A nova produção da Paris Filmes, “Cópias – De Volta a Vida”, traz o retorno do astro Keanu Reeves às telonas. Nesta ficção-cientifica somos apresentados a um mundo em que a tecnologia genética está em constante aprimoramento e já está bastante avançada.
Em um laboratório, temos o protagonista à frente de um projeto relacionado a estudos de memória e informações que podem mudar para sempre o mundo em que vivemos, ao transportar as informações contidas no cérebro de uma pessoa para uma máquina (robô). Confira nossa critica a seguir.
A trama nos apresenta o grande cientista Will Foster (Keanu Reeves), que trabalha para uma empresa conceituada do ramo da biotecnologia e genética situada em Porto Rico.
O projeto ambicioso em que ele atua visa a transferência de consciência de um corpo humano recém-falecido (mas que esteja ainda com atividade cerebral ativa para uma máquina), mas quando sua família, composta por sua esposa (Alice Eve) e seus filhos morrem em um trágico acidente de carro, ele decide, de maneira ilícita e secreta, cloná-los e, com ajuda de seu amigo, transferir suas memórias para os seus respectivos clones.
A produção do filme possui a cooperação de diversos países como EUA, China, Porto Rico e Reino Unido e a direção é de Jeffrey Nachmanoff que bebe da fonte de outros filmes relacionados a esta temática, como “A Ilha” (2005) e “Chappie” (2015).
São notórias as influências destas produções neste filme.
O Longa até possui uma premissa interessante: “Até onde você iria para salvar a sua família”?
Prevaleceria a ética ante à ciência ou a trama seguiria até o fim neste seu propósito, custe o que custar?
Mas no que tange ao roteiro de Chad St. John, infelizmente o que se vê é uma derrocada: de maneira desorganizada e utilizando bastante fugas narrativas, a história é apresentada sem peso e sem dar a devida importância aos acontecimentos.
Assim, “Cópias” funciona de maneira apática, sem demonstração de sentimentos ou elos emocionais, personagens que agem de maneira premeditada, com tudo acontecendo para que propositalmente dê certo, sem barreiras ou empecilhos, o que é infeliz, pois se os personagens fossem bem desenvolvidos, poderíamos nos importar mais com os mesmos.
Em seu primeiro ato temos algo que nos desperta a curiosidade e instiga, mas que, no seu desenvolvimento, se perde e torna-se preguiçoso, infelizmente.
Em relação ao elenco, Keanu Reeves desenvolve bem seu personagem, mas este é, infelizmente, prejudicado pela condução da história. A atriz Alice Eve, que vive a personagem Mona Foster, demonstra maestria e a força da sua personagem, principalmente no primeiro ato do filme.
Confira o trailer
Por fim, “Cópias – De Volta a Vida”, se fosse bem conduzido, teria muitas incógnitas que poderiam ser, assim, respondidas para o público durante a trama, afinal possuía um potencial imenso.
Infelizmente a premissa do filme não é respondida, muito menos aprofundada. Uma pena.
LUAN RIBEIRO
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