SURFANDO O INFINITO
O mar não espera, reitera.
Não há métrica fixa para esta onda
que me traz,
Cada remada, uma sílaba tônica sob o azul
: mergulho,
revolvo o o mar em suas espumas,
não há como não ser outro mar a cada dia,
mistério, memória líquida.
Sou a crista, o ventre e a ressaca,
os ciclos que se encerram e transformam.
Crepúsculo laranja-roxo
promete tela nova na manhã seguinte.
Ouço o som do mar nas conchas,
imensidão ressoa ávida.
No horizonte quebram-se as marés do medo
e nascem corais de coragem surfando os mares de dentro.
A cada mergulho, nasço e me afogo um pouco mais, são mistério os seus sons,
sou o mar que me faz.

Na CasAmarÉlinha, cinco anos se acendem e transcendem: espaço das artes bordado em encontros, tecendo versos em sorriso que alumia. Que venham mais cinco, passarelando em poesia!

Instagram: @rose_araujo_poeta
ROSE ARAUJO

Rose Araujo (@rose_araujo_poeta). Foto: Divulgação.

Conheça a coluna de Rose Araujo











Que lindo, Rose. Parabéns