Ninguém quer entrar, mas quando entra, não quer sair? 

Calma, calma… Eu não errei o nome do filme não! Hoje estou aqui para falar sobre a nova comédia brasileira, que está em cartaz nos cinemas. O próprio título do filme (Ninguém Entra, Ninguém Sai) , além do roteiro, tem a ver com a condição do filme dentro do nosso cenário cinematográfico. Vamos combinar que está complicado para o cinema brasileiro, principalmente para as clássicas comédias de sempre, ficar competindo com tanto filme estrangeiro que vem chegando por aí, então fica difícil entrar no cinema para assistir filmes nacionais, porém ninguém também quer sair da sessão quando entra, porque os filmes estão ficando bons!
O filme conversa com as antigas pornochanchadas, mas com um cuidado maior em relação às palavras e até mesmo em qualquer tipo de nudez. A mistura entre os dois mundos ainda ganha uma pitada de piadas de duplo sentido, como já diz o título, mas isso não faz com que o filme consiga funcionar bem. Existem diversas falhas do roteiro, em relação a piadas, nas sequências de cenas e até mesmo na escolha dos estereótipos que são feitos para que o público se identifique, o que deveria ser garantia de risadas, porém, não funcionou muito bem.
Infelizmente não estamos falando de um grande sucesso e sim de mais um filme que vai ganhar um rótulo de que “cinema brasileiro, só tem sexo e mulher pelada”. O filme explora muitos assuntos como virgindade, traição, religião, a tia encalhada, entre outros. Realmente ele tinha tudo para acontecer e ser um sucesso como “De Pernas Pro Ar”, que trata do prazer, mas de uma forma bem mais leve.  Não podemos deixa de comentar a presença de Sérgio Mallandro e Sidney Magal no filme, que fazem algumas referências às piadas antigas, mas sempre misturadas aos outros personagens que usam o linguajar bem popular e simples.
Mesmo com todos os erros, quase que crônicos, você não vai querer sair da sala, para entender qual o resultado de tanta confusão. Seria bem melhor, se o filme trouxesse um novo frescor para o cenário, porém acaba preso em trocadilhos infames e personagens extremamente caricatos, que não são usados de uma maneira divertida.
Bem galera, nem só de sucesso se faz o cinema, vamos continuar e seguir O Rastro de tudo que vem por aí, sempre compartilhando com vocês!
Mariane Barcelos

Author

Jornalista por paixão. Música, Novelas, Cinema e Entrevistas. Designer de Moda que não liga para tendência. Apaixonada por música e cinema. Colunista, critica de cinema e da vida dos outros também. Tudo em dobro por favor, inclusive café, pizza e cerveja.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *