Autor: Guilherme Diaz
Estrelado por Hugh Jackman, o filme mergulha no mundo da depressão e pode trazer gatilhos!
Em um jogo de presente e passado, Florian Zeller está de volta em “Um filho”, e desta vez, de uma forma que pode ser bem arriscada e perigosa, por se tratar de uma obra com temática forte, potente e cirúrgica.
Logo no começo do filme, que dura cerca de 2 horas, Peter (Hugh Jackman), recebe a visita inesperada de sua ex mulher Kate (Laura Dern), alguns anos após do seu divórcio, e a mesma diz que o filho do casal não está frequentando a escola e pede uma conversa de pai para filho, e, após essa conversa, Peter, que foi pai recentemente do segundo filho, desta vez com sua nova esposa, Beth (Vanessa Kirby), tem sua vida com um novo desafio: a vinda do seu filho adolescente, Nicholas (Zen McGrath), em seu lar.
Com esse novo morador na casa, a vida de Peter começa a ter novos problemas, tais como a liberdade com sua esposa comprometida, a cobrança de atenção com seu filho caçula, além dos dilemas no trabalho, que até então, sempre foi sua grande prioridade. Com tudo isso, Peter se torna um pai totalmente perdido e assombrado por várias coisas do passado!
Apesar da convivência do primogênito de Peter e de sua nova esposa ser razoavelmente boa, ainda existem feridas de Nicholas que no decorrer do filme são reabertas.
Na medida em que o tempo vai passando, Peter percebe que Nicholas não é apenas um adolescente rebelde que cabula aula, e é aí que a grande temática do filme fica em ascensão: a depressão. As cenas com Nicholas envolvem choros que parecem não ter motivos, buracos que se abrem sem sentido, abismos que parecem ser infinitos e soluções imediatas para alivios momentâneos, e muitas das cenas e diálogos podem gerar gatilhos enormes para quem já tomou certas decisões em momentos como este.
Um dos diálogos mais impactantes do filme, é a cena onde o protagonista, Peter, dialoga com seu pai xxx, que é interpretado por Anthony Hopkins sobre as obrigações de ser pai. Uma das conversas mais cruciais do longa.
Conforme surgem os acontecimentos, Peter e Beth se reaproximam, afim de cuidar de Nicholas, uma vez que este se torna cada vez menos transparente com seus pais, e o ex casal, principalmente Peter tem um grande peso na consciência com tudo que já fez. O filme tem seu fim quando uma decisão é tomada, decisão esta que se torna fundamental para o desfecho da história.
Vale lembrar que apesar de ser sequência de “O Pai”, o drama, que é adaptado de uma peça, pode ser asistido e compreendido por quem não viu o primeiro filme. Os destaques vão para a atuação do jovem ator Zen McGrath e para Hugh Jackman, que, inclusive, só precisa de um Oscar para se tornar EGOT. Quem sabe na próxima, não é mesmo?
Mais uma vez, caso você tenha sofrido com depressão ou vivido algo assim parecido, este filme pode te trazer gatilhos. Ele chega hoje dia 23/03 nos cinemas, finalmente!
NOTA 8
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