Os anos 2000 foi uma época marcada por grandes sucessos que fazem parte da vivência de toda uma geração, neste momento a Internet deu uma guinada e fez parte da vida de todo um público que buscava o consumo de cada vez mais informações.
É nessa onda que “Eu Sou Mais Eu” embarca e nos transporta para esta nostalgia, o novo filme da Kéfera é repleto de referências e promete agradar e muito seu fãs e os que buscam um entretenimento no cinema nacional.
Na trama temos uma cantora pop chamada Camilla Mendes (Kéfera) com milhares de seguidores e vivendo um sucesso absoluto nas paradas. Neste universo, Camilla é extremamente narcisista e egocêntrica e só foca em manter seu estrelato sempre, até que em um encontro inusitado com uma fã, a transporta magicamente para o ano de 2004, quando Camilla era apenas uma simples e desajeitada adolescente do colegial que, ao lado do seu amigo Cabeça (João Côrtes), precisa encontrar uma forma de reverter o feitiço e voltar para o futuro.
A abordagem da trama tem como premissa um roteiro simples que visa fazer referências a diversos filmes com a mesma temática de retorno ao passado para consertar um problema no presente tudo isso pautando a questão de auto aceitação, saber lhe dar com críticas, cicatrizar marcas do passado, que irá se resultar em um amadurecimento como ser humano. O interessante é que abraça literalmente a cultura pop e todas as suas estruturas, principalmente no que se diz respeito à colegial época traumática para muitos que sofrem muito com o bullying, além é claro daqueles que buscavam incansavelmente pela chamada “popularidade”. A trilha sonora abrange diversas bandas da época como Rouge, Mamonas Assassinas a história resolve abraçar e respirar música em seu tempo em tela, o público irá se identificar bastante com essas personagens.
Quanto a direção de responsabilidade de Pedro Amorim que fez filmes como Divórcio e SuperPai, o mesmo entrega um trabalho coeso, como enquadramentos, cenas em câmera lenta que as vezes extrapolam em determinado momentos da trama, um dos pontos negativos seria a rapidez do terceiro e último ato que seria a redenção da personagem principal que acontece de maneira que pode soar não tão orgânica, a capacidade de conectar com a personagem é principal triunfo de um filme, o público precisa sentir suas dores, seus remorsos mas aqui essa conexão não acontece tão fortemente o que é uma pena, pois vemos potencial na trama.
Já o principal trunfo do filme seria o seu elenco é notória a evolução da Kéfera Buchmann como atriz e consegue entregar as camadas que compõe a sua personagem Camila, João Côrtes e o seu personagem são os responsáveis pela fuga cômica na trama e a atriz Giovana Lancellotti funciona como o fechamento do arco dramático relacionado ao tema bullying no colegial, todos eles estão bem à vontade para contar a história de “Eu Sou Mais Eu”.
Confira o trailer
Eu Sou Mais Eu é um filme que tem a premissa de agradar o grande público da Kéfera que é uma legião bastante considerável, apesar de possuir seus pontos negativos entrega uma história que entretém e abordam temáticas interessantes para a nossa atualidade e faz com que venhamos a refletir sobre respeitar a você mesmo e ao próximo acima de tudo!
LUAN RIBEIRO
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