Ontem, dia 17 de junho, foi a primeira exibição pública do documentário “Lucia Coelho – Sempre Navegando”, de Ricardo Brito. O local não podia ser outro: o Teatro Tablado, reduto da produção teatral infanto-juvenil no Rio de Janeiro… E eu estive lá porque fui a roteirista dessa obra.
Quando Ricardo me convidou, eu não queria. Faltava tempo pra mim e dinheiro para ele. Mas, com jeitinho, ele me deu a autobiografia não publicada dessa artista para eu ler. E eu fui fisgada. Virei mais um peixinho de Lucia, mais uma “filha” de Lucia…
A vida de Lucia Coelho daria um filme, de verdade! Fiquei doida para conhecê-la, mas não deu tempo; pouco menos de 1 semana do fim das gravações do documentário, em outubro de 2015, ela faleceu, vítima de uma parada cardíaca.
Ironicamente, esse seu coração, que sempre a conduziu pela vida, pelo tanto de amor que ela espalhou… logo ele a levou dessa vida aos 80 anos.
A noite foi emocionante. O documentário, com depoimentos dela e de seus “filhos profissionais” como Daniel Dantas, Zezé Polessa, Cica Modesto, Andréa Dantas, e suas filhas de sangue Paula Coelho e Fernanda Coelho e de amigos, parceiros profissionais e irmãs de alma, conduziu a emoção… E, ao final, o bate-papo que se seguiu parecia a continuidade do filme: os ali presentes dividiram com todos suas lembranças e causos dessa artista que faz parte da história do teatro infantil brasileiro com sua paixão pelos bonecos.
Lucia Coelho formou gerações de artistas sensíveis, e ensinou muitos adultos a brincar. Virou purpurina, espuma, renda de buriti… Ensinou, brincou, educou, espalhou muito amor e deixou uma grande lição, seu maior legado: seja livre e desobediente!
Não percam o documentário “Lucia Coelho – Sempre Navegando”, no Canal Brasil, a partir de julho!
Abaixo, o link de parte do depoimento dela, pra deixar um gostinho de quero mais…
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