemente saiu uma pesquisa apontando que o Rio de Janeiro, mesmo oferecendo diversas opções de esporte e Lazer, “é a capital brasileira com maior número de pessoas acima do peso, onde mais de 50% da população da cidade precisa perder peso.” Paradoxal.
(Fonte: R7, veja AQUI a reportagem completa)
Precisamos criar e cultivar essa cultura social esportiva, da melhora da qualidade de vida, do bem estar físico e mental, principalmente na Educação Física Escolar “como uma poupança que será utilizada quando mais velho” (Passos, 2013), pois esta forma cidadãos mais saudáveis, de bem com a vida, prevenindo doenças, diminuindo o uso de medicamentos e superlotações no hospitais e repassando geneticamente essas informações.
Educação e Saúde é o futuro! Vide a nação do Sol Nascente. Exemplar.
Agora vocês conheceram um pouquinho sobre este aqui que vos escreve com tanto carinho.
Fiquem todos bem, um forte abraço, bons treinos e bons Dias!
Prof. Diogo Dias.
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