No terceiro longa da diretora de “A primeira morte de Joana”, uma tartaruga e baralhos de carta colocarão à prova mais de 50 anos de vida a dois
ATÉ QUE A MÚSICA PARE, da premiada cineasta gaúcha Cristiane Oliveira, estreia hoje (3) nos cinemas. Este é o terceiro longa da diretora, que tem no currículo “Mulher do Pai” (prêmios de Direção, Fotografia e Atriz Coadjuvante no Festival do Rio) e “A primeira morte de Joana” (prêmio do Júri da Crítica em Gramado). A obra, que fez sua estreia no Festival do Rio (2023) na Mostra Competitiva da Première Brasil, é produzida pela Okna Produções em coprodução com a italiana Solaria Films.
Ao centro da trama está o casal Alfredo e Chiara, interpretados por Cibele Tedesco e Hugo Lorensatti, do renomado grupo teatral Miseri Coloni, de Caxias do Sul (RS). Depois que o último filho sai de casa, Chiara decide acompanhar o marido nas viagens dele como vendedor pelos botecos da serra. Uma tartaruga e baralhos de carta colocarão à prova mais de 50 anos de vida a dois.
O filme entra em cartaz em 22 cidades brasileiras: Porto Alegre, São Paulo, Caxias do Sul, Curitiba, Belo Horizonte, Salvador, Rio de Janeiro, Florianópolis, Pelotas, Rio Grande, Nova Prata, Blumenau, Criciúma, Joinville, Balneário Camboriú, São Leopoldo, Cuiabá, Londrina, São José dos Campos, Cotia e Poços de Caldas.
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Sinopse:
Depois que o último filho sai de casa, Chiara, matriarca de uma família descendente de italianos, decide acompanhar o marido em suas viagens como vendedor pelos botecos da Serra Gaúcha. Uma tartaruga e baralhos de carta colocarão à prova mais de 50 anos de vida a dois.
MAIS SOBRE O FILME
Grande parte do filme é falado em Talian, língua brasileira surgida da mistura do Português com as línguas dos imigrantes que vieram do Norte da Itália para o Brasil no século dezenove. Filmado em quatro cidades da Serra Gaúcha: Antônio Prado, Veranópolis, Nova Roma do Sul e Nova Bassano, o longa aborda temas caros ao cinema de Cristiane, como relações familiares e luto, mas apresentados em outra perspectiva. Este é o terceiro longa da diretora, que tem no currículo “Mulher do Pai” (prêmios de Direção, Fotografia e Atriz Coadjuvante no Festival do Rio) e “A primeira morte de Joana” (prêmio do Júri da Crítica em Gramado).
“A escalada recente dos discursos de ódio rachou muitas famílias no Brasil. Esse filme surge um pouco dessa dor e ao longo da construção do longa a gente se perguntava muito sobre quais são as palavras que fazem com que você desista de alguém que você ama. Qual é o limite da sua tolerância?”, explica a diretora.
Ela também conta que foi fundamental a participação do elenco na construção do filme.
“Conflitos familiares contemporâneos que o filme aborda se radicalizaram ao nosso redor enquanto fazíamos o filme, o que tornou toda ficção mais palpável. Aprendi muito com os atores. Hugo, por exemplo, atua em teatro desde os anos 1980 num grupo foi fundamental para despertar a consciência da população local sobre a ditadura.”
Em sua equipe, ATÉ QUE A MÚSICA PARE conta com Aletéia Selonk na produção, Julia Zakia (“Periscópio”), na direção de fotografia; Adriana Nascimento Borba (“Mulher do Pai”) assina a direção de arte; e a montagem é de Tula Anagnostopoulos, premiada em Gramado 2021 por “A Primeira Morte de Joana”.
Além de Cibele Tedesco e Hugo Lorensatti, o elenco do longa inclui Elisa Volpatto (da série “Bom Dia, Verônica”), o ator italiano Nicolas Vaporidis (“Todo o Dinheiro do Mundo”, de Ridley Scott) e reconhecidos talentos locais.
Na equipe italiana, capitaneada pelo produtor Emanuele Nespeca (“Il Futuro”), da Solaria Films, há ainda a dupla responsável pela pós-produção de som, Gianfranco Tortora (“Uma Questão Pessoal”) e Massimo Filippini (“O Mistério de Silver Lake”), bem como a compositora Ginevra Nervi (“Non Odiare”).
Vencedor do prêmio para projetos com potencial de coprodução do edital Brasil-Itália (2016), promovido em conjunto pela ANCINE e pelo Ministério da Cultura italiano, o projeto participou do evento de mercado When East Meets West (Trieste, na Itália) e dos laboratórios internacionais EAVE on Demand e do Talents Script Station (Festival de Berlim).
ATÉ QUE A MÚSICA PARE conta com recursos públicos geridos pela Agência Nacional do Cinema – ANCINE e com investimentos do Fundo Setorial do Audiovisual – FSA administrados pelo BRDE. Recebeu ainda o apoio do FUNDO DE VOLTA AOS SETS gerido pelo SHOW ME THE FUND.
FICHA TÉCNICA
- ROTEIRO e DIREÇÃO: Cristiane Oliveira
- PRODUÇÃO: Aletéia Selonk, Emanuele Nespeca e Cristiane Oliveira
- PRODUÇÃO EXECUTIVA: Graziella Ferst e Gina O’Donnell
- CORROTEIRISTA: Gustavo Galvão
- PRODUÇÃO ASSOCIADA: Gustavo Galvão e Nicolas Vaporidis
- DIREÇÃO DE PRODUÇÃO: Pamella Moreira
- DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA: Julia Zakia
- DIREÇÃO DE ARTE E FIGURINO: Adriana Nascimento Borba
- TÉCNICOS DE SOM: Augusto Stern e Fernando Efrón
- MONTAGEM: Tula Anagnostopoulos
- ELENCO: Cibele Tedesco, Hugo Lorensatti, Nicolas Vaporidis, Elisa Volpatto, Teti Tedesco, Tamara Zanotto, Jonas Piccoli, Cleri Pelizza, Magali Quadros, Valderez Formigheri, Edu Segabinazzi, Guilherme Rachel, Alexandre Lazzari, Luiza Helena Dias, Lucas Nunes.
Sobre a Pandora Filmes
Roteirista e diretora de “Até que a Música Pare”, a gaúcha Cristiane Oliveira estreou em longas com “Mulher do Pai” (2016). Exibido em mais de 20 festivais, dentre eles o Festival de Berlim (2017), arrebatou 20 prêmios, como o de Direção no Festival do Rio e o da FIPRESCI no Uruguai. Seu segundo longa, “A Primeira Morte de Joana”, foi vencedor de três Kikitos em Gramado, como de Melhor Filme pelo Júri da Crítica, dentre 10 prêmios que ganhou pelos mais de 40 festivais em que foi selecionado, tais como os festivais internacionais da Índia, de Atenas e do Uruguai, bem como o tradicional NEW FEST NY. O filme foi lançado comercialmente em cinemas e DVD na França (sob o título Secret de Famille) em 2021. No Brasil, chegou às salas em 2023, ficando 15 semanas em cartaz. Cristiane estreou na direção com o curta “Messalina”, vencedor de 11 prêmios, como o de Melhor Roteiro no Festival de Brasília.
Sobre a produtora Aletéia Selonk
Aletéia Selonk é produtora e diretora da Okna Produções e está à frente da realização do projeto Uma Carta para Papai Noel. Fundou a Okna em 2006 e tem em seu currículo importantes produções nacionais como os longas “A Primeira Morte de Joana”, “Mulher do Pai”, “Ponto Zero”, e a animação “As Aventuras do Avião Vermelho”. Jornalista, pós-graduada em Produção Audiovisual e doutora em Comunicação Social pela PUCRS, com passagem pela Sorbonne, Aletéia atua no setor audiovisual desde 1995. É professora de produção audiovisual na PUCRS, onde foi responsável pela implantação do Tecna, um centro de produção audiovisual no RS. É Presidenta do Forcine – Fórum Brasileiro de Ensino de Cinema e Audiovisual e integra o + Mulheres Audiovisual.
Sobre a Okna Produções
Produtora de conteúdo dedicada à realização de projetos para cinema, televisão e plataformas digitais. Especializada na produção e produção executiva, realiza não apenas o gerenciamento de projetos, mas de talentos criativos. Em 2023, a empresa completa 17 anos de atuação. Em seu catálogo constam mais de 50 obras, sendo 10 longas metragens, 18 médias, 20 curtas e 6 séries de TV. Suas produções foram selecionadas e premiadas em importantes festivais no Brasil e no exterior. São obras que unem características autorais ao potencial de se comunicar com as audiências, trazem uma diversidade de abordagens e temáticas dedicadas a diferentes perfis de públicos e foram realizadas a partir de coproduções que valorizam talentos nacionais e internacionais.
Sobre a Pandora Filmes
A Pandora é uma distribuidora de filmes independentes que há 35 anos busca ampliar os horizontes da distribuição de longas-metragens no Brasil, revelando cineastas outrora desconhecidos no país, como Krzysztof Kieślowski, Theo Angelopoulos e Wong Kar-Wai, e relançando clássicos memoráveis em cópias restauradas, de diretores como Federico Fellini, Ingmar Bergman e Billy Wilder. Sempre acompanhando as novas tendências do cinema mundial, os lançamentos dos últimos anos incluem “O Apartamento”, de Asghar Farhadi, vencedor do Oscar de Melhor Filme Internacional; “The Square: A Arte da Discórdia”, de Ruben Östlund, vencedor da Palma de Ouro em Cannes; “Parasita”, de Bong Joon Ho, vencedor da Palma de Ouro e do Oscar; o tunisiano “O Homem que Vendeu Sua Pele”, de Kaouther Ben Hania, e “A Felicidade das Pequenas Coisas”, uma grande surpresa do cinema do Butão, ambos indicados ao Oscar de Melhor Filme Internacional; “Apocalypse Now: Final Cut”, a obra-prima de Francis Ford Coppola; “Roda do Destino”, de Ryusuke Hamaguchi, vencedor do Grande Prêmio do Júri no Festival de Berlim; mais os brasileiros “Deserto Particular”, de Aly Muritiba, e “Uma Família Feliz”, de José Eduardo Belmonte, dois grandes sucessos aclamados pela crítica.
ArteCult – @CinemaeCompanhia
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