Este é um ano de glória para a Netflix. São 4 filmes com chances reais de indicação ao premio máximo do cinema, e dois deles com reais chances de vitória: O Irlandês e História de um Casamento. Este segundo, dirigido por Noah Baumbach, conta a historia de um casal, mais precisamente o recorte da difícil decisão do término e todas suas implicações.
Senhoras e Senhores: Preparem os lencinhos! Se por um acaso, você passou como protagonista ou coadjuvante por um processo de separação, será impossível apreciar a esta obra sem fazer uma releitura da própria vida. Não por acaso esse sentimento surge: Noah Baumbach, diretor e roteirista responsável por este belíssimo longa, tem tendências a escrever sobre assuntos que de fato viveu, transformando-o num cineasta autobiográfico. Entre suas obras estão: Kicking and Screaming, A Lula e a Baleia (que lhe rendeu uma indicação ao Oscar), Frances Ha (sua esposa Greta Gerwig é protagonista) e Os Meyerowitz: Família Não Se Escolhe.
O roteiro, portanto se torna riquíssimo e as decisões de filmagem ultrapassam todas as barreiras da sensibilidade, com essa experiência do Noah, credenciando-o a contar essa história do melhor ponto de vista possível. Muita coisa merece ser apreciada no filme: desde este roteiro repleto de verdade, de emoção, até as atuações irretocáveis da Scarlett Johansson, Adam Driver e Laura Dern.
Scarlett e Adam conseguem compor magistralmente seus personagens, passando por todas as emoções e de forma genuína, mostrando o quão importante um é na vida do outro durante todo o doloroso processo da separação. Não será surpresa alguma se o casal de atores tiver o mesmo feito que Helen Hunt e Jack Nicholson em Melhor é Impossível, com uma diferença: aqui, História de um Casamento surge com certo favoritismo, e é quase certo a presença no Oscar para concorrer além dos prêmios de filme, ator, atriz e atriz coadjuvante, aos prêmios de diretor e roteiro.
Entretanto, a estatueta que me parece mais quente mesmo é a de Laura Dern. Apesar de me incomodar o fato do personagem parecer muito com Renata Klein (Big Little Lies), o monólogo sobre as “Mães Virgem Maria” é de arrepiar e deixar qualquer um boquiaberto.
Inclusive, a própria Dern deu uma entrevista comentando sobre a similaridade das duas personagens, e a atriz defendeu que elas tem mais diferenças do que semelhanças. De fato, as personagens guardam entre si uma grande diferença: a histeria da Renata Klein, no entanto, como estamos tratando aqui de duas mulheres extremamente poderosas, Dern pode não admitir, mas, empresta a postura e feições entre as personagens.
Independente de qualquer coisa, é importante que se diga: ela está excelente como de costume! E sem contar que a crítica já a abraçou por completo e levou 11 prêmios até agora! Jennifer Lopez parece ser a grande competidora de Dern para o maior premio da temporada (levou 8 até agora).
Por fim, este é um filme a ser visto nos detalhes e que emocionara o publico a proporção que este se abrir a esta experiência a ponto de vivenciá-la.
Para quem não assistiu ainda, veja abaixo o trailler:
Nota: 10
Já assistiram a esta obra-prima? Conta aqui o que acharam.
Até a próxima e bons filmes!! 😉
JOÃO FRANÇA FILHO (@CINESTIMADO)
ARTECULT – Cinema & Séries
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