Viola, personagem da nova novela das 9 ‘Mania de Você’, faz tecido acrobático: conheça modalidade

Divulgação/Trailer.

Viola, personagem da nova novela das 9 ‘Mania de Você’, faz tecido acrobático: conheça modalidade

Novela estreia hoje, dia 9, e foi escrita por João Emanuel Carneiro; Viola, uma das personagens principais, cresceu em uma comunidade circense 

 

Começa hoje a nova novela das 21h da Globo, ‘Mania de Você’. Escrita por João Emanuel Carneiro, a trama já está dando o que falar e traz Viola (Gabz) como uma das personagens principais. Sonhadora e apaixonada pela vida, ela foi criada no Rio de Janeiro, numa comunidade circense, em meio a arte, a dança e ao tecido acrobático, equipamento praticado por ela. Em alguns trailers já divulgados com imagens da novela, é possível ver, por exemplo, Viola combinar movimentos graciosos e técnicos, formando figuras num espetáculo visual.

 

“O tecido acrobático é fascinante, ele emociona. Não se trata apenas de movimento, mas sim de uma forma de arte que permite aos praticantes expressar emoções e criatividade por meio do corpo. Por isso, é tão encantador. As origens do tecido são antigas, remontam a 600 d.C. na China, e os primeiros vestígios na história ocidental surgiram nas décadas de 1920 e 1930 em Berlim, sendo aprimorados posteriormente na década de 1980 na França. Através do Cirque du Soleil, o tecido se popularizou, encantando o público com acrobacias que parecem desafiar a gravidade e a lógica”, explica Letícia Marchetto, especialista formada em dança e educação física, e professora de Ballet Fly, uma modalidade de dança que usa o tecido acrobático em combinação com os movimentos clássicos de ballet.

Letícia Marchetto praticando Ballet Fly

 

Já aqui no Brasil, o tecido acrobático chegou em 1997, quando Gerard Fasoli trouxe a magia dos movimentos flutuantes para o nosso país.

“O equipamento é fabricado com liganete ou outras fibras sintéticas altamente resistentes, projetadas para suportar até quatro vezes o peso do praticante. Os tecidos são dobrados ao meio e fixados, criando duas pontas que não apenas ampliam as possibilidades de movimento, como também proporcionam diversas formas de expressão artística. Com essa estrutura, os praticantes podem explorar uma gama de manobras que variam desde movimentos suaves e fluidos até acrobacias dinâmicas que exigem força e controle”, comenta Letícia, explicando que iniciantes na modalidade começam em alturas mais baixas no chão, enquanto profissionais e estudantes avançados frequentemente trabalham em níveis mais elevados, entre 4 e 12 metros.

 

Marchetto explica que os benefícios físicos do tecido vão além do fortalecimento muscular e do CORE, embora essa seja uma parte positiva fundamental da prática.

“O CORE é ativado durante a execução de acrobacias e manobras, quando a força do centro do corpo é utilizada para controlar as extremidades. Os músculos dos braços e das pernas também são amplamente trabalhados, pois os braços são fundamentais para sustentar o peso do corpo e realizar movimentos de suspensão, enquanto as pernas são essenciais para realizar manobras e aterrissagens seguras. Com a prática regular, os praticantes não só desenvolvem uma força considerável, mas também notam melhorias significativas na flexibilidade, resistência e coordenação”, diz a especialista, ressaltando também os benefícios emocionais garantidos pela prática, como sensação de leveza e liberdade, já que estar no tecido pode proporcionar uma sensação semelhante a de voar.

Divulgação/Trailer.

 

“Essa leveza frequentemente resulta em uma euforia e bem-estar incomparáveis. A prática também contribui para o empoderamento e o aumento da autoestima, já que conquistar novos movimentos e acrobacias — mesmo que inicialmente pareçam desafiadores — gera um profundo senso de realização e confiança. Além disso, o contato contínuo com o tecido promove uma conexão íntima entre corpo e mente, exigindo concentração e controle, o que pode ser extremamente terapêutico, aliviando o estresse e a ansiedade do dia a dia. Praticar o tecido em grupo também resulta na construção de laços de amizade”, explica a especialista, contando que as atividades de acrobacias no tecido vêm sendo gradualmente adotadas em estúdios de dança, academias e projetos de fitness, utilizadas como uma forma de dança e exercício físico.

“Um exemplo dessa evolução é o Método Ballet Fly, que combina elementos da dança e acrobacia em tecido com uma metodologia de ensino focada no adulto iniciante. Essa abordagem proporciona uma experiência única e divertida, permitindo que os praticantes desenvolvam suas habilidades de maneira envolvente e dinâmica, ao mesmo tempo em que exploram a estética dos movimentos. Assim, o tecido se torna uma ferramenta poderosa para o condicionamento corporal, ajudando a fortalecer, tonificar e proporcionar flexibilidade aos músculos.”

Para aqueles que desejam iniciar na prática de tecido acrobático, é essencial procurar estúdios que ofereçam aulas com instrutores qualificados. Muitas escolas disponibilizam aulas experimentais, permitindo que os novos praticantes se familiarizem com a modalidade antes de se comprometerem a um plano fixo.

“A vestimenta ideal para a prática consiste em roupas ajustadas, como leggings e tops, que garantem liberdade de movimento e evitam a exposição da pele ao atrito do tecido. Além disso, recomenda-se evitar roupas soltas ou com muitos detalhes que possam se enroscar. Em alguns estúdios, como no Ballet Fly, a prática é recomendada sem meias e sem cremes ou óleos corporais, pois eles podem fazer o corpo escorregar no tecido”, recomenda Letícia Marchetto, reiterando que não existe uma idade específica para começar a praticar tecido acrobático.

“De fato, essa modalidade pode beneficiar pessoas de diversas idades. Geralmente, é adequada para crianças a partir de 4 anos, desde que haja supervisão e aulas apropriadas para a faixa etária. Adultos e idosos também podem participar, adaptando os movimentos às suas capacidades físicas individuais. A prática pode ser uma excelente forma de condicionamento físico e expressão artística em qualquer fase da vida, como exemplificado pela praticante do Ballet Fly que tem 73 anos, que é uma das minhas alunas. A chave é buscar aulas com instrutores que saibam adaptar o treinamento às necessidades de cada aluno, garantindo que todos se sintam confortáveis e seguros durante a prática”, finaliza a especialista Letícia Marchetto.

 

Fonte: Mondoni Press

 

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