DJ e produtor Hojjamaz de Melo Moreira, mais conhecido como Sunroi. Ele é brasileiro, foi criado na Europa, onde construiu sua carreira e alcançou alto nível de qualidade sonora e popularidade trabalhando com grandes produtores de música da cena europeia. É uma das maiores apostas para o cenário eletrônico brasileiro.
Vamos conhecer um pouco mais de SUNROI sua trajetória na cena eletrônica e as novidades que estão por vir. Confira a entrevista:
Como foi seu primeiro contato com a música eletrônica? E, em que momento a vontade de ser DJ/Produtor invadiu a alma, se tornando realidade?
“Eu tinha a influência da música muito forte no meu sangue, que vinha do meu avô que era compositor. Quando eu fui pra Europa, ainda pequeno, vi que ali tocava uns sons diferentes nas rádios e eu comecei a me interessar. Quando eu tinha uns 16 anos, idade pra participar dos festivais, eu fui no meu primeiro festival de música eletrônica, se não me engano foi do David Guetta e ali, eu tive a certeza de que eu queria fazer isso. Que eu queria produzir esse estilo de música. E foi à partir daí que eu ingressei na música eletrônica, no dance e pop, comecei a me interessar por esse mercado! Bom, foi esse meu ponta-pé inicial, realmente meu start nesse mundo eletrônico e a realidade começou quando na Dance Fair, eu entreguei meu pendrive, com vários sons pro manager do Afrojack, que até então eu não sabia quem era, e comecei a trabalhar com ele”.
Em maio, deste ano, foi disponibilizada a track “On My Way”, em parceria com Wolsh e Bahsi. Como foi a experiência de criar, produzir esse hit? Como foi todo processo até o lançamento?
“O Bahsi tem o crédito total nessa letra, porque foi algo que ele vivenciou e algo que todo mundo passa um dia. Eu passei por isso, estava passando por isso naquele momento, o Wolsh tinha passado por isso há algum tempo atrás. Então, esse sentimento de liberdade que a música traz todo mundo se identifica, porque todo mundo um dia se sente preso em algo e o que está preso é você dentro da sua própria mente.
Eu e o Wolsh já havíamos feito outros trabalhos, como “We Rolling”e trabalhar com ele sempre foi muito bom; ele é um cara de energia muito boa, que não coloca problemas, que traz soluções, dá a liberdade de a gente fazer o som primeiro, colocar as emoções dentro do som e só depois pensar em business. Então tem sido incrível trabalhar com ele, e logo depois o Bahsi entrou nesse barco pra gente construir a “On My Way”, e foi do mesmo jeito: incrível! O cara é muito talentoso e ele não só canta como toca violão, gaita… o cara é uma banda em uma pessoa só, então eu diria que é muito fácil trabalhar com o Bahsi”.
Agora, você está lançando “Minha Sorte”, em parceria com Elan Rubio, dentro da diferença sonora de “On My Way” e “Minha Sorte”. O que o público pode esperar a nível de sonoridade e tipo de pegada musical, do DJ SUNROI?
“Em 2020 podem esperar, a nível de pegada, o comercial misturado com house mas com bass muito presente. É algo que eu quero trabalhar como carro chefe do SUNROI, e é algo que funciona muito bem no Brasil e pra fora também. Eu, recentemente, tive duas semanas na ADE, preparando novos sons, adquirindo mais experiência, para criar e compor cada vez mais coisas que o público goste. Em 2019 eu passei um pouco por vários estilos no projeto SUNROI, pra testar e entender como funciona o cenário brasileiro e agora eu acredito ter achado a fórmula do SUNROI pra 2020 e vocês, com certeza, podem esperar muita coisa boa”.
Sua carreira foi construída em Amsterdã, correto? Na Europa a cultura da música eletrônica é bem mais avançada do que no Brasil, inclusive nos níveis dos festivais. Como você vê essa defasagem da cultura brasileira em relação a cena eletrônica mundial?
“A minha carreira começou em Bruxelas e expandi para Amsterdã, levando meu nome adiante, produzindo com mais pessoas, adquirindo mais experiência. E vejo a diferença entre o cenário holandês/europeu e o brasileiro na cultura, já que eles já nascem com o incentivo de produzir e fazer música eletrônica, com um cenário consolidado, enquanto o cenário brasileiro é antigo e em crescimento. Mas eu acho que o Brasil tem um grande potencial para se tornar uma das grandes potências mundiais da música eletrônica com certeza, em um futuro próximo”.
Qual sua expectativa em relação ao futuro cenário musical eletrônico do Brasil?
“A minha expectativa para o cenário brasileiro é um crescimento grande. Temos muito para aprender, mas estamos no caminho certo, temos muitos produtores fortes e aparecendo. Temos muitos talentos, inclusive que buscam conhecimento fora. E acredito que essa nova geração vai mudar esse cenário para nos colocar em uma posição melhor no cenário mundial”.
No Réveillon você estará na festa N1 de Itacaré. Alguma novidade, surpresa para o público nesta noite, na Bahia?
“Nessa noite de Itacaré, no Réveillon, eu vou mostrar o melhor do SUNROI, tudo o que eu aprendi, toda a experiência. Vou estar com muitas novidades, um set praticamente todo autoral e, vai ser uma pequena amostra do que 2020 reserva pro projeto SUNROI. Acredito que vá ser uma noite incrível, que vá agradar a pista e fazer todos estarem conectados, ainda mais na expectativa de um novo ano, melhor e com mais oportunidades para todos”.
Para finalizar a entrevista perguntamos a ele sobre as próximas novidades, lançamentos, collabs e projetos para 2020, e vem muita coisa boa pela frente!
“2020 vai ser um ano de muitas colaborações, com nomes grandes do cenário brasileiro e internacional também. Já posso adiantar que teremos uma track com o Bhaskar, que vai ser a primeira. E já tenho várias músicas preparadas para sair com grandes nomes da Europa. E é isso! Vai ser um grande ano pra gente, muitas músicas novas e colaborações incríveis”, finaliza SUNROI.
Aperta e o play e confira os hits:
Contagem regressiva para a sonzeira que estar por vir!!
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#VidaLongaSUNROI
DANIELA FRÓES