A continuação tão esperada do filme Millennium: Os Homens que Não Amavam as Mulheres (The Girl with the Dragon Tattoo), que teve, entre outras, indicações ao Globo de Ouro e ao Oscar, chega nesta quinta, 8 de novembro, aos cinemas.
Em Millennium: A Garota na Teia de Aranha (The Girl in the Spider’s Web), voltamos à ver Lisbeth Salander (Claire Foy), que parece ter tomado gosto pelos acontecimentos de três anos antes, retratados no primeiro filme. Ela agora tornou-se uma espécie de justiceira, que pune homens que praticam algum tipo de maus tratos contra mulheres. Entretanto, durante um trabalho para hackear um programa que controla ogivas nucleares da Agência de Segurança Nacional americana (NSA), histórias e personagens do seu passado estão de volta para atormentar seu presente. Com isso, Lizbeth pede ajuda a seu antigo amigo Mikael Blomkvist (Sverrir Gudnason) para tentar dar um fim neste caso.
A produção do filme como um todo foi problemática em muitos sentidos. O longa é baseado no quarto livro de uma série sueca, cuja trilogia original foi escrita por Stieg Larsson, porém o quarto e o quinto tendo sido escritos por David Lagercrantz. Isso pode ter afetado consideravelmente no desenvolvimento do filme, já que dois autores não escrevem do mesmo jeito.
Além disso, a equipe do filme é bem diferente. Não há a volta de Rooney Mara, que ganhou o Oscar de melhor atriz pelo seu desempenho como Lisbeth, nem de Daniel Craig (007 – Operação Skyfall) como Blomkvist.
Gudnason não consegue manter o nível de Craig, o que faz com que seu personagem perca bastante do brilho e do protagonismo do primeiro filme, além de causar estranheza no telespectador por ter 10 anos a menos que Craig e aparentar ser muito mais novo. A direção dessa vez fica por conta de Fede Álvarez, e não do premiado David Fincher, como no primeiro filme.
Lisbeth Salander (Claire Foy)
Outra diferença notável no novo filme é a presença de mais cenas de ação com grandes explosões e tiroteios, deixando um pouco de lado a parte investigativa, característica marcante da personalidade de Lisbeth e Mikael.
Uma junção de todos estes fatores contribuiram para que o filme não causasse o impacto que a produção dirigida por Fincher trouxe ao fazer um reboot de uma versão sueca do filme (estrelada por Noomi Rapace e o falecido Michael Nyqvist), além de se afastar bastante da proposta inicial. Ainda assim, o filme pode ser considerado bom, em grande parte devido às boas cenas de ação e bom desenvolvimento da trama.
Vale a pena também ressaltar a atuação de LaKeith Stanfield, no papel do agente da NSA, Edwin Neeham, que, assim como no seu personagem em Corra! (2017), é coadjuvante e se sobressai pelo seu ótimo desempenho e desenvoltura.
Confira o trailer:
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