Em entrevista, a atriz fala sobre a experiência de viver a grande vilã de ‘Ti Ti Ti’, de volta hoje no ‘Vale a Pena Ver de Novo’
Desde que conquistou sua primeira personagem em ‘Chocolate com Pimenta’, após ficar conhecida do grande público na terceira edição do ‘Big Brother Brasil’, Juliana Alves fez diversas novelas, mas ‘Ti Ti Ti’ marcou a carreira da atriz de forma especial. Além de ter sido mais um trabalho com o diretor Jorge Fernando, responsável por sua estreia como atriz na TV, ela viveu a grande vilã da trama, Clotilde, com uma interpretação bastante elogiada na época.
“Eu adorei quando soube que ‘Ti Ti Ti’ iria voltar porque é uma novela importantíssima na minha trajetória. Clotilde foi uma personagem muito desafiadora, totalmente diferente do que eu já tinha feito até então. Uma vilã dissimulada, que passou por fases diferentes, tinha um desenho interessante de se traçar e estudar”, relembra a atriz.
Na história de Maria Adelaide Amaral, Clotilde trabalha como secretária no ateliê de Jacques Leclair (Alexandre Borges). Ela se faz de moça de firme caráter, mas com diversas armações consegue fazer o sedutor se apaixonar como nunca antes, deixando Jaqueline (Claudia Raia) para trás. “A Clotilde chega no ateliê como uma figura pacata, inofensiva, e aos poucos vai ganhando a confiança do Jacques Leclair. Ele vai se envolvendo e ela cada vez mais armando para tirá-lo da Jaqueline. O percurso da personagem até chegar na vilania, sempre com humor, é muito envolvente”, enaltece Juliana.
Em entrevista, a atriz relembra um pouco mais do trabalho na novela, que estará de volta no ‘Vale a Pena Ver de Novo’ a partir desta segunda-feira, dia 29, dividindo a faixa com as emoções finais de ‘Laços de Família’. ‘Ti Ti Ti’ é escrita por Maria Adelaide Amaral, com direção de núcleo de Jorge Fernando e direção de Marcelo Zambelli, Maria de Médicis e Ary Coslov.
Entrevista com Juliana Alves
Como foi receber a notícia de que ‘Ti Ti Ti’ estará de volta no ‘Vale a Pena Ver de Novo’?
Eu adorei quando soube que ‘Ti Ti Ti’ iria voltar porque é uma novela importantíssima na minha trajetória. Clotilde foi uma personagem muito desafiadora, totalmente diferente do que eu já tinha feito, uma vilã dissimulada, que passou por fases diferentes, tinha um desenho interessante de se traçar e estudar. Estou muito feliz e empolgada porque foi muito bom receber um segundo convite do Jorginho (Jorge Fernando), que foi o primeiro diretor a me aprovar, em ‘Chocolate com Pimenta’. Muito afeto e muito carinho eu tive da parte dele neste projeto. E tive a honra e a experiência incrível de trabalhar com Alexandre Borges e Claudia Raia, que foram meus principais grandes parceiros de cena. Aprendi bastante com eles também. Estou feliz e curiosa para me rever como Clotilde.
Como foi a composição para viver a Clotilde? Chegou a se inspirar na primeira versão da novela?
Foi bem interessante o trabalho de pesquisa e composição dessa personagem. Quando eu soube que faria a novela, busquei algumas referências da versão original, mas não quis ver muita coisa porque achava importante realizar um trabalho em que eu tivesse bastante liberdade e criatividade. Mas lógico que deu um frio na barriga e foi uma honra fazer uma personagem que a Tânia Alves, de quem sou muito fã, havia feito. Uma personagem muito rica, que tem um um aspecto de menina do interior, mas que esconde uma personalidade muito ambiciosa, vaidosa e mau-caráter. À medida em que a história foi se desenrolando, fui buscando outras facetas da personalidade dela, e as referências das grandes vilãs dissimuladas também foram presentes. A Claudia Raia foi importante nessa dinâmica, a gente tinha diálogos muito produtivos. Ela sempre contribuía para que eu conseguisse realizar o trabalho de maneira mais interessante. Foi ótima a convivência com ela, o carinho e a amizade que a gente construiu nos bastidores.
Quais foram as cenas mais marcantes da Clotilde para você?
Tiveram muitas sequências legais, ela aprontou muito. Fez drama com a Jaqueline, fingiu choro… Me marcou a sequência em que a Clotilde tem a mudança de visual. E o casamento dela com o Jacques Leclair, que traz uma homenagem a cena antológica do Paulo Autran com a Fernanda Montenegro em ‘Guerra dos Sexos’.
Como foi o retorno do público na época da novela? As pessoas ainda comentam sobre esse trabalho com você?
Sim, até hoje as pessoas ainda falam sobre a Clotilde comigo. Uma coisa interessante é que com essa personagem eu tive uma primeira relação mais intensa com o público através da internet. Eu lembro que a Clotilde estava quase todos os dias nos Trending Topics do Twitter. Ao mesmo tempo em que eu recebia mensagens de elogios, tinham algumas muito fortes, com palavras negativas. Eu precisei trabalhar isso na minha cabeça e entender que essas mensagens eram para a personagem e não para mim. E em determinado momento eu me diverti bastante com as mensagens. A Clotilde causou bastante (risos).
Quais são seus planos e projetos para este ano?
Estou muito feliz com a volta de ‘Salve-Se Quem Puder’, a partir de hoje estarão Clotilde e Renatinha no ar. Vai ser muito bom assistir a esses dois trabalhos em fases de vida tão diferentes ao mesmo tempo. São duas vilãs, que têm em comum serem duas secretárias envolvidas com seus respectivos patrões, mas que são mulheres com histórias e caminhos de vida completamente distintos. Mas de qualquer maneira eu acho uma coincidência muito bacana. Neste ano estou numa expectativa muito grande para que mais pessoas possam assistir ao filme ‘Correndo Atrás’, baseado no livro ‘Vai na Bola, Glanderson!’, de Hélio de La Peña. Fiz par romântico com Aílton Graça, foi um grande prazer fazer esse trabalho. E estou com um projeto de teatro desde o ano passado. Eu e a equipe envolvida interrompemos os encontros presenciais, mas continuamos com conversas virtuais para que possamos encenar quando for possível.