Toni Martin lançou seu novo livro, “A Sétima Extinção”, durante a 19ª edição da Flip

“A Sétima Extinção”, de Toni Martin é o primeiro livro de uma série que se propõe a utilizar a arte como instrumento de transformação em prol do meio ambiente. São 136 páginas e 21 poemas que nos fazem relembrar quem somos e o que deixamos de ser. Os “cantos” exaltam a nossa busca desesperada em reconectar-nos à nossa essência da consciência humana: seres em conexão com a vitalidade do nosso planeta, criaturas inteligentes fadadas à sua própria estupidez.

Capa “A Sétima Extinção”

Toni Martin, biólogo e mestre em Gestão ambiental, utiliza a linguagem poética para a conscientização e sensibilização para uma real sustentabilidade. Através de poemas, o autor pretende chamar a atenção para a urgência de se fazer algo prático para reverter de fato a grave situação socioambiental, porque, segundo Martin, “A Sétima Extinção” está em curso e o ser humano precisa retomar à consciência antes que seja tarde demais.

“A Sétima Extinção” alerta para a extinção de animais essenciais à sustentabilidade do meio ambiente, valoriza a farmácia dos índios e conta histórias verídicas que emocionam, na tentativa de “tocar a alma”, desejando conscientizar e despertar ações que tragam resultados, transformando intenções em ações, em atitudes ajudem a salvar nosso planeta!

O livro também foi  lançado também pela Amazon

Entrevista com Toni Martin

O que te levou a escrever esse livro?
Sinto que a poesia pela sua liberdade pode oferecer uma abordagem distinta dos livros técnicos e científicos. Precisamos absolutamente conscientizar e mobilizar a sociedade à respeito de um tema convulsivo que, sorrateiramente, está provocando danos irreparáveis ao nosso planeta, inclusive com graves efeitos na maneira como vivemos.

Como esse tema mexe com a sua vida?
Tenho uma longa experiência de vida associada à participação de projetos de comunicação socioambiental. Mais do que nunca percebo, em função do agravamento das mudanças climáticas e da pandemia, a urgente necessidade de agir, como artista e ambientalista. Unir os dois papéis é assim um fator potencial que acredito em nossa colaboração nestes processos de conscientização e educativo. Arte e comunicação passam a ser ferramentas essenciais neste processo.

Toni Martin – Foto: Divulgação

Quando e como despertou o desejo pela escrita e o que é escrever para você?
Tive a oportunidade de conhecer o Sertão nordestino nas serras próximas à barragem de Sobradinho. Lá experimentei as frescas águas coloridas da região. Percebi a sua magia e como estas estariam também em perigo de extinção à medida que o avanço do dito progresso desmatava essas áreas para uso de pecuária e cultivo extensivo de grãos. Nesse momento, escrevi “Águas Secas”, o primeiro poema desta série denominada de “A Sétima extinção”. Escrever é certamente um processo de consolidar a visão interna com a conexão com o mundo. Nenhuma arte é tão cortante e precisa do uso das palavras. Em especial, a poesia me oferece uma paleta de sentimentos e ideias com alto poder comunicacional e criativo.

Qual a sensação dessa primeira experiência como escritor?
Auto definir-se escritor é muito natural. Venho da fotografia e cinema e escrever sempre esteve presente no meu dia a dia criativo. Considerar-se um escritor passa a ser um exercício constante de expressar-se através das letras, promovido pelo hábito e repetição do ato de escrever uma obra, seja esta composta por alguns versos ou mesmo um poema ou um livro, unindo temas, sentimentos e desejos de expressar a minha visão sobre temas reais e fantasias criadas.

Como acha que o livro vai impactar os leitores?
O impacto já está consolidado no título da obra. “A Sétima extinção” é uma realidade escondida que não admitimos, mas a carregamos, como se fosse uma semente do mal que está se manifestando sorrateiramente. É tempo de repensar, reconectar com o nosso planeta e com nós mesmos.

Qual sua maior meta através dessa publicação?
Motivar a pensar e repensar o tema. Reflexão e motivar rodas de discussões que nos levem a identificar a grave doença que carregamos: o fim da consciência humana, aquela que nos permite conectar-nos com o mundo e viver em harmonia e evolução. Do contrário, teremos os efeitos nefastos tão bem apresentados por cientistas e futurologistas de plantão.

Planos para publicar mais livros no futuro?
Certamente, a arte poética me inspira e me leva diariamente a carregar comigo um caderno de anotações, no qual prontamente rabisco minhas ideias, sejam em letras ou desenhos. A sequência deste primeiro volume será associada a temas amplos que ocorrem no Brasil e América Latina. Minha previsão é publicar 5 volumes da obra “A Sétima Extinção”. Vivências recolhidas de experiências pessoas e eventos que possam comprovar suas origens e veracidade.

Author

Jornalista por paixão. Música, Novelas, Cinema e Entrevistas. Designer de Moda que não liga para tendência. Apaixonada por música e cinema. Colunista, critica de cinema e da vida dos outros também. Tudo em dobro por favor, inclusive café, pizza e cerveja.

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