A Caminho de Casa (A Dog´s Way Home), uma produção da Columbia Pictures em parceria com a Bona Filme e Pariah e distribuido pela Sony Pictures, é uma aventura canina emocionante.
Ok… tudo bem, a história baseada no livro homônimo de W. Bruce Cameron (que também assina o roteiro) pode beirar o clichê, mas até explora bem vários elementos emocionais que um filme deste tipo pede.
Podemos destacar vários pontos positivos. O longa possui uma trilha sonora bem legal com boas baladas pop e que acompanham muito bem os momentos emocionantes do filme. Outro acerto é na sua ótima fotografia, explorando bastante as paisagens deslumbrantes pelas quais Bella passa.
Mas o que realmente mais chama atenção foi outro quesito técnico. Bom, o maior problema do filme era reproduzir a relação do pet com um animal selvagem. Como fazer a heroína canina contracenar com um… puma?
A solução foi computação gráfica, sim, o CGI em quase sua totalidade estava impecável e quase imperceptível. Você compra mesmo a ideia que em quase todas aquelas cenas do puma este animal era de verdade mesmo e contracenando com a cadela. Aliás, em alguns momentos destas cenas, até mesmo a própria “Bella” é animação digital. A textura, as cores… tudo na medida, encaixando muito bem os animais virtuais à paisagem.
Porém em alguns momentos, o CGI fica mais evidente, principalmente nos closes das cabeças dos animais, quando usados para reforçar o drama e provocar emoção com algumas expressões mais “humanas”. Trechos que funcionam como despertadores para os adultos, mostrando que aquilo tudo é virtual, mas que vai funcionar bastante para um público infantil.
Acho que atrás de todos estes pontos positivos está mesmo uma direção com “mão acertada” de Charles Martin Smith (você com certeza lembra dele no papel de Oscar Wallace, o pequenino contador que ajudou Kevin “Elliot Ness” Costner a prender Robert “Al Capone” de Niro em “Os Intocáveis”).
Apesar de haver personagens com camadas interessantíssimas a serem mais exploradas (como o fato de haver vários veteranos de guerra) e de termos a presença de Ashley Judd (você deve lembrar dela das suas participações na franquia “Divergente” e em “A Fada do Dente”) não há como dar nenhum destaque no elenco.
Mas o final do filme é bem, bem legal, pois é quando desemboca todos os elementos emocionais explorados no decorrer da trama. Ali vê-se bem a assinatura do diretor e que ele fez um bom trabalho.
Confira o trailer:
Para quem tem algum pet, será impossível não se emocionar com “A Caminho de Casa”!
RAPHAEL GOMIDE
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